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O testa de ferro "O Cuca escala o Leonardo Silva atrás para confundir o adversário. De repente, naquela hora em que a vaca tá indo pro brejo, surge lá na frente o seu chifre abençoado" Diminuir Fonte Aumentar Fonte Imprimir Corrigir Notícia Enviar Tweetar Fred Melo Paiva - Estado de Minas Tags: silva leonardo arquibancada da paiva melo fred atlético Publicação:17/08/2013 08:36 Há muito tempo que este escriba deve saudações a um monstro – um herói do título, o homem das cabeçadas salvadoras, o testa de ferro das nossas esperanças. Saudações que tardaram porque, tendo o sujeito um passado comprometedor, foi preciso observá-lo mais atentamente pra ver se passava no meu crivo de atleticano fundamentalista. É assim que funciona: se o camarada sai do Cruzeiro para jogar no Atlético, é igual plano de saúde – tem de cumprir período de carência antes de fazer parte da Massa. Salve, Leonardo Silva! Salve o Cruzeiro, que há dois anos deu por acabado o terceiro melhor zagueiro de nossa história, atrás apenas de Réver e Luizinho! Salve o torcedor do Cruzeiro, que comemorou a saída do Leo e a chegada de um Victorino, ou algo assim, em seu lugar! Foi como o gremista, que ficou feliz ao trocar parte do Victor (a perna esquerda?) pelo Werley. Tipo o Felipão empurrando o Pierre na gente e levando o Daniel Carvalho. Tipo o Brasil inteiro rindo porque o Galo contratou o Ronaldinho Gaúcho pelo preço do Dagoberto. Mineiro é bobo mesmo, né, sô? Voltando ao nosso testa de ferro, o erro do Cruzeiro não foi apenas tê-lo julgado um ex-atleta – equívoco maior é achar que ele era zagueiro, quando na verdade é atacante. O Cuca escala o Leonardo Silva atrás para confundir o adversário. De repente, naquela hora em que a vaca tá indo pro brejo, surge lá na frente o seu chifre abençoado. Contra o Fluminense, ano passado, ele quase me enfarta com aquele gol aos 48 do segundo tempo. Contra o Olimpia, no Mineirão, eu nem acreditei. Na quarta-feira passada, diante do Bahia, sua testada certeira me lembrou daquilo que se diz sobre um ou outro intelectual – eis uma cabeça privilegiada. Leonardo Silva já está por merecer um busto. A este propósito tenho matutado bastante: que homenagens devem ser prestadas a esse elenco do Atlético, merecedor não apenas da chave da cidade como do molho inteiro? Já sugeri a extração de Tiradentes da Afonso Pena (lamentável a nível de estátua), para ali instalar o canino e incisivo R10. Já propus a troca do pirulito da Praça Sete por uma enorme e cabeluda perna esquerda do Victor, de modo a transformar o endereço em ponto de peregrinos que desejem rezar por causas impossíveis. Na Savassi, formando uma gangue com Roberto Drummond, perfilariam aqueles que são atleticanos até o tutano do osso: Tardelli, Kalil, Bernard, Marcos Rocha, Réver, Pierre, Luan. À frente deles, estatelado no chão como se tivesse ganhado o título impossível, estaria o Cuca – com a cara fincada no cimento, da mesma forma que fez no gramado do Mineirão quando o Roberto Baggio do Paraguai chutou na trave. Sendo porém improvável que contemplemos tantos heróis, poderíamos recorrer a um pot-pourri: minha estátua perfeita teria a cabeça do Leonardo Silva, os olhos verdes do Marcos Rocha, o nariz do Kalil, os dentes pré-operatórios de R10, o chassi de frango do Bernard, a camiseta do Cuca com a Nossa Senhora, a bunda do Guilherme, o dedo no gatilho de Tardelli e, evidentemente, a perna esquerda do Victor – somente ela, para que se frise bem a homenagem ao melhor goleiro da nossa história. Esse Frankenstein, poderíamos instalá-lo no alto da Serra do Curral, de braços abertos, como um Cristo Redentor.
Posted on: Mon, 19 Aug 2013 18:02:48 +0000

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