Sempre deixamos um pouco de nós em cada adeus. Principalmente nos - TopicsExpress



          

Sempre deixamos um pouco de nós em cada adeus. Principalmente nos inesperados, aqueles que nos estonteiam e golpeiam sem chance de revanche. Ficamos atônitos, esperando que seja apenas um pesadelo que cesse ao amanhecer. Mas não. Um dia, uma semana, um mês... e a dor continua lá. Nos dizem frequentemente que é fácil seguir a linha reta, pois lá haverá uma luz e tudo terá fim; mas e quanto à estrada sinuosa e cheia de espinhos? Saudade de algo que se foi pelas sombras é como um punhal medieval ou uma ameba que lança seus pseudópodes no íntimo, deixando em pedacinhos toda uma estrutura intacta preenchida de bons sentimentos. Milhares de pedaços. Juntar tudo isso e esperar que o reservatório seja o mesmo de antes é inútil. Assim como a ânsia desenfreada de que o adeus pretérito se transforme em uma chegada carregada de resiliência e perdão. Sempre deixamos um pouco de nós em cada adeus de uma ilusão de permanência-ausência. De um permanecer descompromissado que nunca nos permaneceu. (20/08/13)
Posted on: Mon, 26 Aug 2013 02:18:38 +0000

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