A MÍDIA AMEAÇADA Um bem e uma conquista, a liberdade de - TopicsExpress



          

A MÍDIA AMEAÇADA Um bem e uma conquista, a liberdade de imprensa e da imprensa é universalmente aceita como um dos postulados da democracia e da modernidade. É melhor ter uma imprensa incômoda e invasora do que uma imprensa dominada e subserviente. Mas demais é demais! A comunicação nas mãos da ditadura apenas atrasa um povo. Nas mão de uma imprensa vingativa e demolidora atrasa as liberdades. Saber, escolher, opinar, concordar e discordar são sinais de cidadania. Saber informar com isenção, também. Não há cidadão que acredite na isenção da imprensa. Basta ler os jornais e as revistas ou ligar os noticiários. É jornalismo a serviço de algum grupo. Sofrem os bons jornalistas que realmente buscam a verdade e os repórteres que a contam com honestidade pra ver os editores mudarem o sentido do que eles escreveram. Caberia ao governo, à oposição, à mídia e a todos os grupos de serviço divulgar a verdade da melhor maneira possível, já que o ser humano é míope na maioria das suas constatações, mas às vezes é notório o desprezo pelos fatos em favor das fantasias. A noticia deixa de ser contada como aconteceu para ser fantasiada por algum grupo a quem interessa não contá-la do jeito certo. Assim, dez vezes, a missionária católica norte-americana que morreu pelo povo brasileiro e apenas mostrada como missionária americana. Suprime-se o adjetivo “católica”. Mas dez vezes acentua-se se o padre pego em ato de pedofilia é padre católico. Não é ocasional. Dá-se o mesmo com relação a membros do PT ou do PSDB. Depende do articulista ou o semanário o acento extra acentua não a verdade dos fatos, mas as consequências que ela pode gerar contra o outro e em favor do lado de cá… Os dossiês seguem a mesma linha! A quem interessava? A quem interessa agora? Quem teve acesso a eles? Que parte chega ao cidadão comum? A verdade, a imprensa a conta do seu jeito. Esperava-se que rádio, revistas, jornais e televisão, pela qualidade dos seus jornalistas fosse imparcial. Não é! Está a serviço de grupos econômicos, de ideologias, de religião, ou de conluios. As exceções permanecem honrosas exceções. Talvez seja, como de fato é, querer demais de um ser humano. Existe algum imparcial? Aí entra a situação atual da imprensa. Governos, partidos, grupos religiosos que ascenderam o querem ascender ao poder seja em Cuba, no Iraque, no Afeganistão, na Rússia e na Alemanha de ontem, na Venezuela, na Era Bush dos Estados Unidos, na Argentina peronista e pós-peronista, no Irã, no Brasil todos entraram em maior ou menor confronto com uma imprensa que, segundo eles, não é imparcial. Às vezes não ser imparcial significa não rezar pela cartilha deles… Igrejas também tem, hoje, mais dificuldade de conviver com um certo tipo de jornalismo que se pretende investigativo, mas acaba por se tornar invectivo, vingativo e demolidor. Como ninguém é anjo, nem os ditadores, nem os partidos radicais de esquerda ou de direita, nem os controladores do dinheiro, nem os religiosos, nem os jornalistas, a não interferência, a neutralidade e a imparcialidade ficam impossíveis. O editor ou repórter acabará por ler os fatos com sua ótica, mas não com os seus olhos. As tentativas de cercear a liberdade do repórter e em muitos casos, a compra deles ou o seu controle, encontram respaldo no fato de que muitas pessoas se sentiram injustamente julgadas pela imprensa a quem não cabe este papel. Não foi apenas a notícia; foi a notícia contada de tal forma que virou linchamento e jogou a opinião pública contra o político, o religioso, o banqueiro, o ministro ou empresário. Ora, se a imprensa não os respeitou, ao dar a volta por cima, eles não se sentem na obrigação de respeitá-la. Ela tomou um lado e eles agora tomam o seu. Nunca foi diálogo harmonioso, mas já foi melhor em muitas situações. Sabe-se de excelentes jornalista que morreram no cumprimento do dever. Eles honram a mídia. Mas sabe-se também dos que foram pagos para destruir um político, um religioso ou alguém do outro lado. Suas aleivosias destruíram muita reputação. Seviciaram a verdade cuja pureza deveriam defender. Erros de cá contra eles e de lá contra este ou aquele grupo geraram em muitos países o que agora se percebe. A revanche e o revide. A lua de mel ou o respeito acabou. Lá, a caça aos noticiaristas viceja por culpa da tendenciosidade. Na democracia quando vence uma tendência o povo ainda é livre. Mas, quando vence a tendenciosidade, a liberdade começa a morrer. Mata-a quem deturpou e quem proibiu a notícia! De novo, chegamos ao cerne da convivência civilizada: a verdade, que nem sempre é respeitada pelas partes envolvidas, ou porque não conseguem, ou porque não lhes interessa. Às vezes a mentira dá muito mais votos e muito mais lucro. E ela vem no ato. A verdade demora meses e anos para aparecer e às vezes nunca mais aparece.
Posted on: Sat, 20 Jul 2013 12:58:12 +0000

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