Ultimamente vejo muitas criticas ao programa "Mais Médicos", eu mesmo sou um dos que criticam. Entretanto, há alguns pontos que devem ser esclarecidos: 1) criticar o currículo dos profissionais - que antes eram tidos como os melhores do mundo - em um momento como este, é totalmente sem nexo; 2) sou altamente a favor da revalidação de diploma. Porém, ontem o Ministro da Saúde declarou que essa revalidação os permitiria exercer atividades em outras instituições, além do SUS. E, somente por este motivo, sou favorável a não-revalidação; 3) nosso problema não é a falta de médicos, mas sim, de médicos de verdade. Se pararmos pra pensar, podemos definir três classes distintas de profissionais: A) os que trabalham por amor a profissão, B) os burgueses que só pensam em ganhar fortunas de dinheiro por serem médicos e C) os que estão entre os dois. "A" é medico por que gosta, se empenha para fazer o melhor para com os pacientes e trabalha independente da localidade; "B" é aquele que só visa o dinheiro, que não da nem a mínima para os pacientes e nunca se deslocará para o interior; "C" podemos considerar 50% pra "A" e 50% para "B". Deste modo, os médicos do exterior estão aqui para suprir a classe "B" e 50% da "C" que não querem se deslocar para áreas interioranas. Então, por favor. Antes de criticar o programa, questione-se se você mesmo teria coragem de deslocar-se para certos locais da Amazônia, interior do Nordeste, etc. Locais que não possuem entretenimento para lhes fornecer, onde o amor ao que fez é posto a prova. OBS: sei que em muitos locais os salários são baixos, não dão os equipamentos necessários, atrasam o pagamento, etc. Mas o comentário está direcionado aos profissionais "B" e 50% do "C".
Posted on: Sat, 24 Aug 2013 19:07:46 +0000
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