INTRODUÇÃO Deus tem um agente executivo divino no mundo de - TopicsExpress



          

INTRODUÇÃO Deus tem um agente executivo divino no mundo de nossos dias: o Espírito Santo. Ele é o continuador da obra que Jesus começou. Move-se entre milhões de crentes e incrédulos no mundo todo — nos lares, nas igrejas e nas prisões, atrás de cortinas de ferro ou de bambu. Opera em países onde, durante séculos, existe resistência ao evangelho. Move-se e opera em resposta aos apelos dos filhos de Deus onde quer que estejam. Sua obra é poderosa e continua operante na vida dos cristãos que têm busca¬do sua ajuda. Cristãos que criaram uma vida de oração constante e crescente, que se comunicam com o Espírito e comungam com ele, são os que têm maior conhecimento de Jesus Cristo. O Espírito Santo jamais pode ser subestimado. Ele está sempre no controle de situações que lhe foram comunicadas em oração. Numa fração de segundos, intervém para desviar desastres, revelar as decisões certas que devemos tomar ajudar os cristãos que passam pelas mais críticas circunstâncias. Ele tem alertado os crentes, mesmo quando separados por milhares de quilômetros, a orar ou a colocar-se à disposição dele quando necessário. Tam¬bém tem pedido a outros que orem a favor de uma necessidade semanas antes que esta apareça. Os mais ocupados executivos do mundo pagariam qualquer preço para ter um companheiro de trabalho como o Espírito Santo. Comecei meu ministério pastoral quando ainda aluno da facul¬dade de teologia das Assembléias de Deus, em Seul. Após o término da guerra coreana, o desespero das pessoas era tão evidente que percebi que aqueles que desejassem dar assistência a elas necessitariam de capacidade sobrenatural para colocar-se acima dos problemas, da enfermidade e da pobreza. Orava no sentido de adquirir mais experiência com o Espírito Santo, pois estudara e aprendera sobre ele. Pedia-lhe que viesse e me enchesse com seu poder, seu ministério, e me desse uma mensagem para o mundo enfermo e ferido. Eu sabia que sozinho nunca encontraria sermões que fossem eficientes para edificar e estimular os ouvintes, a menos que eu vivesse acima de meus problemas. Por isso, diariamente orava pedindo a plenitude do Espírito Santo. Outros estudantes também oravam pela obtenção do batismo no Espírito. Orávamos dias e dias, e quando os colegas recebiam esta experiência, podia-se notar que a vida deles assumia nova dimensão. Eles ainda eram pobres, mas mesmo em sua pobreza sentiam-se cheios de alegria e paz, e tinham a inexplicável confiança de que Deus os ajudaria. Os problemas não lhes tiravam a paz. À medida que eu observava a mudança operada na vida deles, sabia que precisava continuar orando até que eu também recebesse a mesma experiência. E então aconteceu. Certa noite, enquanto pedia ao Senhor que me enchesse com o seu Espírito, senti sua presença aproximar-se. Foi uma experiência maravilhosa. Eu adorava e louvava a Jesus em voz alta, dizendo em palavras bem audíveis, repetidas vezes, como era maravilhoso conhecê-lo e quanto eu o amava. Apesar de não ver ninguém, parecia-me que o Espírito Santo estava em pé, à minha frente, pronto para derramar uma bênção sobre mim. Enquanto orava, senti um cálido ardor tocar-me o rosto, depois a língua, depois o corpo, e sem que o percebesse, comecei a falar palavras novas que me vinham à mente e à língua ao mesmo tempo. Quanto mais falava, mais sentia-me obrigado a proferir as palavras que me vinham com toda rapidez. Não sei quanto tempo perma¬neci naquela sala adorando ao Senhor, e também isso não impor¬tava. Meu coração transbordava de louvor e adoração a Jesus em uma nova língua. Estava inundado de alegria e consciente de um novo poder com Deus que antes eu não conhecera. Essa foi minha experiência inicial, quando fui batizado com o Espírito Santo. Depois disso, sentia todos os dias que vivia na própria presença de Jesus. Era-me difícil explicá-lo. Toda vez que orava, o Espírito vinha ajudar-me a orar, tomando minha lingua¬gem coreana e substituindo-a por uma linguagem celestial que eu jamais aprendera. Sabia que meu espírito se tornara um com o Espírito Santo, e eu podia orar durante uma hora inteira ou mais com a maior facilidade. Depois de minha formatura na faculdade de teologia, senti que deveria iniciar uma igreja. O Espírito Santo mostrou-me onde e como começar, e reconheci sua ajuda nessas decisões. Adquiri do Exército uma tenda usada e armei-a numa região muito pobre, entre famílias necessitadas. Nem tudo foi perfeito desde aquele dia até hoje, mas comecei a ver o quanto o Espírito Santo estava interessado em ajudar-me a desenvolver o ministério que ele próprio me dera. Não importa quão maravilhosa tenha sido nossa experiência com o Senhor, ainda estamos na carne. Quando buscarmos conselho do Senhor, sempre o recebere¬mos. Mas é fácil avaliar uma situação e pensar que podemos resolvê-la sozinhos, e que, portanto não precisamos perturbar o Senhor em oração ou pedir ao Espírito Santo que nos ajude. Sem compreender plenamente o que fazia, formulei meus pró¬prios projetos para a nova igreja na tenda. Queria que o programa causasse boa impressão e que muitas pessoas viessem, contudo lutava na preparação de sermões. Como essa parte não ia lá muito bem, reuni todos os sermões proferidos por Billy Graham e por Oral Roberts que pude encontrar, e me pus a pregá-los. O proble¬ma é que em pouco tempo esgotei meu estoque de sermões e voltei ao ponto de partida. Às vezes eu me desanimava e queria desistir. A esta altura de meu inexperiente ministério, voltei a orar e a pedir ao Espírito Santo que me ajudasse. Nem sempre é fácil deixar que o Espírito Santo dirija nossa vida. O eu se intromete no caminho até na preparação de um sermão; podemos escolher interessantes versículos das Escrituras e fazer um bom sermão, deixando o Espírito completamente fora do processo. Quantas vezes tive de confessar o pecado de tentar fazer tudo sozinho! Então eu o convidava a participar outra vez e ajudar-me. E toda vez ele me ajudava — até no preparo de sermões. Às vezes a mensagem era bem diferente daquela que eu preparara. Ele me dava seus pensamentos e os versículos bíblicos que ele queria que eu transmitisse, porque de antemão sabia quem estaria presente àquelas reuniões e quais eram suas necessidades. Voltava às Escrituras muitas vezes e lia que o Espírito Santo veio para morar conosco para sempre (João 14:16); para fazer-nos lembrar de todas as coisas que Jesus nos ensinou (João 14:26); para testificar de Jesus (João 15:26); para guiar-nos em toda a verdade (João 16:13); para anunciar-nos o que há de vir (João 16:13); e para glorificar a Jesus em tudo e mostrar essa glória aos crentes (João 16:14). Um dia o Espírito Santo falou-me ao coração: Se você quiser que sua igreja cresça, é preciso desenvolver uma comunhão e companheirismo maiores comigo. Não pregue a respeito do Espí¬rito Santo apenas como uma experiência. Ele é uma pessoa formi¬dável! Pregue a respeito dessa pessoa. Crie uma comunhão e companheirismo esperando em minha presença depois da oração. Quero conversar com você também. Depois que me casei, houve uma época que minha esposa se sentia muito infeliz. Eu vivia ocupado com reuniões evangelísticas durante a semana e voltava para casa no sábado para descansar e preparar-me para pregar em minha igreja no domingo. Trazia para casa uma mala de roupas sujas e me reabastecia com novo suprimento para outra semana. Toda vez que minha esposa tentava contar-me alguma coisa ou conversar comigo sobre as ocorrências da semana, eu sempre lhe pedia desculpas porque tinha de estudar, ou tinha de orar, ou tinha de fazer outra coisa qualquer. Não reservava tempo para sentar-me e conversar com ela como fazia quando éramos namorados. Afinal de contas, dizia eu de forma insensível, Deus me chamou para pregar, e estou muito ocupado preparando sermões. Você tem um bebê para fazer-lhe companhia e um lar para cuidar. Que mais você quer? Um dia minha sogra veio visitar-nos e disse que queria conversar comigo. Naquela época sempre sentia medo quando ela dizia que queria conversar comigo, pois isso significava que eu não estava fazendo alguma coisa como devia. — Você ama sua esposa? — Claro que sim! — Então você deve passar mais tempo com ela, como faz com seu ministério. Ela não é um objeto, é uma pessoa. Ela fica feliz quando você a valoriza e conversa com ela, porém sente-se rejei¬tada quando você não o faz. Nesse dia aprendi importante lição acerca de relacionamentos de amor. Comecei a demonstrar meu amor a minha esposa de muitas maneiras. Eu reservava tempo para conversar com ela acerca de nosso lar e de nosso filhinho. Fizemos um plano segundo o qual a segunda-feira seria um dia de folga para estarmos juntos, e ela se encarregaria de planejar nosso dia. O sorriso voltou-lhe à face. Durante o café da manhã, ela me apresentava seu plano. Fomos ao parque em nossa primeira segunda-feira e almoçamos fora. Os planos desenvolviam-se como ela planejara e fazíamos coisas que ela gostava. Num instante, minha vida doméstica me¬lhorou. Eu tinha, de novo, uma esposa alegre e satisfeita, e isso me deixava feliz quando partia para realizar mais reuniões de evangelização durante a semana. Essa experiência ensinou-me tremenda lição. Mudou a minha compreensão do Espírito Santo. Ele, também, é uma pessoa que necessita de companheirismo. Do contrário, ele se entristece. Em vez de orar e sair às pressas para a igreja, dedicava tempo para sentar-me em sua presença e deixar que ele falasse comigo. Uma vez que havia sido ele que me dera o ministério, e uma vez que ele desejava dirigir-me e guiar-me nos caminhos de realização desse ministério, eu aguardava ansiosos os momentos, de conversa com ele. Conversávamos como conversam dois amigos, como o marido conversa com a esposa — falando, ouvindo e lembrando. Com o passar do tempo, compreendi melhor do que nunca o ministério do Espírito Santo. Ele é um amigo fiel que veio para fazer tudo quanto a Palavra declara que ele faria. Pedi-lhe que fosse meu companheiro em tudo quanto se relacionasse com a minha vida e com a obra de Deus. A partir daí, todas as manhãs, quando acordo, digo: Bom dia, Espírito Santo. Trabalhemos juntos hoje e eu serei teu vaso. Todas as noites, antes de deitar-me, digo: Foi um dia maravilhoso de trabalho contigo, Espírito Santo. Cobre minha família e a mim com tua divina proteção enquanto descansamos durante a noite. Na manhã seguinte cumprimento-o de novo como uma pessoa e o convido a ir comigo durante o dia e assumir a direção em todos os negócios que devem ser tratados, e ele o faz. Quando chega a hora de preparar sermões, ele está sempre presente. Quando estou aconselhando, ele dirige meu conselho a cada indivíduo. Quando tomo uma decisão — quais convites devem aceitar para pregar? Ele me guia. Por quê? Porque ele observa as necessidades e situações de cada área do mundo, e sabe qual a área que está preparada para receber a palavra. Ele preparou-me para pregar. Quando me encaminho para o púlpito, digo: Vamos, Espírito Santo. Tu vais na frente! Terminada a reunião, quando volto para casa (ou para o hotel, se estou pregando fora de minha cidade), digo-lhe: Obrigado, grande companheiro. Tu fizeste uma grande obra no coração das pessoas hoje à noite. Continua ope¬rando. Incentiva os pastores por intermédio dos novos convertidos que te encontraram esta noite. Quando ele tem toda a liberdade no culto, sua presença faz a diferença. Será que alguma vez você já esteve no topo de uma montanha e observou como tudo parecia pequeno lá embaixo? Depois de haver recebido a plenitude do Espírito Santo, você notará, quase imedia-tamente, que os problemas da vida e suas necessidades pessoais também parecem muito pequenos — porque você os está olhando por uma perspectiva diferente. Você os percebe como o próprio Espírito Santo os vê, pois ele está no controle. A medida que você for lendo este livro, espero que encontre de modo pessoal o Espírito Santo nestas páginas. Ele quer ser seu companheiro de trabalho, quer desenvolver uma comunhão ínti¬ma com você, quer levá-lo a notar que ele faz toda a diferença em suas atividades, no relacionamento com sua família, em suas decisões — em todas as áreas de sua vida. Semanas e meses passaram voando, e estou completando trinta anos de ministério. Tenho visto muitos milagres de cura, inter¬venções em diferentes situações nas igrejas, e respostas extraordi¬nárias à oração. Deus tem levantado muitos líderes em nossa igreja que permaneceram firmes e hoje são missionários e pastores preeminentes. Se fizesse uma avaliação de meu crescimento desde a conversão, diria que encontrar-me com o Espírito Santo, e aprender a conhecê-lo de maneira íntima, tem sido a mais impor¬tante experiência de minha vida. Meu principal companheiro de trabalho e eu estamos cada vez mais ligados, e ainda mantemos comunhão todos os dias! David Yonggi Cho Pastor da Yoido Full Gospel Church Seul, Coréia
Posted on: Mon, 25 Nov 2013 01:52:41 +0000

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