Auto-repugnância colectiva. As gritantes assimetrias sociais vão - TopicsExpress



          

Auto-repugnância colectiva. As gritantes assimetrias sociais vão com engenho miraculoso, descavar a incompetência dos governos e a desmascarar os ideologistas falsários dos partidos, que sempre se arrogaram apóstolos das “causas do povo”, quando é agora o próprio povo a denunciar a ausência de qualquer espécie de apostolantado na fome de alguns em detrimento do milionarismo de alguns. A sociedade angolana desperta para uma nova aurora, pois a relação de medo entre partido da situação e povo, que desemboca no voto, não já como uma escolha entre possibilidades, mas como uma escolha entre impossibilidades, apenas transforma este governo incapaz de cumprir o que promete, numa espécie de Companhia de Seguros Mútuos, em que o meu voto assegura o bem-estar daquele que me mata à fome; E eu aceito de bom grado, só porque me prometeu um enterro decente, com direito à urna de ouro e diamantes, quando a fome me matar! E assim, mesmo com as técnicas de manipulação de informação tão evoluídas, os assessores de imprensa, ideólogos da pouca vergonha, vão ficando cada vez mais engasgados, num mundo em que as crianças nascem já com a quarta classe e um modem de internet na mão. Agências como a orion, mesmo com os efeitos televisivos especiais mais revolucionários, já não conseguem transformar a imagem de um barril de lixo numa mesa recheada de pão, leite e queijo, como Jesus transformou água em vinho. Outrossim, a toda-poderosa América, surpreende-se repentinamente, refém do seu próprio orgulho e prepotência; E com ela vai para o caixão a Europa de Sócrates e Luís Vaz de Camões, que aplaudiu as suas vilanías terrorísticas em coligações da ka dye tugi. Vilanías de ascendência genesíacamente terrorrística, em que os filhos daqueles que nunca tiveram nada de nada. Combateram no exército de Patton, estiveram no Vietname e voltaram sem nada…foram ao Cuito Cuanavale e voltaram sem nada…foram ao Cambodja e voltaram sem nada…foram ao Lucusse e voltaram sem nada, enquanto alguns engordavam sem cessar, e se asenhoreavam do controlo remoto que mais tarde colocaria o mundo sobre um barril de pólvora, ao qual chamam recessão, crise económica, e só não chamam de crise da incompetência, e novamente se socorrem dos filhos daqueles que pegaram em catanas e foram ludibriados pela ganância e os argumentos elocubracionistas do tipo David Coperfield, obrigados a guerrear as guerras fabricadas nos gabinetes, que os manterão ocupados, enquanto os cães de raça de colarinho branco sentam-se no cadeirão, alternando os canais da DSTV, da FOX-CRIME, do NATIONAL GEOGRAPHIC, e no fim de tudo, são eles que ganham as patente de generais, e as medalhas do congresso. Aqueles cães de raça de colarinho branco, que mesmo à partir do sofá, mandam matar os filhos daqueles que foram enganados no auge da luta de independência, daqueles que foram trucidados no 27 de Maio, e tiveram de pegar novamente em armas por 30 anos a fio, por causa daqueles que mesmo sentados no sofá, ainda assim tornam-se heróis; Aqueles aos quais eu chamo de TERRORRISTAS DE SOFÁ.È à propósito deles, e das gritantes assimetrias sociais, num país que até agora ainda só é rico em pobres, apesar de ser pobre de rico em minerais, cujos condomínios de luxo e viaturas de primeira água, e contas bancárias astronómicas que ostentam já não conseguem desmentir.
Posted on: Wed, 24 Jul 2013 18:31:15 +0000

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