FESP/CONCEITO/QUALIDADE E SOBRETUDO, PURAMENTE - TopicsExpress



          

FESP/CONCEITO/QUALIDADE E SOBRETUDO, PURAMENTE PARAIBANA!!!!!! DIVISÃO NO ENSINO SUPERIOR É nítida certa divisão em grupos das entidades mantenedoras privadas de ensino superior. A divisão aflora e agudiza sempre que aparecem notícias de fusões. Evidente que as grandes instituições, que extrapolam estados e regiões, trabalham em economia de escala, obtendo custos menores. Ao mesmo tempo, o serviço prestado acaba padronizado nacionalmente, sem nuances, características e contextos regionais ou de determinada escola. Até o início da década de setenta, o ensino superior privado era bem incipiente e restrito: algumas instituições de natureza religiosa e umas poucas laicas, de modo geral de características locais ou de grupos de pessoas imbuídas de ideal. As duas, muito boas. Sua primeira explosão se deu com a decisão do governo de então adotando-a como política para solução do eterno pro- blema de falta de vagas e dos famosos excedentes nos exames vestibulares que aconteciam. A segunda expansão, bem desenfreada e descontrolada, se deu com o advento da Lei 9394/96. Até o surgimento da atual lei de diretrizes e bases da educação nacional, era obrigatório o farisaísmo de escola superior, além das estatais, só poder ser mantida por fundação ou entidade sem fins lucrativos. Autêntico farisaísmo, porque na realidade só acontecia no papel, o que serviu ainda para um atraso na qualidade, pois representava até reserva de mercado a uns poucos beneficiados. Tornou-se célebre o “corredor da maternidade”, no antigo Conselho Federal de Educação, na espera do nascimento de uma autorização ou de um reconhecimento. Se antes dominava o farisaísmo, após 1996, escancarou-se a porta da autorização e funcionamento, chegando-se ao ponto de sociedades anônimas, com ações negociadas em bolsas de valores. Não bastasse a abertura, surgiu enor- me número de instituições que, previsivelmen- te, por falta de sustentação econômica e em consequência de concorrência predatória, estavam fadadas à inviabilidade. A situação se exacerbou com o avanço da educação à distância (temos nossas razões e convicções para grafar “à distância”). Natural que, com o tempo, surgissem as fusões, principalmente por- que havia uma demanda represada de ensino superior. Mas uma demanda epidêmica de vagas se exaure, para o que contribuem a reserva de vagas e cotas. Tudo resulta de uma política de governo, mais que uma política de estado. E as diferenças entre as mante- nedoras de ensino, em função da forma societária de constituição, teriam que vir à tona. Vale, contudo, lembrar que, além de a divisão ser resultado de uma política governamental, a escola particular é, por natureza, diversa. Cada uma é uma, o que representa sua grande virtude. Igual, padronizada e pesada, na maioria das vezes, é a escola estatal. Afinal, a diferença entre as instituições particulares de ensino se dará pela qua-lida- de e seriedade, porque a sociedade pode ser tola durante algum tempo, mas não o será sempre. Não é assim que ocorre em outros países, mais desenvolvidos e adiantados que o nosso? A competência e a qualidade oferecidas prevalecerão, tanto mais rapidamente quanto as instituições forem independentes do mundo oficial e das políticas passageiras de cada governante. Também, há de se perguntar: um ensino nacionalmente pa- dronizado e globalizado (economia de escala) não é massificação? Que interesse compradores de ação em bolsa e grupos estrangeiros terão em ensino de qualidade no Brasil? Enfim, seja qual for a natureza da entidade mantenedora, com o tempo ficarão as instituições bem estruturadas e que ofereçam qualidade. FONTE Prof. Roberto Dornas, INFORMATIVO CONFENEM/MAIO-JUNHO 2013 
Posted on: Wed, 10 Jul 2013 01:26:52 +0000

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