O secretário de Estado do Turismo português, Adolfo Mesquita Nunes, afirmou hoje, em Macau, que pretende "intensificar a aposta" na China, esperando "levar a bom porto" os esforços no sentido do estabelecimento de voos diretos para aquele mercado. "Esta presença insere-se numa aproximação (...) - precedida estes dias com contactos do Turismo de Portugal, quer com operadores, quer com companhias aéreas - no sentido de intensificar a aposta" em várias vertentes no mercado chinês, explicou Adolfo Mesquita Nunes, evidenciando o palco na Ásia, um continente com "enorme potencial de emissão de turistas", em declarações aos jornalistas à margem do Fórum de Economia de Turismo Global, que decorre até quinta-feira. Uma ligação direta entre Portugal e a China "é um assunto no qual temos trabalhado", sendo "preciso um esforço económico, político e diplomático que está a ser feito e esperamos que venha a bom porto não daqui a muito tempo", realçou. Questionado sobre o `ponto` de contacto na China, o secretário de Estado do Turismo apontou que a ligação aérea deve ser "geradora de turistas": "Não temos já necessariamente que condicionar essa localização. É onde for economicamente mais viável e mais produtiva do ponto de vista de turistas". Adolfo Mesquita Nunes não quis, contudo, entrar em mais detalhes quando questionado, por exemplo, sobre se seria a TAP a estabelecer uma eventual ligação direta. "Não me peçam para falar de algo que não existe. Aquilo que é importante neste momento é trabalhar para que essa ligação aérea possa existir e, portanto, quando houver coisas para anunciar nesse sentido falaremos disso", argumentou. Estas rotas "não nascem do zero", "é preciso um esforço económico e diplomático e é necessário que o mercado também apareça", realçou o secretário de Estado do Turismo, recordando que o trabalho tinha sido já iniciado pela sua antecessora. "Os números que temos tido de crescimento de [turistas] chineses e também a forma como tem corrido a exploração pela Emirates [da ligação aérea Lisboa-Dubai-Hong Kong] da nossa atual ligação (...) à Ásia (...) recomendam esta ligação", pelo que "a ideia é que estes esforços possam dar algum resultado", afirmou, sem facultar metas temporais. Além de ter dado a conhecer as suas políticas do setor, por via da participação do secretário de Estado do Turismo numa mesa redonda, Portugal mostrou-se como um país de investimento e apresentou as vantagens dos vistos gold, em "três momentos" que assinalam a sua presença no Fórum de Economia de Turismo Global, onde conta com um `stand`. Até ao final de agosto, o Governo português concedeu um total de 145 autorizações de residência para atividade de investimento no âmbito do programa de obtenção de `vistos gold` (vistos dourados), num investimento global que ultrapassa os 90 milhões de euros. Um número que Adolfo Mesquita Nunes confirmou para destacar que a maior parte se refere ao imobiliário, ilustrando que tal significa que "tem tido uma repercussão na parte turística". "Significa que é uma aposta que estamos a fazer mas que está longe ainda de dar todos os frutos, temos que a intensificar, por isso, é que estamos a promover o `visto gold`", frisou, ao constatar que "a China tem sido o maior mercado consumidor desses vistos". O mapa dos `vistos gold` não está, contudo, circunscrito ao mercado chinês. "Vamos iniciar agora um `roadshow`, em outubro, por vários países europeus no sentido de promover o `visto gold`", sustentou, indicando que a `missão` inclui, entre outros, Rússia, Reino Unido e Escandinávia. Esta edição do Fórum de Economia Global de Turismo, a segunda, subordinada ao tema "Revitalizar as Nossas Economias: Investir no Turismo", conta nomeadamente com 40 oficiais de nível ministerial de diferentes países e líderes empresariais de corporações de renome mundial. À semelhança de 2012, o Fórum voltou a atrair delegações de vários países e territórios a Macau, num total de mais de mil participantes.
Posted on: Thu, 26 Sep 2013 12:08:13 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015