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Alberto Sena [email protected] 75979 Por Alberto Sena - 26/8/2013 08:10:23 Vou embora pra Marte Alberto Sena É com grande pesar, mas ao mesmo tempo com satisfação, que anuncio à minha família, aos parentes e aos amigos de MOC e de Beagá: estou de muda para Marte, com a passagem só de ida. Não dá mais para viver na Terra. Já deu o que tinha de dar. Estou cansado de ver desigualdade, injustiça, violência, corrupção, trânsito (louco) de veículos, poluição etc. Desconfio, a humanidade fracassou. Apesar de ter recebido um belo planeta para bem viver. É preciso deixar claro, a Terra em si nada tem a ver com a minha decisão. Ela é linda. Maravilhosa. Possui serras e montanhas convidativas às escaladas. O que dizer das florestas? E dos animais? Quem já singrou mares e navegou ares conhece as belezas que muitos terráqueos nunca viram nem nunca verão, pessoalmente. Mas podem conhecer pela internet, basta navegar, que é preciso e importante; viajar, dentro ou fora do país. O aprendizado é como mais tijolos no currículo. Vou fazer parte do projeto Mars One, que quer levar uma turma de terráqueos para colonizar Marte. Vou porque estou insatisfeito com o status quo do mundo. Vou como repórter, a fim de fazer a cobertura. E, claro, nunca mais pisarei os pés na Terra. Isso equivale à última viagem que todo ser vivo faz quando é chegado o tempo. Daí estar neste momento entre pesaroso por deixar a lindeza do planeta e determinadas pessoas e satisfeito por estar empreendendo uma viagem desta, de sete meses, rumo a Marte. Confesso com sinceridade marciana, estou curiosíssimo. Durante esses dias, ao invés de sofrer misoneísmo, que Carl Gustav Jung define como “medo do novo”, quando a gente sente aquele friozinho na barriga, porque está vivendo uma situação pela primeira vez, ao invés disso, estou curioso e experimento até uma pitada a mais de alegria. Posso explicar: é porque teremos – eu e os outros escolhidos – a oportunidade de iniciarmos uma versão nova da raça humana. Em que pese à necessidade de viver em módulos confortáveis por não sei quanto tempo. Desta vez, não haverá nenhum Caim para matar Abel algum. Teremos uma terra nua e crua para iniciarmos uma vida novíssima em folha. Inda mais carregados da experiência de como não devíamos ter feito certas coisas na Terra, teremos toda oportunidade marciana para criar gente cheia de princípios verdadeiros. Em Marte só a sinceridade valerá. O respeito de uns pelos outros. Vamos investir em gente. Com amor. Teremos que aprender a criar uma atmosfera semelhante a da Terra. Vamos plantar bilhões de árvores. Sequoia, jequitibá, ipê (de todas as cores), pequizeiro – este é muito importante porque é o alimento mais rico em vitamina A; em 100 gramas da sua polpa há 200 mil Unidades Internacionais de vitamina A. Fora as outras vitaminas, sais minerais e gorduras que o pequi, o fruto amarelo, contém. É um complexo vitamínico. Lá em Marte não vamos tender a erros cometidos aqui na Terra em relação ao meio ambiente, quando tudo estiver construído. Jamais faremos acepção de pessoas. De fato, todo cidadão honorário de Marte e as gerações que vão se multiplicar rápida e eficientemente, serão iguais perante Deus e as leis de Deus e dos homens. Lá em Marte, nós marcianos vamos praticar os valores verdadeiros, de modo a transformar o planeta vermelho em um mar verde de árvores; e de água doce e mel de um lado e de água salgada do outro; e até mesmo haverá um Mar Morto só para as pessoas deixarem o corpo boiar e se divertir. Em Marte, não haverá corrupção de modo algum. Nem existirão necessitados nas ruas a serem criadas. Uns vão se ocupar com os outros sem que um incomode o outro. Os vizinhos viverão em um mar de rosas. Rosas rosas e rosas vermelhas. Até azuis da cor do firmamento. Chegará o dia (ou a noite) marciana que será preciso alguém comandar toda a estrutura a ser criada. Certos de que abaixo de Deus é a política que determina os rumos da nossa vida, ela será praticada, de fato, como arte de governar gente humana. Algo que seja do povo, com o povo e para o povo. O dinheiro público será sagrado. A certa altura da nova vida, em Marte, aqui embaixo os terráqueos terão desenvolvido tecnologia capaz de captar, como se fosse num reality show, o surgimento de uma nova raça humana, no planeta vermelho, onde reina o silêncio, a paz marciana e a justiça em plenitude.
Posted on: Mon, 26 Aug 2013 22:38:03 +0000

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