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Corretoras sugerem ações para driblar freio na economia Após o primeiro mês no ano de recuperação do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que avançou 1,64% em julho, carteiras de recomendações de corretoras concentram as apostas em ações focadas em driblar o ritmo mais fraco de crescimento da economia e aproveitar os efeitos da alta do dólar. De dez carteiras para o mês de agosto consultadas pelo GLOBO, tiveram destaque papéis como BRF, Pão de Açúcar e Ultrapar, com quatro recomendações cada. Mas os papéis com maior número de recomendações ainda são Itaú Unibanco — após divulgar lucro de R$ 3,6 bilhões no segundo trimestre — e Vale, que ficou com preço atrativo após cair 28% no ano. As duas aparecem com cinco sugestões cada. Além da expansão em ritmo lento da economia, analistas citam como entraves à recuperação da Bolsa a piora da imagem do país perante os investidores estrangeiros, com a deterioração das contas públicas. No cenário externo, a expectativa de desaceleração da economia chinesa afeta as perspectivas para exportadores e produtores de commodities, como destaca Leonardo Milane, estrategista do banco Santander. Neste quadro de prognósticos cautelosos para a economia no segundo semestre, os gestores preferem apostar em ações consideradas defensivas, menos suscetíveis aos efeitos do cenário internacional e dos problemas no mercado interno. — Ainda estamos cautelosos com a economia brasileira. Não acreditamos que chegou a hora em que o crescimento chinês voltará a acelerar. E por isso não acreditamos em forte alta do Ibovespa tão cedo — afirma Milane. Sem perda de fôlego Entre as ações que se beneficiam da alta do dólar por melhora do ganho com as exportações está a BRF, que vende alimentos no mercado interno e no exterior. — BRF tem demanda inelástica. Mesmo com a economia em ritmo mais fraco e os preços de commodities agrícolas para baixo, a expectativa é que cresça a margem de lucro. O dólar também ajuda — diz Milane. É também pela demanda considerada mais sustentável por alimentos no país que o grupo varejista Pão de Açúcar coleciona sugestões. — Consumo de bens essenciais não vai desacelerar e a companhia tem a estratégia de ganhar participação de mercado com minimercados, o que tem feito um crescimento importante na margem de lucro operacional — destaca Carlos Nunes, estrategista do HSBC. A capacidade de resistir ao freio na economia aparece ainda no setor de distribuição de combustíveis. Ultrapar é a principal aposta, mas Cosan, que também distribui gás e possui uma operação logística, está entre as preferidas de três corretoras. — O segmento de produção de álcool tem mostrado melhora após reajustes da Petrobras na gasolina, e a Cosan é bastante diversificada — diz Bruno Gonçalves, analista da corretora Alpes, que recomenda Cosan. Com a reação testada à piora da economia, na visão dos analistas, o Itaú Unibanco aparece como a mais recomendada junto com Vale. O HSBC destaca os “fortes resultados apresentados”, mesmo com menor crescimento da carteira de crédito no segundo trimestre. Destaca ainda que foi mantida a rentabilidade sobre o patrimônio e a qualidade dos empréstimos melhorou. Vale e Petrobras Enquanto umas se destacam pelo resultado futuro mesmo com forte valorização no ano, caso de Pão de Açúcar e Ultra, outras aparecem nas carteiras porque caíram bastante. É o caso de Vale. A tese dos estrategistas é que o papel caiu mais do que deveria pelos temores de desaceleração chinesa. Nunes, do HSBC, avalia que a empresa está “bem posicionada” pela desvalorização do real, porque 54% dos custos são em moeda brasileira. Por outro lado, avalia que o atual patamar de preços da ação reflete uma cotação entre US$ 85 e US$ 90 de minério de ferro por tonelada, mas o valor da mercadoria tem permanecido acima dos US$ 125. Outra aposta que mantém força mesmo após forte queda no ano é a Petrobras, com quatro recomendações. Marcelo Torto, analista da corretora Ativa, avalia que a ação está atrativa mesmo se ocorrer prejuízo ou pequeno lucro no segundo trimestre. — Mesmo com resultado ruim, o preço atual da companhia já incorpora o pior cenário possível. Vale a pena no longo prazo — disse o analista. Setorialmente, educação possui recomendações para as três principais ações (Estácio, Anhanguera e Kroton). As duas últimas foram incluídas na prévia da última carteira do Ibovespa que entra em vigor a partir de setembro. Fonte: Jornal O Globo.
Posted on: Mon, 05 Aug 2013 16:16:10 +0000

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