EVANGELHO DO DIA 23/06/2013: LUCAS 9,18-24 O Evangelho de hoje nos - TopicsExpress



          

EVANGELHO DO DIA 23/06/2013: LUCAS 9,18-24 O Evangelho de hoje nos mostra Jesus, retirado com seus discípulos, rezando. Jesus sempre rezava, quando devia tomar uma decisão importante. Isso porque, a obra realizada por ele, não era exclusivamente sua, mas, em primeiro lugar, era do Pai. Enquanto rezava, Jesus perguntou aos discípulos: “Quem diz o povo que eu sou?” A resposta dos discípulos revela uma indagação sobre a identidade de Jesus. As pessoas não sabiam direito quem era ele: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou” (v. 19). Portanto, o conceito provisório que o povo fazia de Jesus era muito bom; afinal, ser identificado com João Batista, Elias ou um dos antigos profetas, não era pouco. Mas, apesar de bem conceituado, Jesus era considerado apenas um personagem secundário. É bom lembrar de que, naquele tempo, os judeus esperavam um personagem, que viria da parte de Deus, e que recebeu o título de Messias. E o sinal da sua chegada seria a ressurreição do grande profeta Elias. Quando João Batista apareceu, muitos se perguntaram se ele não seria Elias ressuscitado. Então, se Jesus era identificado com estes personagens, quer dizer que não atendia às expectativas do povo. Era um santo; um homem de Deus. Mas não reunia as qualidades para ser identificado com o Messias. Em resumo, o povo não sabia quem era Jesus. Sim, e os discípulos: sabiam quem era Jesus? Foi isso que ele quis saber, quando perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Esta pergunta soa hoje tão atual, quanto naquele tempo. Nunca se falou tanto em Jesus e de Jesus, como em nossos dias. Mas será que todas essas pessoas que falam hoje de Jesus, estão falando do Jesus verdadeiro, do Cristo verdadeiro? A própria atitude de Jesus, de querer saber, com precisão, o que pensavam dele é uma indicação para nós. Não devemos aceitar, de modo algum, sem a devida comprovação, tudo o que andam dizendo de Jesus. Ora, se prestarmos bem atenção, veremos que, na maioria das vezes, o nome de Jesus está associado a milagres. Quase nunca Jesus tem o nome associado à justiça, à verdade, à ética, ao amor sem distinção. Não se busca formar as consciências, para que os seguidores e seguidoras de Jesus sejam sal e luz do mundo (Mt 5,13-16). O Jesus profeta, o Jesus que denunciava as injustiças e falava a verdade doesse a quem doesse, e que foi morto porque ousou sonhar com um mundo diferente deste que conhecemos, esse Jesus está fora das pregações e das mídias. O Jesus anunciado pela maioria dos pregadores não profetiza, não denuncia, não anuncia, não evangeliza. Foi reduzido a um mero fazedor de milagres. A resposta do apóstolo Pedro, “(Tu) és o Cristo de Deus” (v. 20), não foi suficiente. Tanto assim que Jesus proibiu aos discípulos de falarem daquilo a alguém. Jesus percebeu que a ideia de “cristo” (messias) que eles tinham era a mesma do povo, isto é, o Messias era visto como alguém poderoso, um grande líder político e militar, capaz de organizar as forças do país, para combater o poder dos romanos. Porém, o modelo de Jesus era bem diferente. O Messias de Jesus era uma figura, no mínimo, decepcionante: “O filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia” (v. 22). Agora me diga, meu irmão, minha irmã, você continuaria seguindo este homem, sabendo que ele não teria nenhum futuro para lhe oferecer? Um líder fracassado! Lucas não fala da reação dos discípulos, mas o evangelista Mateus, sim. Mateus diz que, ao ouvir estas palavras de Jesus, Pedro o chamou à parte e começou a repreendê-lo (Mt 16,22). As palavras de Jesus falam de luta: ele irá enfrentar o mal. Falam de fracasso: ele entrará na arena em condição desigual e será morto... Para o ser humano, para o mundo, a morte é o mais completo sinal de fracasso. Mas para Deus, não. Para Deus, a morte do injustiçado, do oprimido e do inocente é apenas o limite até aonde o mal pode ir. O mal não pode ir além da morte. É neste ponto que ele sai derrotado. Por isso Jesus fala da sua morte, mas também fala da sua ressurreição, que é a vitória total e definitiva sobre o mal. Portanto, quem segue o Cristo crucificado, de modo algum segue alguém derrotado. Porque a morte não tem poder sobre ele. Os líderes humanos podem até contabilizar muitas vitórias. Mas quando morrem, permanecem em seus túmulos. Para sempre! Jesus, não. Ele morreu, mas ressuscitou. Está vivo. É em base a isto que o Evangelho de hoje nos faz este desafio: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará” (v. 24).
Posted on: Fri, 21 Jun 2013 20:37:29 +0000

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