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MEC: período no SUS pode ser estendido a outras áreas da Saúde 11/07/2013 - O Globo Governo, porém, diz que, neste momento, MP só atinge médicos. Após anunciar o serviço obrigatório de dois anos no Sistema Único de Saúde para estudantes que ingressarem na faculdade de Medicina a partir de 2015, o Ministério da Educação admite que o “debate está aberto” para que a mesma medida seja estendida a outros cursos, como Enfermagem, Fisioterapia, Odontologia, Psicologia e Nutrição. Em nota ao GLOBO, a pasta informou que “naturalmente, o debate abre possibilidades para a ampliação do segundo ciclo de formação para outras áreas da Saúde”. A possibilidade de extensão do plano para outros profissionais da Saúde foi noticiada ontem pelo jornal “O Estado de S.Paulo”. No final da tarde, em nota divulgada no site do MEC, o governo fez questão de destacar que a atual medida provisória “não inclui estudantes de outras áreas da Saúde” e que “a proposta destina-se exclusivamente a estudantes que ingressarão em cursos de Medicina”. Consultados sobre a possibilidade de também terem que passar por um tempo no SUS, representantes de duas universidades do Rio, de Enfermagem e Fisioterapia, avaliaram que o debate é bem-vindo. — Saúde não se faz só com os médicos e outros profissionais também são fundamentais. Mas até agora não foram feitas consultas a nenhuma entidade de representação da nossa classe — observa Helena Maria Scherlowski, diretora da Faculdade de Enfermagem da Uerj, que completou — Antes de se pensar nisso, é necessário avaliar a qualidade dos cursos que já existem. Estão jogando no mercado uma quantidade grande de profissionais com uma qualidade muito ruim. É preciso cuidar do próprio SUS para que ele possa receber os estudantes. Já o coordenador de Fisioterapia do IBMR, Renato Fernandes de Paulo, acredita que também é preciso incrementar a presença de outros profissionais de Saúde em cidades com serviço carente. E acrescenta que o tempo no SUS será interessante para instituições particulares de ensino superior na área de fisioterapia, que têm dificuldades para conseguir convênios em unidades públicas: — A burocracia é muito grande, e a oferta é pouca. As parcerias não são fáceis de ser mantidas. MÉDICOS ARTICULAM LOBBY CONTRÁRIO As entidades médicas — Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e Associação Médica Brasileira (AMB) — vão fazer lobby no Congresso para derrubar as mudanças propostas pelo governo. Ontem, a Comissão de Assuntos Políticos (CAP) — formada por representantes das três entidades — reuniu-se para propor emendas ao texto do governo. Hoje, está programado um novo encontro, da qual deverão sair mais emendas. O “Mais Médicos” foi instituído por meio de medida provisória publicada no Diário Oficial da última terça-feira. Entre as medidas mais polêmicas estão o segundo ciclo de formação no curso de Medicina e a possibilidade de trazer médicos formados no exterior sem a necessidade de revalidação do diploma. Esses pontos enfrentam forte oposição das entidades médicas. Ontem, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, cancelou a viagem que faria à Espanha com o objetivo de divulgar o programa. Segundo a assessoria do ministério, o cancelamento ocorreu por motivo de agenda, uma vez que estava sendo realizada em Brasília a “Marcha dos Prefeitos”. Pela manhã, Padilha argumentou que a contratação de médicos estrangeiros será feita apenas para as vagas não preenchidas por brasileiros. E afirmou que o trabalho no SUS tornará os médicos “mais humanos”. — Com isso a gente pode ter uma grande mudança no curso de Medicina, formando médicos mais humanos, que conheçam melhor o paciente.
Posted on: Sat, 13 Jul 2013 03:54:11 +0000

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