"Ótima a análise do Marcelo Rubens Paiva sobre "nos últimos anos a Playboy virou puxadinho do BBB" e afins. Eu lia a revista colecionada pelos meus irmãos ou namoradinhos. Claro que eles a compravam para outros fins, mas eu curtia o conteúdo editorial, me lembro que de quando em vez rolavam edições com "as melhores entrevistas da década", com depoimentos e reflexões sensacionais! E olhava também as mulheres nuas, com suas belezas naturais, ao contrário da estética industrializada de hoje, que expõe as doenças mentais traduzidas nas plásticas em série e fixação por malhação de coxas e glúteos. Assisti recentemente aos filmes "Somos Tão Jovens" e a "Faroeste Caboclo". Me peguei pensando que na década de 80, no Brasil, ouvia-se rock, discutia-se o fim do regime militar, era forte o movimento estudantil. Na década de 90, a música foi marcada pela explosão do É o Tchan, depois do movimento sertanejo (ou este foi antes do pagode, não sei bem). Atualmente, as celebridades são mulheres-frutas, ex-BBBs, Casa dos Artistas, famosos q não deixam legado algum à sociedade, exceto o acúmulo das suas pequenas fortunas pessoas. Enfim, voltando à Playboy, parece que a revista acabará, legitimando sua morte ocorrida há um tempo. Daqui a 200 anos, quando estudarem a Idade Mídia na qual estamos, historiadores dirão que vivemos a era da bestialização endêmica, penso. Adoraria poder dar o boot no sistema. Mas impotência me define. É triste."
Posted on: Mon, 10 Jun 2013 16:18:48 +0000
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