Caboclos De Oxalá Quase não trabalham dando consultas, - TopicsExpress



          

Caboclos De Oxalá Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização. São "compactados" para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito. Sua principal função é dirigir e instruir os demais Caboclos. Caboclos De Oxum Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece principalmente através do chacra cardíaco. Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como: depressão, desânimo entre outras. Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de energização. Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar; Seus passes quase sempre são de alívio emocional. Caboclos De Oxossi São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito. Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses caboclos geralmente são chefes de linha. Caboclos De Xangô São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão. Trabalham para: emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional. Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar. Caboclos De Ogum Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo. Caboclos De Iansã São rápidos e deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa. Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Iansã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego). Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade. Caboclos De Nanã São como os Pretos-velhos, são raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o karma e como ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam. Caboclos De Obaluaiê São espíritos dos antigos "pajés" das tribos indígenas. Raramente trabalham incorporados, e quando o fazem, escolhem médiuns que tenham Obaluaiê como primeiro Orixá. Sua incorporação parece um Preto-velho, em algumas casas locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins. Caboclos De Yemanjá Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto. Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar. Atributos dos Caboclos São espíritos, que trabalham fazendo caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza. Tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue. \\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\ NOTA: Esse texto está na web em várias versões, e em nenhuma encontrei referências autorais. Caso alguém saiba de quem é, peço que me contate, por favor! OBSERVAÇÃO IMPORTANTE! É preciso termos em mente que essa classificação acima é uma forma generalizada e que sempre haverá as particularidades individuais de cada Cacoclo, além dos inúmeros entrecruzamentos que os diferenciam cada vez mais uns dos outros. Por exemplo: Se o Caboclo está girando bastante é de Yemanjá. Nem sempre, um Gira-Mundo gira bastante, e nunca ouvi dizer que ele fosse de Yemanjá. Arriou o médium no chão é de Xangô. Nem sempre...( pode ser que o médium apenas pisou numa conta e não sustentou o passo, e mais uma porção de coisas do gênero!). Veja o perigo de se sair classificando rapidamente sobre bases pré- estabelecidas. Fica o alerta. Poderá também gostar de: Auto-Demanda Umbanda tem relação com religiões Afro? MANIFESTO DA CHAMA VIOLETA QUEM ÉS TU QUE JULGAS? 13 de Maio dia dos Pretos Velhos LinkWithin Postado por Boiadeiro Rei às 04:57 Nenhum comentário: Marcadores: Caboclo domingo, 20 de janeiro de 2013 Hoje dia 20-01 comemora-se o dia de Oxossi e os Caboclos Salve Oxossi, Oke Aro! Oxóssi, o orixá da mata, da caça e da fartura, comemorado em 20 de janeiro.Muitas são as lendas que falam das virtudes de Oxóssi, um dos orixás mais populares do país tanto nos terreiros de Umbanda quanto nos de Candomblé. Atribui-se a ele a força das florestas, com toda a riqueza da flora e da fauna. A fartura viria da sua prodigiosa capacidade de caçar e distribuir o alimento. Mas a habilidade de Oxóssi em caçar não significa apenas a obtenção da carne para o alimento do corpo, mas a busca pelo conhecimento. Ele desvenda os mistérios da ciência, dos novos espaços e distribui sabedoria. Das folhas, ele compartilha as essências para a cura dos males do espírito e do corpo. A todas esses dons, agregam-se os sentimentos de alegria, a liberdade, limitadas apenas pelo respeito e pelo amor ao outro e ao sagrado. Em síntese, Oxóssi é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber da espiritualidade. Por suas ligações com a floresta, pede-se a cura para determinadas doenças e, por seu perfil guerreiro, proteção espiritual e material Pelo sincretismo religioso, Oxóssi está associado a São Sebastião, no Rio de Janeiro, e a São Jorge, na Bahia. Na santera cubana, ele é representa o orixá da flecha infalível. Esse é o mesmo entendimento na Umbanda e no Candomblé, praticados no Brasil. Esse poder sobrenatural se consolidou por meio de uma das muitas lendas existentes sobre Oxóssi. De acordo com uma das estórias, um pássaro maligno ameaçava a aldeia e Oxossi era caçador, como muitos outros. Mas ele só tinha uma flecha para matar o pássaro e não podia errar. Todos os outros caçadores haviam errado o alvo. Ele não errou, e salvou a aldeia. Daí o epíteto “o caçador de uma flecha só”. Com a diáspora negra — o tráfico de negros africanos para serem escravos no Brasil e outros países —, o culto a Oxóssi, praticado na região de Ketu, praticamente desapareceu. Os poucos africanos que sobreviveram no cativeiro preservaram a tradição e o culto se manteve em terras brasileiras e em Cuba. Na Umbanda, o verde é a cor de Oxóssi, uma referência ao tom dominante da floresta. Assim, ele é também patrono dos caboclos, que têm a floresta como referência de espaço no plano terrestre, e é uma das falanges mais conceituadas na Umbanda. Entre os objetos relacionados a esse orixá estão as peças de vestuário em couro, o arco e a flecha (o ofá, em iorubá), o ferro, além de penas e sementes. Ao abrir seu calendário de homenagens aos orixás por Oxóssi, os Caminheiros curvam-se a esse magnânimo mensageiro da Espiritualidade Maior para que derrame sobre todas as pessoas as energias da sabedoria, da fé ilimitada na bondade de Oxalá, da fatura nos lares e alegria em poder cumprir e partilhar com dignidade a missão mediúnica dentro da Umbanda Sagrada. O dia consagrado a Oxóssi é a quinta-feira. Suas cores são o verde, o vermelho e o azul claro. Data comemorativa: 20 de janeiro. grupoboiadeirorei.br/ Poderá também gostar de: A UMBANDA CHEGOU… Cativeiro acabou! Para ‘melhor usar’ e ‘melhor se relacionar’ A chegada dos boiadeiros Espíritos Páscoa na Umbanda LinkWithin Postado por Boiadeiro Rei às 07:45 Nenhum comentário: Marcadores: Caboclo, comemorações, Orixá Oxossi sábado, 8 de outubro de 2011 Mensagem de um Caboclo Ligia segurava o charuto do caboclo que estava a cambonar enquanto a entidade em questão participava dos trabalhos em uma roda de descarrego. Terminada a tarefa o caboclo dirigiu-se em direção a sua cambone e pediu o charuto de volta agradecendo-a por haver segurado o seu instrumento de trabalho, mas Ligia, não se contendo de sadia curiosidade, perguntou a entidade: — Senhor caboclo? — Pois não fia? — O senhor poderia esclarecer-me uma dúvida? — Pode fazer pergunta fia! — O que eu gostaria de saber é o seguinte: por que o senhor sempre me agradece a cada vez que eu entrego o charuto que estou segurando de volta para as suas mãos? — Suncê quer saber fia? — Se for possível, gostaria sim. — Fia, antes de caboclo responder, observe a atuação da nossa linha de trabalho nesta próxima roda de descarrego, sim? — Sim senhor! Após trabalhar com todas as pessoas que estavam naquela roda de descarrego a entidade estendeu sua destra a fim de que sua cambone segurasse o seu charuto enquanto ele e as demais entidades que participavam dos trabalhos na roda pudessem finalizar o trabalho. Ao término daquela roda de descarga a entidade, então, tornou junto à Ligia dizendo: — Entrega o pito de volta para Caboclo fia! Ligia devolveu o charuto à entidade que, então, disse-lhe: — Este caboclo agradece por toda sua atenção. Ligia sorriu meio que ainda sem entender o porquê daquele agradecimento e o caboclo perguntou a ela: — E então fia? O que suncê observou do nosso trabalho junto à roda de descarrego? — Bem, eu observei algumas coisas, mas fica difícil de dizer algo, no aspecto geral, sobre o trabalho dos caboclos em uma roda de descarrego por que cada um trabalha de um jeito diferente em cada assistência. — Isto até que é verdade, mas o que suncê observou de semelhante no trabalho de qualquer mano caboclo lá na roda? — A fumaça do charuto! Nenhum dos senhores trabalha sem ela! — Muito bem observado fia! A entidade soltava umas baforadas do seu charuto enquanto fitava o semblante de Ligia e, após alguns instantes, perguntou a ela: — Suncê ainda não entendeu porque que caboclo lhe agradece por segurar o pito dele, não é? — Não senhor! — Fia suncê tem o dom para isso e é por esse motivo que caboclo vai dilatar um pouco de sua percepção sensorial. — Sim senhor! A entidade estalava os dedos e soltavas algumas baforadas do seu charuto por toda a cabeça de Ligia. O processo durou poucos segundos e quando terminou a entidade solicitou a Ligia que abrisse os olhos. — Nossa senhor caboclo! — O que foi fia? — É que eu fiquei com um pouco de tontura. — Não se preocupe que já, já ela passa. — Sim senhor, na verdade ela já está passando. — Fia este caboclo vai participar de outra roda de descarrego e pede a suncê que continue a observar pra ver se descobre o porquê do nosso agradecimento, sim? — Sim senhor. Quando o caboclo terminou de realizar o seu trabalho com o charuto naquela roda ele, então, estendeu o braço para Ligia que, prontamente, segurou o charuto em suas mãos. Minutos depois de terminada mais uma roda de descarrego a entidade pediu a Ligia: — Entrega de volta o pito pra Caboclo fia! Ligia assim o fez e ele novamente agradeceu-a para depois perguntar: — E agora fia? O que suncê observou do nosso trabalho na roda? — Nossa senhor caboclo! Parecia que eu estava ficando louca! — Por que isso fia? — Parecia que a fumaça do charuto dos senhores funcionava perispiritualmente para os assistidos na roda como se fosse uma espécie de chuveiro que tira todas as sujeiras do corpo físico. A entidade sorriu com a comparação de Lígia e ela prosseguiu: — É sério Sr. Caboclo! Quando a roda de descarrego terminou alguma coisa nelas parecia que estava muito mais limpo do que antes: algumas pessoas respiravam melhor, outras estavam como se tivessem retirado um peso do coração, enfim foi muito bonito de se ver. — Fia antes de ir para a próxima roda de descarrego este caboclo pede que suncê segure o pito dele. E, estendendo-lhe a destra, o caboclo entregou o charuto a sua cambone solicitando: — Fia, agora feche os seus olhos e faça uma prece ao Criador pedindo bênçãos por todos aqueles que ainda passarão pelas rodas de descarga na gira de hoje! — Sim senhor! Ligia fez a prece com todo o fervor de sua mente e do seu coração e, então, abriu os olhos. A entidade, assim, disse-lhe: — Fia este caboclo agradece por suncê ter segurado o pito dele mais uma vez e pede que suncê observe o trabalho de nós em mais uma roda de descarga para ver se agora descobre o porquê dele agradecer a suncê por segurar o pito, tudo bem? — Sim senhor! Quando o caboclo terminou de realizar o seu trabalho com o charuto naquela roda ele, então, estendeu o braço e Ligia, prontamente, segurou em suas mãos o charuto da entidade. O trabalho naquela roda foi finalizado e quando a entidade aproximou-se de Lígia esta estendeu-lhe as mãos na intenção de devolver o charuto para o caboclo, mas este lhe disse: — Deixe o pito por mais um tempo em suas mãos que na hora certa este caboclo pede de volta a suncê, sim fia? — Sim senhor! — Este caboclo agradece por toda sua dedicação fia e pergunta: o que suncê observou nos trabalhos da última roda que caboclo acabou de participar? — Senhor caboclo eu realmente observei algumas coisas, mas eu peço ao senhor que, se eu houver visto demais, que o senhor fale francamente comigo como sempre o fez. — Nossa fia Ligia! Mas por que todo este alvoroço? — Por que se na penúltima roda que o senhor participou eu percebi que a fumaça dos charutos funciona como a água de um chuveiro, nesta última roda parece que eu vi o que funciona como uma espécie de sabão ou sabonete. A entidade deu um discreto sorriso para sua cambone e esta tornou a dizer-lhe: — E então Senhor caboclo? Eu vi coisa onde não existia? — De forma alguma fia! Suncê só viu o que havia para ver! — Nossa, mas o senhor fala isto de uma maneira tão calma! — E qual é o espanto nisto fia? — Por que o desconhecido assusta um pouco e eu não sei nem um pouco do que eu vi. — Fia, mas é como suncê mesma disse antes: o que tem de assustador em se tomar uma boa ducha? — Ducha? — É fia ou, como suncês encarnados mesmo dizem uma boa chuveirada! — ????? — Fia conte pra este caboclo o que foi que suncê viu! — Bem, enquanto o senhor dava umas baforadas em uma pessoa da roda de descarrego milhares de minúsculos seres ficavam a rodear esta assistência em questão sempre na direção da cabeça para os pés. Estas espécies de seres giravam numa velocidade absurdamente alta e direcionada como se estivessem sendo controlados por alguém a distância. Eles apareciam e sumiam como que por encanto quando o senhor terminava o trabalho em uma pessoa participante da roda de descarga e passava para outra. Bom, foi isto que eu vi. — A fia só está se esquecendo de um detalhe fundamental em tudo que observou da participação deste caboclo na última roda de descarrego! — Verdade? — Fia, fale uma coisa pra este caboclo! — Sim senhor! — Segundo a sua observação, participar desta última roda de descarrego foi mais fácil ou mais difícil do que a penúltima em que este caboclo participou? — Ah, é verdade! Bom quem estava na dinâmica do trabalho lá na roda é o senhor, mas para mim que observava dava a nítida impressão que o senhor conseguia realizar o trabalho com muito mais facilidade, tendo em vista que na penúltima roda parecia que o senhor se concentrava muito mais para poder fazer o seu trabalho do que nesta última. — Não foi impressão sua fia: para este caboclo, trabalhar nesta ultima roda, foi muito mais fácil que na penúltima e você fia teve uma grande parcela de responsabilidade para que caboclo obtivesse esta facilidade. — Eu? — Claro fia, não é suncê que é a cambone deste caboclo? — Sou eu sim senhor, mas não sei dizer qual foi minha contribuição! — Pense um pouco minha filha! Qual foi a grande diferença entre a penúltima e a última vez que suncê entregou o pito para este caboclo antes dele participar das rodas? — Na ultima vez, diferentemente da penúltima, eu fiz uma prece ao Criador pedindo bênçãos para todas as assistências que participariam das rodas. Foi isto senhor caboclo? A prece que fiz a Deus? — Fia toda prece a Tupã é sempre muito válida em nosso trabalho de fazer a caridade, mas suncê pode relembrar para este caboclo o que suncê possuía em mãos quando proferiu a referida prece? — Meu Deus é verdade! Em minhas mãos estava o charuto do senhor! — Exatamente fia! E então, suncê descobriu por que caboclo agradece suncê a cada vez que pede o pito dele? — O senhor me desculpe, mas é que eu ainda não consegui chegar lá! — Então este caboclo não vai mais fazer mistério fia: Caboclo agradece a suncê por que a cada vez que sunce entrega o pito de volta pra ele, acaba entregando junto boa parte de sua firmeza, de sua vibração, de sua energia. — Eu??? — Não só suncê, mas cada cambone que trabalha junto a cada mano caboclo que milita em cada terreiro de Umbanda neste mundo de Tupã Nosso Pai. — Isto é surpreendente! — Antes da última roda que caboclo participou suncê fez prece sentida a Tupã e entregou o pito pra caboclo trabalhar cheio destas sutilíssimas e importantíssimas vibrações do desejo de caridade ao próximo. — Sim, mas eu devo ser sincera e dizer que só fiz isto da última vez. — Este caboclo sabe. — Mas se das outras vezes que eu segurava o charuto do senhor eu não fazia prece alguma por que o senhor, mesmo assim, me agradecia? — Independente de suncê fazer preces ou não, a cada vez que suncê entrega o pito para caboclo, suncê passa muito de sua energia para ele. — Mas e se eu não estiver com energia boa no dia da gira? Eu vou acabar passando o pito para o senhor impregnado com minhas energias não muito positivas, mesmo assim o senhor me agradeceria? — Já houve alguma gira que suncê entregou o pito pra Caboclo e ele não lhe agradeceu? — Não senhor! — Mas já houve giras em que suncê veio trabalhar com uma energia não muito boa, não é verdade? — Isto é verdade, mas então por que o senhor sempre agradece? — Fia, na verdade, o que caboclo agradece é a oportunidade de trabalho no bem que suncês dá pra nós. Umbanda é parceria fia! — Desculpe, mas como é? — Parceria fia: estar juntos por um objetivo em comum. Quando suncês cambones estão bem, então suncês fazem preces ou não as fazem, mas entregam o pito para nós com as energias boas que suncês estão naquele dia para nós trabalhar em favor do próximo, não é assim? — É sim senhor! — Já quando é suncês que não estão bem, daí somos nós que fazemos preces ao Criador, enquanto seguramos o nosso pito, rogando que suncês possam encontrar melhoras para as dificuldades de suncês e ajudar nós a trabalhar em nome da caridade cada vez mais e melhor e daí, somente após esta prece fervorosa, é que nós entregamos o pito de volta pra suncês segurar a fim de que, captando um pouco de nossa energia que deixamos no pito, suncês consigam encontrar um pouco de lenitivo que o merecimento de suncês lhes facultar. — Meu Deus, mas isto é lindo! Assim exclamou Ligia com a voz embargada de emoção pungente e sincera. — Isto é Umbanda fia e Umbanda, como caboclo disse, é parceria: quando suncê não está bem e entrega o pito impregnado de energias não muito positivas para caboclo, ele então, quando pega este pito das suas mãos, agradece a suncê pela oportunidade que suncê está dando a ele de trabalhar junto a Tupã objetivando a sua melhora energética, vibracional. — Nossa pelo que o senhor me diz a Umbanda é parceria mesmo, hein? — Com certeza fia e é por isso que cada vez que um mano caboclo pede o pito de volta para seus cambone ele só tem a agradecer a este. — Mas o ideal, quando o cambone não está bem, é fazer sempre preces, pedir auxílio a alguma entidade e ficar vigilante para sua vibração não cair e, assim, dificultar o trabalho das entidades, não é assim? — Certamente não é fia!?! Mas este caboclo sabe que a filha põe em prática aqui no terreiro muito do que acabou de perguntar pra caboclo, não é verdade? — Infelizmente não é sempre, mas graças a Deus acaba sendo a maioria das vezes, mas... A voz de Lígia mal conseguia sair dos seus lábios tamanha era a emoção de estar aprendendo coisas tão básicas e importantes para o bom andamento de uma gira, mas de uma forma simples e prática. Mesmo percebendo a dificuldade de Lígia em falar, devido à emotividade, o caboclo incentivou-a dizendo: — Pode falar fia. E, fazendo um esforço grandioso para não embargar a sua voz com uma honesta emoção, foi que Lígia disse: — Sabe o que eu acho mais lindo na Umbanda em relação a tudo isto que o senhor acabou de revelar para mim? — A voz de suncê está embargada não é fia? Embargada de singela emoção por contemplar a prova do que disse Jesus sobre a simplicidade da misericórdia e benevolência das coisas de Deus materializada na religião de Umbanda pela presença de um simples charuto de caboclo, não é verdade fia? As lágrimas de agradecimento por estar tendo aquela preciosa conversa com o caboclo deslizavam aos borbotões pela face de Ligia e esta emoção tão bonita e sincera a impedia de proferir qualquer resposta em relação à indagação feita pela entidade e ela, assim, só pôde respondê-lo positivamente acenando com a cabeça. O caboclo então continuou a conversa dizendo: — Caboclo agradece a Tupã pela parceria entre suncê e este caboclo e respeita cada lágrima de gratidão ao Criador que está deslizando pelo seu rosto, mas deve solicitar licença por um breve instante neste seu processo de agradecimento para pedir a suncê que devolva o pito deste caboclo para que ele possa participar de mais uma roda de descarrego em nome da caridade ao próximo. As lágrimas continuavam a escorrer pelo rosto de Ligia e ela, assim, só pôde estender as mãos para devolver o charuto sem nada conseguir dizer a entidade. A entidade pegou o charuto nas mãos, deu as costas para Ligia, andou um passo a frente e ficou parado de costas para sua cambone. Talvez fosse para substituir um pouco daquelas lágrimas de alegria por um sorriso singelo feito da mesma emoção, talvez não, o fato foi que o caboclo novamente virou-se de frente para Ligia e disse: — Pensou que caboclo houvesse se esquecido desta vez não é fia Ligia? Mas este caboclo não esquece nunca de agradecer a suncê por haver segurado por mais uma vez o pito dele. Que Tupã abençoe em dobro toda a atenção que suncê dispensa a este caboclo nesta nossa parceria e que seja abençoada também a parceria que Tupã tem com todos nós através da nossa sagrada e amada religião de Umbanda. Ao que Lígia, já um tanto refeita em suas emoções, respondeu: — Que assim seja!!!!!
Posted on: Fri, 19 Jul 2013 17:10:34 +0000

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