Crise Capitalista À beira de um novo colapso A crise capitalista - TopicsExpress



          

Crise Capitalista À beira de um novo colapso A crise capitalista se aprofunda em níveis apocalíticos, atingindo os lucros dos capitalistas nos últimos bastiões: armas, bancos, especulação financeira e petróleo O aprofundamento da crise capitalista continua avançando sem cessar no mundo e no Brasil. Os mecanismos de contenção têm se enfraquecido e se encontram à beira do colapso. As taxas de lucro dos monopólios imperialistas estão caindo em todos os setores, inclusive no setor de armamentos pela primeira vez em 70 anos. Há bastante tempo que os capitalistas não conseguem mais obter altos lucros a partir das atividades produtivas devido à ação das leis do sistema capitalista que têm levado o parasitismo a níveis inacreditáveis. A especulação financeira tem se transformado no coração da economia e é responsável por ter transformado o mundo num casino de apostas e contra-apostas, onde os beneficiários são um punhado de parasitas especuladores. Ela é sustentada por meio do repasse de fartos recursos públicos que absorbem, qual um buraco negro, os principais recursos da sociedade, o que é operacionalizado por meio da monetização das dívidas públicas, em cima da impressão de moeda podre em larga escala. Os derivativos financeiros representam em torno a 15 vezes o PIB mundial. A impressão de moeda podre está entrando em colapso, gerando enormes perdas no trilionário mercado de transações com títulos podres nas principais potências. O mercado de títulos podres tem sofrido fortes perdas – as taxas de lucro caíram de 15% ao ano para menos de 5% nos últimos três anos. Os países atrasados têm sido atingidos em cheio devido ao aprofundamento da crise capitalista na China, principal consumidor mundial de matérias primas, atingida, por sua vez, pela redução das exportações provocada pela queda do consumo mundial desde 2008. O superávit da balança comercial brasileiras, por exemplo, caiu de US$ 29 bilhões em 2011, para US$ 14 bilhões no ano passado e US$ 5 bilhões negativos nos primeiros sete meses deste ano. O déficit nas contas correntes disparou de US$ 52 bilhões em 2011 para mais de US$ 72 bilhões neste ano. As importações dispararam devido ao colapso do chamado “modelo de crescimento Lula”, de fato, imposto pelo imperialismo. A atualidade da obra de Karl Marx, O Capital Cada vez fica mais evidente que a crise capitalista mundial não é passageira como muitos defenderam quando veio à tona em 2008. Mais ainda, não há sequer perspectiva de resolução da crise. Fica cada vez claro que estamos diante da crise histórica do capitalismo. A gravidade da situação pode ser medida pela frequência com que o nome de Karl Marx tem aparecido na imprensa especializada, ou seja, na boca dos porta-vozes do próprio mercado financeiro. O aprofundamento da crise capitalista tem esgotado a obtenção de lucros da produção real devido ao próprio esgotamento histórico do sistema capitalista. A lei da tendência à queda da taxa geral de lucro devido ao aumento da composição orgânica do capital está mais forte do que nunca. Ela foi analisada detalhadamente por Karl Marx na obra prima, O Capital, e implica no aumento das máquinas e a diminuição da mão de obra, processo que é promovido pela concorrência. A crise capitalista do petróleo de 1974, acabou de vez com os chamados “anos dourados” do capitalismo. O neoliberalismo tem sido a tentativa de diminuir os gastos estatais que foram a base do chamado estado de bem-estar social, implementado nos países desenvolvidos após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de conter o avanço das massas trabalhadoras. Desde essa época, o parasitismo financeiro tem crescido de maneira exponencial. Após o colapso capitalista de 2007-2008, ficou evidente que os mecanismos artificiais de geração de altas taxas de lucro estavam esgotados – especulação nas bolsas, a bolha da Internet, a especulação imobiliária e os derivativos financeiros, que hoje movimentam em torno a 15 vezes o PIB mundial em cima de mecanismos de apostas e contra-apostas que tornaram o mundo um verdadeiro casino. A tentativa de conter o aprofundamento da crise capitalista mundial em cima de gigantescos volumes de recursos públicos, com o fomento artificial do consumo, suportando praticamente toda a especulação financeira, se esgotou a partir do segundo semestre de 2011 e, agora, enfrenta forte colapso. A burguesia não conseguiu elaborar uma nova política, alternativa ao neoliberalismo, tal o altíssimo grau de parasitismo do sistema capitalista. A lei da tendência à formação da taxa média de lucro, na base da especulação financeira A lei do valor é o motor que regula o funcionamento da sociedade capitalista. Ela determina o fluxo e refluxo dos capitais dos vários setores da economia, de acordo com a busca pelos maiores lucros a qualquer custo. Conforme Marx demonstrou detalhadamente, o único gerador de valor é o trabalho humano. As máquinas são amortizadas e, nos procedimentos contábeis, simplesmente repassam, de maneira gradual, como custo, o investimento realizado. Na circulação, no processo de compra e venda, os ganhos e perdas apresentam a tendência a nivelar-se. A fonte de lucro dos capitalistas é a mais-valia, a diferença entre os salários pagos e o valor criado pelos trabalhadores. A concorrência leva a que a massa geral de mais-valia gerada na sociedade seja repartida de maneira tendencialmente homogênea entre os capitalistas, independentemente do ramo de atividades. Hoje a taxa de lucro das operações industriais nos países desenvolvidos é extremamente baixa. Por esse motivo, o grosso das manufaturas têm sido transferido a países onde a mão de obra é semiescrava. O lucro da GM, por exemplo, vem das fábricas localizadas na China e no Brasil e, ainda mais especificamente, do Banco GM que participa, em larga escala, da especulação financeira vendendo, comprando e apostando em títulos públicos e privados, inclusive os derivativos financeiros que, entre outros, contêm os títulos dos financiamentos de automóveis. As bolhas financeiras quando estouram têm como finalidade, própria do funcionamento do capitalismo, ajustar as taxas de lucro à média, como pode ser visto claramente no colapso capitalista de 2008 e como poderá ser visto nas bolhas que deverão estourar no mundo todo no próximo período. O inacreditável volume de capital fictício acumulado no mundo, devido à falta de colocação produtiva, torna esse processo muito mais explosivo. Ao mesmo tempo, as multinacionais imperialistas impõem preços de monopólio e por meio do controle do estado burguês passaram a controlar todos os aspectos da sociedade burguesa. A lei da tendência à queda da taxa geral de lucro no centro da crise capitalista A concorrência entre os capitalistas conduz à procura pelo aumento da produtividade e à redução de custos, mediante a implementação de novos processos e a automação industrial, em cima de máquinas mais modernas, o que leva à redução do número de trabalhadores. Por esse motivo, a mais-valia extraída apresenta a tendência a cair o que provoca a queda dos lucros que representam o motor da economia capitalista. Na tentativa de conter a ação da lei, os capitalistas aumentam a intensidade do trabalho, reduzem os salários, por meio de processos de terceirizações, promovem ataques por meio dos programas de austeridade e usam trabalho escravo em proporções nunca antes vistas nos últimos séculos. Mas todas essas tentativas não conseguem abortar a ação da lei, apenas a contem temporariamente. Ela provoca o aumento das lutas operárias. Na China, por exemplo, o salario médio dos trabalhadores passou de US$ 30 na década de 1980, para US$ 260, e no Vietnam, que se pretendia que substituísse, parcialmente, à China, nos últimos cinco anos, os salários passaram de US$ 45 para US$ 90. A tentativa de agilizar os processos de vendas e a diminuição dos estoques, para acelerar a rotação do capital, tem se chocado com o crescente empobrecimento das massas. A crise de superprodução está na base da crise capitalista atual. O aumento exponencial do crédito, em cima de recursos públicos, está levando o mundo inteiro a enormes bolhas financeiras. No Brasil, o “modelo de crescimento Lula” se esgotou e deixou como saldo a disparada da inadimplência e do endividamento generalizado em níveis históricos, com o governo fomentando-o ainda mais devido à falta de alternativas. A desvalorização do capital constante empregado (principalmente, as máquinas e equipamentos) e, fundamentalmente, a crise capitalista, que leva à destruição em larga escala das forças produtivas permitem, junto com a superexploração dos trabalhadores, que os mecanismos capitalistas não engripem. Mas esses mecanismos apresentam sérios sintomas de que poderão engripar no próximo período. Ao mesmo tempo, as crises aumentam as compras e consolidações, reforçando ainda mais a monopolização da economia. O grosso da competição agora se processa em escala mundial pelos grandes monopólios que, na disputa pelo mercado mundial, têm levado o parasitismo a níveis absurdos, além de impulsionarem o militarismo e as guerras. A concentração da crise capitalista no estado burguês O principal mecanismo que permitiu ao capitalismo superar a depressão da década de 1930 foi a escalada da intervenção do estado burguês na economia. O keynesianismo foi a corrente da economia burguesa que deu corpo teórico à necessidade do estado promover investimentos com o objetivo de servir como motor da economia. Os gastos militares dispararam e se estruturou o chamado complexo industrial militar nos países desenvolvidos que disparou o parasitismo em cima dos recursos públicos pelas multinacionais. A crise capitalista de 2007-2008 enterrou o papel redentor do estado burguês, que agora aparece como o grande concentrador da crise capitalista mostrando o crescimento, nas entranhas da velha sociedade, da nova sociedade socialista. O gigantesco e crescente endividamento público demonstra que as crises não reciclam o capitalismo. Elas permitem a continuidade do funcionamento, mas ao custo do contínuo enfraquecimento. A comparação que ilustra graficamente este fenômeno seria o envelhecimento de um ser humano que na velhice continua vivendo, mas com doenças, e turbinado com remédios e pontes de safena. Trata-se de um conteúdo cada vez mais parasitário e podre protegido por uma casca que é o estado burguês. O papel histórico da revolução proletária, que representa o último ato da evolução histórica do capitalismo, reside na destruição dessa casca e na expropriação dos meios de produção do punhado de parasitas financeiros que domina o mundo. No Brasil, assim como em praticamente no mundo todo, as grandes empresas somente conseguem sobreviver de enormes repasses de recursos públicos. Os serviços de pagamento da ultra-parasitária dívida pública federal consome nada menos que 45,7% do orçamento público federal. Os bancos públicos são a principal fonte de transferência desses recursos, mas para os parasitas capitalistas ainda é pouco. Por esse motivo, agora tentam encampar outras empresas públicas, ou semi-públicas, como a Petrobras e os Correios. Mas o verdadeiro objetivo dos capitalistas é impor um arrocho salarial de proporções gigantescas sobre os trabalhadores. Nos Estados Unidos, no Japão e na Europa, isto é nos países centrais, os monopólios lucram em cima em cima dos recursos públicos obtidos em cima de taxas de juros muito baixas e das compras de títulos podres no valor nominal, entre os principais mecanismos artificiais de funcionamento da economia, que para a burguesia significa lucros. Aparece no horizonte a pior crise histórica do sistema capitalista mundial, desta vez atingindo em cheio os países imperialistas. Sob esta base, avança o ascenso do movimento operário, popular, camponês e estudantil. A tarefa colocado para os revolucionário é lutar pela formação de um partido revolucionário de massas que tenha condições de conduzir as massas trabalhadoras ao enfrentamento final com a burguesia mundial.
Posted on: Mon, 09 Sep 2013 07:25:25 +0000

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