Assunção Esteves, ao invés de se ficar na árvore da objetiva - TopicsExpress



          

Assunção Esteves, ao invés de se ficar na árvore da objetiva perturbação dos trabalhos do Parlamento, podia e devia ter-se fixado na floresta da necessidade de reconstituir o vínculo perdido entre a representação e os representados da nossa triste democracia. Isso sim, engrandeceria Assunção Esteves e o Parlamento, dando sinais de que a representação não se pode afastar de um mínimo de racionalidade deliberativa e vontade material do povo. Sem essa reflexão e sem ação, Assunção Esteves e a democracia portuguesa tornar-se-ão crescentemente formalistas e angelicais, na verdade ambos entregue aos poderes fácticos, até ao ponto em que percam toda a relação a com a realidade. E se havia dúvidas de que a democracia representativa portuguesa está numa encruzilhada, a intervenção de ontem de Cavaco, emparedando a democracia entre os interesses espúrios dessa entidade mística/terrorista que são os mercados e a sua visão democraticamente aérea de Portugal, i.e., a sua visão de uma democracia vista à distância e de muito longe, deveria matar essas dúvidas. O que Portugal precisa não é de um novo regulamento de uso da Bancada do Povo da AR mas de um novo pacto dos partidos e do parlamento com o povo. E sobre isso, tristemente, Assunção Esteves disse nada.
Posted on: Thu, 11 Jul 2013 18:06:50 +0000

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