A Globo renega seus bad boys 2 de setembro de 2013 | - TopicsExpress



          

A Globo renega seus bad boys 2 de setembro de 2013 | 10:19 Parece que a temporada de autocríticas fajutas está aberta nas Organizações Globo. Depois do abjeto editorial em que renega o regime militar que as transformaram num império de poder e riqueza, agora seu alvo é menor: os “bad boys” das manifestações. Aos outrora “voz das ruas”, diz O Globo agora: “Lunáticos, go home”. “Se você estiver entediado e quiser apimentar um pouco a sua rotina, não hesite: ligue o computador, mergulhe no mundo mágico das redes sociais, reúna uma dúzia de amigos mais ou menos ociosos, combine com eles uma causa (pode ser “tédio nunca mais”), pinte o slogan em algumas cartolinas, saia às ruas com o seu grupinho revolucionário e feche uma das principais avenidas da cidade. Qualquer uma. Mas feche mesmo: interrompa totalmente o trânsito, pelo tempo que você quiser” E, a partir dai, convida as “autoridades” – embora seja difícil ver alguma autoridade no mulambo que se tornou o governador do Rio – desçam bordoadas em qualquer manifestação. À parte o estilo deplorável do texto – que lê fica com a nítida impressão que poderia ter sido escrito pelo Arnaldo Jabor – o mais intrigante é descobrir o que significa esta súbita conversão do império à causa da ordem. Da ordem, porque da democracia parece-lhe ser geneticamente impossível. Vejamos as pistas que o texto dá: Provavelmente tem a ver com populismo (essa praga que dominou o continente na última década), e com uma noção subdesenvolvida de bondade e tolerância. O marqueteiro mandou não contrariar. E o mais triste é que a suposta explosão cívica, tolerada pelas autoridades, é ainda mais subdesenvolvida do que quem a tolera. Para quais mudanças reais o “povo na rua” está de fato apontando? E ainda torna mais claro que não abandona sua linguagem “black bloc” contra o Governo: O governo Dilma, com seus 40 ministérios, bateu o recorde de gastos públicos improdutivos no auge das manifestações (o Banco Central teve que elevar a projeção de déficit para 2,7% do PIB em 2013). A sagrada sublevação das ruas jamais apontou um dedo para qualquer dos ralos do governo popular — origem da inflação que aperta os brasileiros, não só na roleta do ônibus. A nova onda de superfaturamentos no Dnit — alvo da “faxina”! — nem foi notada por ninjas, black blocs, foras do eixo e foras de órbita.(…) O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que faturou alto com consultorias invisíveis para a indústria mineira, não só permanece no cargo, como dali toca sua campanha para governador. E ainda dá palpite sobre o dólar (“tem espaço para chegar a R$ 2,50”!), bajulando assim seus amigos empresários e bagunçando ainda mais o ambiente econômico. É típico do parasitismo petista, que não incomoda os fechadores de rua. Pode ser que eu me engane, mas a direita brasileira abandonou a fantasia pós hippie de Marina Silva e vai trabalhar para construir uma candidatura “da ordem”. Difícil, com Aecinho. Alguma coisa se desenha por trás da nuvem de vapores fétidos que vem emanando da Globo. Ela sabe que o feitiço que ajudou a criar se volta contra ela, porque não há maior símbolo de opressão do que a marca da Globo. A agressividade e a perda de compostura, em geral, são reflexo do medo. Talvez ter sabido das boas risadas de Lula, após a embaixada de um dos Marinho ao “ex-apedeuta” tornado em oráculo, tenha acirrado seus temores. Observemos, sem esquecer que a Globo só tem uma bússola: o dinheiro. Por: Fernando Brito tijolaco.br/index.php/a-globo-renega-seus-bad-boys/
Posted on: Mon, 02 Sep 2013 15:02:29 +0000

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