Cadastro Positivo ainda não decolou O Estado de S. Paulo - - TopicsExpress



          

Cadastro Positivo ainda não decolou O Estado de S. Paulo - 01/11/2013 Banco de dados de bons pagadores deve levar mais quatro anos para atingir as expectativas Anna Coralina Papp De olho nos modelos internacionais para reduzir a inadimplência, que cai lentamente no País, o governo federal lançou neste ano o Cadastro Positivo, programa para armazenar o histórico de pagamento dos consumidores e beneficiar quem paga as contas em dia. Os resultados, porém, estão longe do esperado. Na prática, ainda deve levar de três a cinco anos para que a iniciativa possa causar impacto nas operações de crédito e premiar bons pagadores com taxas de juros mais baixas. O Cadastro é uma ficha financeira que guarda informações como empréstimos e financiamentos. Os bancos de dados serão gerenciados por instituições como a Serasa Experian, Boa Vista e SPC. A partir daí, bancos e comerciantes poderão consultar o cadastro para verificar a nota de risco do cliente antes de fechar um negócio. Também vão para o cadastro pagamentos de água, luz e telefone. O Cadastro Positivo é bom para o País porque aumenta o volume de crédito de forma sustentável, evitando o crescimento de inadimplência, diz Laér-cio de Oliveira Pinto, diretor da Serasa Experian. Recentemente, a Serasa Expe-rian anunciou que cerca de 500 mil pessoas já haviam se inscrito no Cadastro Positivo pela empresa - única a divulgar números. O programa, porém, ainda não decolou. Tínhamos expectativa de alcançar 40 milhões até o fim de 2014; mas, pelo andamento das adesões até agora, esse número não vai se concretizar, diz Nival Martins, superintendente do SPC. Vai demorar um pouco mais do que a gente imaginava, de três a quatro anos. Programas similares foram adotados nos Estados Unidos, Coreia do Sul, China, Chile e Alemanha, levando a resultados animadores, afirma o diretor da Serasa. A Coreia adotou o Cadastro em 2004, quando a taxa de ; inadimplência era de 10,5%, com as famílias endividadas como efeito da crise asiática. Já em 2005, a taxa caiu para 3,2%. Hoje, está em 1,3%, diz Pinto. Na maioria dos países, entretanto, o cadastro é feito por opt-out - todos são automaticamente cadastrados e, quem não quiser, solicita a exclusão. O Brasil, assim como México, Espanha e Inglaterra, escolheu a forma optin - os consumidores precisam se cadastrar. Se por um lado o optin adia a adesão em massa, e com isso os benefícios do programa, por outro, vai ao encontro da preservação dos direitos do consumidor, que pode não querer ter seus dados armazenados e consultados por empresas. No início de agosto, as agências bancárias receberam autorização para mediar o cadastro e incluir clientes interessados. Entre os bancos procurados, a Caixa foi a única que informou os dados - até o fim de setembro, eram pouco mais de 8,4 mil. Previsão errada Tínhamos expectativa de alcançar 40 milhões até o fim de 2014; mas, pelas adesões até agora, esse número não vai se concretizar.
Posted on: Sat, 02 Nov 2013 19:38:37 +0000

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