SEMANA ACADÊMICA 2013 - Ricardo Engenharia . . . Texto base - TopicsExpress



          

SEMANA ACADÊMICA 2013 - Ricardo Engenharia . . . Texto base para a Reunião Almoço realizada no dia 18 de Outubro de 2013 na Cidade de SP, junto a comerciários e universitários empreendedores de todo o Brasil. . . A ENGENHARIA E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SUSTENTÁVEL! Ao caminharmos para um Brasil mais competitivo torna-se relevante a reflexão sobre o papel da engenharia na construção de um modelo de desenvolvimento econômico sustentável nas suas três dimensões: social, econômica e tecnológica. Nos últimos vinte anos, países asiáticos revolucionaram suas economias. Antes atrasadas tecnologicamente, pobres e voltadas fundamentalmente para a produção de alimentos, essas economias tornaram-se modernas e espantosamente dinâmicas. Por mais que tenham seguido trilhas particulares, o estímulo e a difusão da cultura de valorização da engenharia e da inovação tecnológica - condição indispensável para disputar eficazmente as melhores posições nos desafiadores mercados globais - ocuparam posição de destaque na estratégia de desenvolvimento. Para enfrentarmos a competitividade internacional, precisamos redimensionar o valor estratégico da ciência e compreender que ainda há um imenso trabalho a realizar para nos aproximarmos dos países que lideram a corrida. Podemos estabelecer uma conexão entre a engenharia e o crescimento da economia? Fortes evidências indicam que sim. As questões macroconjunturais apresentadas para o Brasil são essenciais e envolvem muitas áreas de atuação. Dentre elas, uma que interessa sobremaneira trata da modernização da engenharia. Não basta mais garantir a boa formação técnica dos estudantes de engenharia, é preciso desenvolver novas habilidades exigidas pelo mercado de trabalho global. Nesse contexto de mudanças cada vez mais dinâmicas, os conhecimentos tornam-se obsoletos rapidamente. No caso da engenharia, vanguarda em relação a muitos campos do saber científicotecnológico, estima-se que metade do que se aprende na universidade estará superado após cinco anos. É preciso, então, pensar em uma qualificação holística, valorizando habilidades de gestão, comunicação e liderança; metodológicas, culturais, multidisciplinares e sistêmicas - todas destacadas na economia do conhecimento. Além de uma competência técnica específica - no caso da engenharia absolutamente indispensável, a maioria das novas ou renovadas profissões exigirá a prática de inúmeras capacidades culturais. Educar o engenheiro para o século 21 a fim de que o Brasil se destaque no cenário mundial é equilibrar o binômio especialista - em sua dimensão técnica - versus generalista - de caráter multidisciplinar. Alta performance: a base para a construção do futuro Em um mundo em que alcançar metas na sua plenitude dá a medida da sobrevivência de uma organização, manter-se orientado para o mercado cada vez mais globalizado, a despeito de todas as dificuldades conjunturais e estruturais, não é tarefa fácil. É preciso ter o futuro sempre como foco. Para isso, a instituição de ensino superior deve se dedicar a construir um projeto educacional inovador, preparando o jovem engenheiro a aceitar o desafio de explorar o caminho da inovação e do crescimento sustentado. As instituições com melhor desempenho são aquelas capazes de identificar oportunidades, tirar partido das mudanças, transformar ideias em realidade e obter os resultados que as colocam sempre à frente da concorrência, à frente de seu tempo. Tendo em mente a importância vital do papel do engenheiro para o bem-estar e o progresso da sociedade e que a engenharia é a ponte entre a ciência e a sociedade, os cursos de engenharia devem estar alicerçados em três pilares: sólida capacitação técnica, empreendedorismo de base tecnológica e engenharia para o desenvolvimento sustentável. Ciência, engenharia e tecnologia estão fortemente interligadas. Precisamos é ter uma melhor compreensão de como a engenharia converte os novos conhecimentos da ciência em tecnologia a serviço da modernidade. A engenharia projeta novos softwares e hardwares para computadores, desenvolve sistemas de comunicação e informação, automatiza processos, cria edifícios inteligentes e sustentáveis e novas moléculas no setor farmacêutico, implementa novas técnicas na bioengenharia, descobre novas alternativas energéticas, desenvolve processos para os mais variados segmentos da indústria, impulsionando o crescimento sustentável. Estudos realizados na Inglaterra pela Academia Real de Engenharia estimam que 50% do Produto Interno Bruto - PIB do Reino Unido depende da engenharia. Ao fazermos estimativa similar para o Brasil, podemos concluir que cerca de R$ 2 trilhões do nosso PIB dependem da engenharia. A era da mobilidade Em um mundo sem barreiras à produção do conhecimento, mobilidade passou a ser um conceito-chave para todo profissional e para as empresas que competem num mercado cada vez mais globalizado. Mobilidade deve ser entendida não apenas no seu aspecto físico, mas principalmente no sentido de flexibilidade, adaptabilidade e interatividade. A mobilidade é o conjunto de atributos que permite a um profissional aproveitar novas oportunidades, seja em países estrangeiros ou no próprio local de origem. Exige competências que vão além da formação acadêmica tradicional, garantia oferecida por padrões internacionais de certificação e acreditação dos diplomas de nível superior. Essa é uma tendência irreversível que decorre de novas formas de organização da produção em escala planetária, de que são exemplos o outsourcing ou terceirização dentro das fronteiras nacionais; o offshring ou terceirização internacional; e a formação de cadeias de suprimento, informações e conhecimento. A mobilidade impõe-se pela necessidade de garantir a competitividade dos blocos econômicos regionais, bem como o desenvolvimento local, em resposta aos esforços da competitividade global. Para alcançar essa mobilidade, o engenheiro necessita aliar o conhecimento técnico e científico tradicional a outras habilidades que o qualificam a assumir responsabilidades no novo ambiente empresarial. O desenvolvimento das engenharias seguiu o curso do processo de industrialização. Em um primeiro estágio, a competência exigida do engenheiro era eminentemente técnica. Depois, à medida que a indústria se diversificava e sofisticava, passou a ser requerida a qualificação científica. Já na terceira etapa, adicionaram-se as competências gerenciais. A direção seguida no processo foi a da especialização crescente. Avançou-se, então, para um quarto estágio, a que se chegou optando pela direção inversa - indo-se da especialização para a formação holística. A formação holística como uma exigência da mobilidade está relacionada à flexibilidade mental e, portanto, à inovação. A relação entre conhecimento holístico, mercados globalizados, economia do conhecimento e desenvolvimento sustentável é intrínseca. Para um engenheiro, ter formação holística significa agregar às competências técnicas básicas novos conhecimentos e habilidades. Esse profissional deverá conviver em comunidades e culturas diversificadas, que vivem e resolvem questões e problemas do cotidiano a partir de um olhar peculiar e característico. O engenheiro deve ter capacidade de comunicação e saber trabalhar em equipes multidisciplinares. Ter consciência das implicações sociais, ecológicas e éticas envolvidas nos projetos, falar mais de um idioma e estar disposto a trabalhar em qualquer parte do mundo. Uma compilação de estudos recentes resume o tipo de competências e habilidades requeridas hoje de um engenheiro: aplicação de conhecimentos de matemática, ciência e engenharia; concepção e realização de experimentos; projeto de sistemas, componentes e processos para atender necessidades específicas; atuação em equipes multidisciplinares; identificação, formulação e solução de problemas de engenharia; senso de responsabilidade ética e profissional; compreensão do impacto das soluções de engenharia num contexto global e social; reconhecimento da necessidade de treinamento continuado; utilização de técnicas e ferramentas modernas da prática de engenharia. No Brasil, o Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, propôs as seguintes habilidades e competências para os futuros profissionais: argumentação e síntese associadas à expressão em língua portuguesa; assimilação e aplicação de novos conhecimentos; raciocínio espacial lógico e matemático; raciocínio crítico, formulação e solução de problemas; observação, interpretação e análises de dados e informações; leitura e interpretação de textos técnicos e científicos; pesquisas, obtenção de resultados, análises e elaboração de conclusões; proposta de soluções para problemas de engenharia. A formação de tais habilidades exige que as disciplinas técnicas previstas nas diretrizes curriculares sejam complementadas com conteúdo interdisciplinar e que a teoria esteja acoplada à solução de problemas. A cooperação entre a universidade e a indústria nesse caso é fundamental. A compreensão do contexto histórico em que se desenvolvem as engenharias nos diversos países ajuda a quebrar as barreiras culturais. A educação continuada ou a aprendizagem ao longo da vida é exigência de um mundo de transformação acelerada e da tendência de envelhecimento da população, que leva a uma extensão da vida útil da força de trabalho. Ricardo Engenharia
Posted on: Sat, 19 Oct 2013 00:01:45 +0000

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