Texto de Alexandre Lozetti sobre RC x NF: Ney Franco resolveu - TopicsExpress



          

Texto de Alexandre Lozetti sobre RC x NF: Ney Franco resolveu derramar suas mágoas sobre Rogério Ceni. Justificável, já que ouviu dele que seu legado era zero no São Paulo. O goleiro não gostou de seu trabalho. É um direito dele. O técnico não gostou de ser contrariado. Também é direito dele. Agora deixemos a hipocrisia de lado. Rogério trabalha no São Paulo há 23 anos, sob o "agravante" de ser considerado, com justiça, o maior jogador da história do clube. Que funcionário de qualquer empresa, nessas condições, não teria poder e influência maior do que os demais? Assusta que alguns colegas finjam não entender isso, aliás. Rogério não precisa ter todas suas vontades atendidas, mas tem de ser ouvido, consultado, respeitado. É um direito que adquiriu. Ney Franco agia sob a batuta do então diretor Adalberto Baptista, que queria tirar poder de funcionários antigos, e resolveu confrontá-lo publicamente. Era um risco, e perdeu. E mereceu perder. Ney foi inábil demais. Seu tutor Adalberto também. O trabalho em 2012 foi bom. Em 2013, não. E Rogério não é culpado disso. O capitão não tinha tanto poder de decidir o futuro dos técnicos do São Paulo, ao contrário do que se tenta provar. Ele gostava muito de Adilson Batista, que ficou três meses. E não tolerava Leão, que ficou mais tempo. Ney foi covarde em sua entrevista. Disse que Ceni fritou Ganso, mas não disse por que tirou o meia no primeiro jogo do ano, depois de afirmar que ele seria titular do time, e não o colocou tão cedo. Nem explicou sua total incapacidade de fazer o reforço render. Reforço contratado com sua assinatura. Afinal, quem não se lembra do "campinho" que já estava desenhado pelo treinador com o nome de Ganso? Ele também falou de Lúcio, mas não comentou a quantidade absurda de gols que o São Paulo levou em bolas aéreas. Lúcio nunca foi fritado, mas sempre fritou. Era péssimo para o grupo, e bastou que um técnico com atitude e sem rabo preso com diretor chegasse para que isso ficasse claro. Quando Ney Franco se sentou ao lado de Juvenal e Adalberto, e ouviu passivamente o afastamento de sete jogadores que mal tinham participação nos fracassos do time, perdeu o resto de respeito de todo o grupo. Fez parte daquilo. Entre eles estava Fabrício, afastado por que tinha relação próxima com Ceni. E Cortez? Ney exigiu que Juan voltasse. Mas não explicou suas escolhas na entrevista. Por fim, rotular Rogério Ceni ou considerá-lo mau sujeito por causa das respostas de Ney Franco é de um oportunismo sem igual. A grande maioria das pessoas que trabalharam com o goleiro o elogiam, e são ignoradas por quem tem o incontrolável desejo de criticá-lo. Ninguém acredita em quem elogia o goleiro, mas todo mundo é louquinho pra acreditar em quem o critica. Se são torcedores, estão mais do que certos em repudiar o ídolo rival. Se são jornalistas, uma dica: liguem para Muricy Ramalho, Carlos Alberto Parreira, Darío Pereyra, Nelsinho Baptista, Mário Sérgio, Paulo César Carpegiani, Levir Culpi, Vadão, Oswaldo de Oliveira, Rojas, Cuca, Emerson Leão, Paulo Autuori, Ricardo Gomes e Adilson Batista. E perguntem sobre Rogério Ceni. Dará mais trabalho e menos prazer do que tweets ou posts detonadores, mas talvez seja mais justo. Rogério, no São Paulo desde 7 de setembro de 1990, acha que sabe melhor do que os outros o que é bom para o clube. Melhor, por exemplo, do que Ney Franco, que ficou um mísero aninho. Vamos condená-lo por isso?
Posted on: Wed, 07 Aug 2013 00:27:19 +0000

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