“Diz-que-direi ao senhor o que nem tanto é sabido: sempre que se começa a ter amor a alguém, no ramerrão, o amor pega e cresce é porque, de certo jeito, a gente quer que isso seja, e vai, na idéia, querendo e ajudando; mas, quando é destino dado, maior que o miúdo, a gente ama inteiriço fatal, carecendo de querer, e é um só facear com as surpresas. Amor desse, cresce primeiro; brota é depois. Muito falo, sei; caceteio. Mas porém é preciso. Pois então. Então, o senhor me responda: o amor assim pode vir do demo? Poderá?! Pode vir de um-que-não-existe? Mas o senhor calado convenha. Peço não ter resposta; que, se não, minha confusão aumenta.” Falar do amor tende a dar em confusão. E Riobaldo pede para que não se entre nesse assunto para que sua confusão não aumente. Mas ele próprio já falou sobre o amor e voltará a falar, inúmeras vezes. Dan Vieira, aqui o texto prometido...
Posted on: Fri, 27 Sep 2013 21:17:46 +0000