Comitê Olímpico Rio 2016 abrirá 500 vagas em 2014. Até os - TopicsExpress



          

Comitê Olímpico Rio 2016 abrirá 500 vagas em 2014. Até os Jogos, serão 7.200 empregos O escritório do Comitê Rio 2016, na Cidade NovaO escritório do Comitê Rio 2016, na Cidade Nova Foto: Ana Branco / Ana Branco Maíra Amorim - O Globo Faltam 993 dias para o início dos Jogos Olímpicos no Rio, que começarão no dia 5 de agosto de 2016, mas a contagem regressiva não é apenas pelo início das competições esportivas, mas também pela abertura de vagas. O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 tem, atualmente, 580 funcionários. Até o fim de 2014, vai contratar mais 500 pessoas. Em 2015, a força de trabalho somará 2.100 posições. Quando a tocha for acesa, daqui a pouco mais de dois anos e meio, o Comitê terá um total de 7.200 empregados diretos — isso sem incluir os 70 mil voluntários. As oportunidades são para as mais diferentes áreas de atuação e níveis de formação. E quase todas exigem inglês de intermediário a fluente. — Essa tem sido uma dificuldade: é pequeno o percentual de candidatos que falem inglês bem. Mas nada impede que uma pessoa cujo nível de fluência não esteja tão bom se candidate, desde que, caso selecionada, se comprometa a fazer um curso intensivo, por exemplo — afirma Henrique Gonzalez, diretor de Recursos Humanos do Rio 2016. Contato com profissionais estrangeiros O idioma é requisito porque, por ser um evento internacional, impõe contato diário com profissionais de diferentes origens. Já há 40 expatriados atuando no Comitê, e esse número deve chegar a mais de 200 até 2016. — Há muitas reuniões que são feitas em inglês e, além disso, as regras e o vocabulário relativos aos jogos são apresentados no idioma — lembra Gonzalez. Além dos estrangeiros, a sede do Comitê, que, desde março, funciona na Cidade Nova em um prédio modular — que tem capacidade rápida de expansão para abrigar os novos funcionários — também já emprega gente de todo o Brasil. — Nos interessa muito ter diversidade de regiões, por isso estimulamos a candidatura de profissionais de todos os estados — destaca o diretor, acrescentando que todas as vagas anunciadas também são abertas a pessoas com deficiência. — Temos 24 profissionais com deficiência atualmente, mas é difícil contratá-los, porque, além do problema da falta de qualificação, há muita competitividade, já que outras empresas precisam preencher suas cotas. É uma questão que precisa de mais sensibilização. Equipes que apresentam experiências distintas A organização também busca formar uma equipe com experiências distintas. Por isso, há tanto profissionais com vivência de mercado em segmentos diversos como aqueles que vêm do mundo dos esportes. A diretora executiva de infraestrutura Patrícia Hespanha, que é economista, deixou a empresa multinacional na qual atuou por 15 anos, para se juntar ao projeto, há pouco mais de dois anos. Ela, que na época estava vivendo e trabalhando no México, voltou ao Rio com toda a família. — Nenhum emprego é definitivo, todos podem ter fim. Então não hesitei na hora de vir para um projeto com data para acabar. Claro que cada um tem que pesar o que é melhor para a carreira, mas acredito que uma experiência como essa agrega muito ao currículo — diz Patrícia, que gosta de assistir esportes e praticar caminhadas, mas nunca havia trabalhado com o assunto. — O Comitê tem 50 áreas funcionais, que precisam de conhecimentos variados. Não é preciso, necessariamente, ser especialista em esportes, porque há muitos setores. Um ex-atleta já integra o grupo Mas claro que vivência no mundo dos esportes também é bem-vinda. Como no caso do ex-atleta Bruno Souza, que integrou a seleção brasileira de handebol e foi campeão com o time nos Jogos Pan-americanos de 2003 (Santo Domingo) e 2007 (Rio de Janeiro), além de ter competido nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, e Pequim, 2008. Souza entrou no Comitê em abril de 2012 para fazer parte do Secondment, programa de troca de experiências entre os Jogos de Londres e do Rio. Como “secondee”, passou dois meses na capital inglesa e, hoje, é especialista em vila olímpica no Comitê Rio 2016. — Na Alemanha, onde morei por nove anos, cheguei a jogar em times com atletas de 12 nacionalidades, e fui capitão de equipes. Sei lidar bem com diferentes pessoas e diferentes culturas — afirma Souza, listando alguns dos motivos pelos quais acredita ter sido escolhido para o cargo. — Nem todo mundo que é ex-atleta está capacitado para atuar, mas a experiência com esportes pode ajudar muito, especialmente no caso de alguém que tenha vivido uma Olimpíada, porque é uma pessoa acostumada a trabalhar com ciclos e projetos. Como o cargo de Bruno Souza, há outros que requerem uma expertise bem específica. Entre eles, estão o de gerente de operações de credenciamento, especialista de prontidão de jogos, gerente geral de look dos jogos, gerente de operações de evento-teste, gerente de experiência do espectador e especialista em operações de ônibus — posições que estavam abertas até o fechamento desta reportagem. — Quando não encontramos, no Brasil, um profissional que tenha exatamente a experiência requerida, nós buscamos aqueles que tenham atuado em indústrias semelhantes. Se não houver ninguém, podemos trazer um profissional estrangeiro — explica Gonzalez, acrescentando que, ao fim dos Jogos, haverá a formação de mão de obra nacional especializada. — O fato é que nossa equipe, depois, estará apta, por exemplo, a trabalhar nos Jogos de Inverno da Coreia do Sul, em 2018, e em outros grandes eventos esportivos internacionais que venham a acontecer. Capacitação como forma de legado Até o momento, todo o recrutamento vem sendo feito internamente, mas o Comitê está negociando parcerias com empresas especializadas para fechar as vagas futuras. O recrutamento dos cinco mil temporários que se juntarão à equipe no ano de 2016 será feito por uma companhia de gestão de pessoas. — Esses cinco mil terão contratos temporários. Já aqueles contratados anteriormente têm contratos sem prazo determinado — explica Gonzalez, acrescentando que os benefícios oferecidos são plano de saúde, plano dental, seguro de vida, tíquete-refeição e academia de ginástica no local de trabalho. Outra empresa também ajudará na seleção dos 70 mil voluntários, que poderão começar a se inscrever a partir de agosto de 2014. A expectativa é receber inscrições de todo o Brasil. — O processo seletivo para os voluntários terá uma primeira etapa virtual e, em 2015, haverá uma etapa presencial — explica Gonzalez. Três perfis de voluntários O Comitê sugere que os interessados em atuar como voluntários tenham facilidade de acomodação no Rio de Janeiro, para onde a maioria será recrutada — haverá voluntários também em Belo Horizonte, Salvador, Brasília e São Paulo, que são as cidades do futebol. — Esperamos ter três perfis de voluntários: o estudante, que terá a primeira experiência de trabalho; o pessoal da Terceira Idade, que tem tempo e quer contribuir; e os profissionais que vão tirar férias para realizar uma vontade pessoal e também desenvolver liderança e a rede de relacionamentos. É um momento único de celebração. A formação de profissionais — e de voluntários — especializados em Jogos Olímpicos e eventos esportivos é um dos legados que o Comitê Rio 2016 espera deixar para a cidade. — Muitos vão abrir os olhos e as portas para oportunidades em áreas como gestão esportiva, administração de espaços, gestão de entretenimento. Não serão formados profissionais especializados apenas em Olimpíadas — acredita Bruno Souza, ex-jogador de handebol da seleção brasileira e especialista em vila olímpica do Comitê. Desde que entrou no Comitê Rio 2016, em abril do ano passado, Souza diz ter visto suas responsabilidades crescerem na medida em que as equipes foram aumentando e mais atividades surgindo para gerenciar. Diretora é promovida em dois anos Hoje diretora executiva de infraestrutura, Patrícia Hespanha começou a trabalhar como diretora de acomodações, tendo sido promovida há dois meses. — O projeto é bem dinâmico e, mesmo sendo temporário, me deu a oportunidade de ser promovida. É possível crescer aqui dentro, porque é um projeto que, até o dia 5 de agosto de 2016, vai trazer muitas novas demandas — conta Patrícia, que também foi atraída pela falta positiva de rotina. — Não tem um dia igual ao outro e, com isso, a gente aprende o tempo inteiro. Não tem mesmice de fazer sempre a mesma coisa. O diretor de Recursos Humanos, Henrique Gonzalez, diz que os profissionais interessados em se candidatar não devem se preocupar com o fato de a contratação ter data para acabar. — Temos um plano de retenção que inclui mais um salário por ano trabalhado ao funcionário, para ajudar na recolocação no mercado quando o projeto terminar. Até porque acredito que, após uma experiência como essa, a recolocação será mais fácil, já que os profissionais estarão capacitados. Todas as vagas abertas são publicadas no site do Comitê (rio2016.org no link “comitê organizador”) e também na página do Facebook que divulga as oportunidades. — Para se candidatar, além do inglês ser importantíssimo, recomendo que os interessados estudem bem o site, procurem se informar sobre o mercado de esportes. Além das competências técnicas, buscamos habilidades como flexibilidade, adaptabilidade, resiliência e muita proatividade.
Posted on: Sun, 17 Nov 2013 12:00:35 +0000

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