A HISTÓRIA DO MILHO PREMIADO Essa é a história de um fazendeiro bem sucedido. Ano após ano, ele ganhava o troféu “Milho Gigante” da feira de agricultura da região. Sempre que participava da feira com seu milho, saía com a faixa de campeão recobrindo o peito. Com o passar do tempo o seu milho foi ficando cada vez melhor. Então, numa dessas ocasiões, um repórter de jornal, ao abordá-lo após a já tradicional colocação da faixa, ficou intrigado com a informação dada pelo entrevistado sobre como ele cultivava seu qualificado e valioso produto. O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava a semente do seu milho gigante com os vizinhos. “Como pode o senhor dispor-se a compartilhar sua melhor semente com seus vizinhos, quando são eles os que competem com o senhor a cada ano?” – indagou o repórter. O fazendeiro respondeu: “Você não sabe? O vento apanha o pólen do milho maduro e o leva de campo para campo. Se meus vizinhos cultivam milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade do meu milho. Se eu quiser cultivar milho bom, eu tenho que ajudar meus vizinhos a cultivar milho bom.” Portanto, o fazendeiro era alguém atento às conectividades da vida. O seu milho não poderia ser de primeira qualidade se o milho do vizinho também não fosse de primeira qualidade. (Autor desconhecido). A classe empresarial precisa aplicar sempre essa lição do fazendeiro, pois, como vimos em alguns casos, a concorrência predatória pode levar todos à falência. Principalmente, em relação ao preço de venda, é muito comum o hábito de baixar o preço de tal produto simplesmente porque o concorrente baixou o dele. Assim, o tal concorrente, querendo obter diferencial competitivo, baixa ainda mais o preço. Com isso, desencadeia-se um processo de guerra de preços onde todos saem perdendo, inclusive o consumidor, uma vez que, com o preço em queda, as indústrias procuram adaptar o custo ao novo preço, buscando geralmente matéria-prima mais barata, de modo a evitar prejuízos. Essa prática de estabelecer preços apenas baseados na concorrência não é uma boa opção, pois, mesmo para produtos e serviços idênticos (se é que existem), os custos são diferentes, obviamente por serem produzidos por empresas diferentes. E o pior dessa prática é que uma empresa que baixou seus preços além da conta, ainda consegue permanecer viva no mercado por um bom tempo, mesmo levando prejuízo. Isso acontece principalmente no caso das empresas que não têm um rigoroso controle de informações financeiras. Geralmente, quando o rombo é notado, já é tarde demais para se fazer alguma coisa. O problema é que, como a tal empresa deficitária sobrevive ainda por algum tempo no mercado, acaba forçando outras empresas do mesmo setor a praticarem preços também abaixo do normal. Quando se fala em regiões produtoras de alguma mercadoria, o comportamento das empresas pertencentes a essa região é avaliado geralmente em conjunto. Se nessa região algumas empresas tiverem produtos e comportamentos inadequados perante o mercado, acabam comprometendo todas as outras que as cercam. Na realidade, o que conta é o perfil da mercadoria e das empresas da região. E como na história do milho, uma mercadoria de baixa qualidade acaba contaminando as mercadorias de boa qualidade. Essa metáfora aplica-se também aos colaboradores das empresas, sendo que já está provado que várias cabeças sempre pensam melhor do que uma. Quando isso não acontece é porque elas não estão trabalhando em equipe. Hoje, o conhecimento bom é o conhecimento compartilhado, mas o compartilhamento não se faz sem transpor barreiras. É preciso, por exemplo, acabar com a tentação de reter conhecimento para ter poder. Isso já não faz sentido nos tempos atuais (se é que fez sentido algum dia...). Temos ainda de mudar o conceito de liderança. O líder hoje é, antes de tudo, um facilitador, alguém capaz contribuir efetivamente para a realização bem-sucedida de uma tarefa.
Posted on: Fri, 02 Aug 2013 18:44:40 +0000
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