"Eu estou contente em unirme com vocês no dia que entrará para a - TopicsExpress



          

"Eu estou contente em unirme com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação. a Proclamação de repúdio a corrupção. Essas importantes passeatas contra a corrupção vieram como um grande farol de esperança para milhões de brasileiros que tinham murchados nas chamas da injustiça. As marchas vieram como uma alvorada para terminar a longa noite de seus sofrimentos. Mas ainda não somos livres pois tristemente estamos atados pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação. Muitos anos depois da República ainda vivemos em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Muitos anos depois, os brasileros ainda adoecem nos cantos da sociedade Brasileira e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar nossa vergonhosa condição. De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo brasileiro seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens do Brasil, como também os homens livres, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela declaração de Independência não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a República deu para o povo um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes". Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça. Nós também viemos para recordar aos politicos dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo. Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia. Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça social. Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça social para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos. Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este tempo sufocante do legítimo descontentamento dos brasileiros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 2013 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o povo agora estará contente, terão um violento despertar se a nação voltar aos negócios de sempre. Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas pois elas vem entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vem perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só. E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?" Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o povo for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto corruptos não pagarem pelo roubo dos cofres públicos não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza. Eu não esqueci que alguns de vocês marcharam até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são os veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades , sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe cair no vale de desespero. Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho Brasileiro. Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da nação os filhos dos Brasileiros poderão se sentar junto à mesa da fraternidade,viver em uma nação onde elas não serão julgadas, mas sim pelo seu conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia todo o Brasil será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados, e toda a carne estará junta. Esta é nossa esperança. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado. "Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto. Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos, De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!" E se Brasil é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro. E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha. Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Montes. Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade. E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho: "Livre afinal, livre afinal.
Posted on: Fri, 21 Jun 2013 00:43:37 +0000

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