Eu me engulo todos os dias, e a cada dia um pouco mais. Sinto-me extremamente impotente diante da miséria humana... Me engulo, quando tenho que resistir pra não revidar uma ofensa, ou, quando digo um sim, mas meu desejo era gritar um sonoro, não! Me engulo, quando não tenho opção de escolha ou de múltipla escolha... Me engulo, quando tenho que sufocar minhas emoções e sensações... Me engulo, quando minhas ações não demonstram reações... Me engulo, quando não consigo evitar os distratos nem os maus-tratos... Me engulo, por ter que abafar minha voz quando ela quer ecoar em palavras o meu talento... Me engulo, pelo engodo expressado do puxa saquismo voluntário, sem idéias nobres, sem causa, sem prazer, sem limites, sem referencia e sem justa causa! Me engulo, quando presencio a grosseria, o mau humor, a irrelevância, o ódio, a passividade, o mau - caratismo, a soberba do julgo subjugado... ...Enfim, me engulo na mesma proporção que o vômito me impede de opinar, de reagir, de sentir ou discordar... Me engulo, todos os dias pra não me odiar.... Maristela Macedo de souza
Posted on: Mon, 30 Sep 2013 06:13:24 +0000