A DESCOBERTA DO SÉCULO Nem Lula nem Dilma são santos! Seus - TopicsExpress



          

A DESCOBERTA DO SÉCULO Nem Lula nem Dilma são santos! Seus crimes: - Colher os frutos dos seus mandatos presidenciais. Na verdade, todos temos nossos pecados inconfessáveis. Santos, no entanto são os uru-bus que sobrevoam os restos de um certo banquete que é servido desde os primórdios da república (Se os urubus são santos o que falar então de quem se senta a mesa do tal banquete?). Banquete que é servido nos po-rões da República, estando ou não os governantes à mesa. Toda máquina estatal, sob a ge-rência do governo, é montada com peças que não necessariamente fo-ram forjadas segundo os moldes i-dealizados por quem está ou esteve no poder. Desta forma, inevitavelmente os governantes são induzidos a erro, se acaso não sejam da turma que saboreia a culinária do banquete. Como um caça níquel, a máquina estatal está programada para que erros ocorram, e são estes erros o cardápio do banquete. Neste contexto, Lula e Dilma chegaram ao poder quando a repú-blica contava com mais de um sécu-lo de trajetória. A trajetória de ambos, no entan-to, não lhes outorga a honra de um convite para se assentarem à mesa. Mas se porventura aceitassem ou se aceitaram o improvável convi-te, a verborragia desqualificadora da maioria daqueles que nestes últimos 10 anos diariamente diminuem seus feitos não seria mais do que roto fa-lando do rasgado, ou seja um des-qualificado falando de outro desqua-lificado. Na verdade, os porões são fre-qüentados por um seleto clube de e-lite que jamais se submeteria ao desprestígio de sentar-se a mesa com Lula ou Dilma. Ademais tal ges-to significaria reconhecer e legitimar a liderança que ambos exercem so-bre os brasileiros. De outro lado, seria um tremendo furo de reportagem que o PIG (Partido da Imprensa Golpista) prin-cipal aliado político dos porões (in-clusive dos porões da ditadura), não deixaria passar em branco, a não ser que o seu rabo estivesse preso, ou estivesse contra a parede (rabo preso o PIG tem, mas ninguém tem coragem de colocá-lo contra a pare-de). Lula e Dilma, na contramão da história da República, conduziram o País para um caminho republicano, ou pelo menos muito mais republi-cano do que a trajetória percorrida pelos governos pós golpe de 64 até 2002. Mas apesar disso, faltou a Lula e a Dilma coragem para o enfrenta-mento das grandes questões nacio-nais. Tal enfrentamento poderia e deveria ter acontecido apesar do desequilíbrio nas relações de poder, e apesar das vozes vindas dos po-rões. O medo ou erro de estratégia, como queiram, levou-os a pensar que seria possível conquistar “go-vernabilidade” através de alianças de ocasião. O que conseguiram, no entanto foi menosprezar a força dos eleitores e a força da história de lutas dos militantes históricos do Partido dos Trabalhadores contra as elites brasileiras, trajetória de lutas que ainda leva muita gente a acreditar sinceramente que o Partido continua sendo uma ferramenta revolucioná-ria, apesar de que muitos de seus expoentes não mais acreditem nisso, a ponto de serem influenciados pelas vozes vindas dos porões e as vezes levados a agir como representantes ou interlocutores destes porões. Os ditos “mensaleiros do PT” (bois de piranha da direita fascista), não passam de seres incompetentes que não souberam alcançar os seus propósitos, independentemente de quais tenham sido, pois foram pegos com as calças na mão, inocentes ou culpados (pelo menos culpados de terem dado chance ao azar), já fo-ram julgados e condenados, com fundamento numa tal teoria do do-mínio do fato, que a muito foi aban-donada, em um tribunal de exceção instalado na sede do PIG, tribunal que mantém uma extensão no Ple-nário do STF a quem coube tão so-mente homologar a condenação im-postas pelos magnatas da mídia, não porque os condenados sejam delinqüentes comuns, mas porque freqüentam ou freqüentaram as trin-cheiras do Partido dos Trabalhado-res. Tal julgamento respinga em to-dos os militantes do Partido, como se o Partido se resumisse aos tais que maliciosamente denominam de “mensaleiros” ou “petralhas”, colo-cando todos militantes na defensiva, alimentando um discurso de ódio contra os petistas e contra os pobres em geral que uma vez na vida da república foram vistos com o canto dos olhos dos governantes. Obviamente que foi de modo absolutamente insuficiente, mas não há como comparar com os olhares dos governos de direita e centro-direita que antecederam Lula. Tais discursos odiosos são construídos por corruptos e são re-produzidos por ingênuos e por idio-tas. A oposição ao modelo inaugura-do por Lula não consegue formar li-deranças confiáveis e convictas ca-pazes de comandar um processo de substituição de tal modelo, se é que se pode chamar isso de modelo. A uma, porque a convicção do ingênuo sobre a versão dos fatos, reproduzida nos tais discursos, aca-ba quando ele se dá conta de que está sendo usado, de modo que é muito perigoso atribuir-lhe o papel de liderar qualquer tipo de movimento político. A duas, porque a convicção de quem não consegue “sacar” que está sendo usado (o idiota) não lhe dá a credibilidade necessária para alça-lo ao posto de liderança, afinal ninguém lidera de joelhos. Por terceiro, o corrupto sabe que é manjado, por isso ele prefere se esconder atrás dos ingênuos e dos idiotas. De outro lado, embora pareça clichê, nunca se desmascarou tanto corrupto neste Brasil, não porque a corrupção foi inventada agora pelos ditos “mensaleiros do PT” ou pelos “petralhas” como gostam as más línguas de falar, mas porque agora os mecanismos de divulgação im-pedem que muita coisa seja varrida para debaixo do tapete. A grande mídia, organizada no PIG (Partido da Imprensa Golpista) divulga a sua versão sobre a cor-rupção como se ela (a versão) fos-sem os fatos propriamente ditos. Os malfeitos divulgados sãos os prota-gonizados por seus supostos adver-sários (nunca a corrupção promovida por seus aliados). Supostos adversários porque na verdade seus propósitos servem apenas ao inimigo, de modo que tais malfeitores não passam de “quinta colunas”. Por outro lado, as redes sociais, cujo conteúdo veiculado escapa do controle total da direita, divulgam os malfeitos de todas as lideranças que de um modo ou de outro fazem o jo-go do PIG. Por isso tudo, a direita golpista, não consegue aglutinar o grito das ruas em torno de uma liderança ou movimento político que defenda os seus princípios. E em razão deste vácuo, é que pintam o Partido dos Trabalhadores como o menino mau da estória, para dar a impressão de que todo político é igual. Se não bastasse, alguns partidos de esquerda, que não conseguem se desvencilhar de certos dogmas, ou não conseguem se desvencilhar de certas práticas e posicionamentos, inexplicavelmente colaboram, consciente ou inconscientemente, com os interesses da direita pintando o retrato do PT com as mesmas cores. É pouco provável que tal fenômeno ocorra por ingenuidade, afinal seus quadros são formados por trajetórias políticas experientes e seus estatutos contém bases ideológicas firmes, de modo que não cometeriam tamanho erro. O que nos permite pensar que esta esquerda pretende evidenciar as contradições do capitalismo a custa da estagnação, o que é uma contradição maior que as contradi-ções do capitalismo. Mas afinal a luta das esquerdas deveria ou não ser a superação do status quo? Ou será que esta esquerda a-credita que fazendo o jogo da direita conseguirá causar a ruptura do mo-delo? Ora se não compreendermos adequadamente o momento atual, corremos o risco de conduzir o país para uma situação muito pior fazendo com que a indignação das ruas seja o fundamento para quem pretenda algum método mais radical de manter o status quo (reformatio in pejus). Não se pode negar que muitos dos discursos odiosos feitos em tom de ameaça, as vezes velada e as vezes explicita, e que encontram re-percussão na sociedade, dão a en-tender que mais do que um sistema político democrático, que na visão do emissor se mostrou incapaz de enfrentar as grandes questões na-cionais, o povo brasileiro precisa da mão forte de um leviatâ. Um ser que pensa e age em nome do povo em razão do poder dele emanado. Tais discursos não podem ser ignorados ou subestimados. Muito embora, tais pensamentos não tenham a reverberação neces-sária para legitimar um golpe militar, por exemplo, nunca é demais anali-sar as variáveis, para podermos i-dentificar o perigo ao menor sinal. As pessoas, na defesa de seu modo de ver o mundo, naturalmente buscam apoio entre aqueles que vi-vem a sua volta para juntos encon-trarem ferramentas de luta com o fim de, se não o prevalecimento de suas idéias, pelo menos que elas (as idéias) sejam ouvidas, e como nem todo mundo pensa igual ou sobre tudo, é absolutamente necessário o pluralismo (pluralismo como antítese de absolutismo). O poder divino do leviatã, no en-tanto dispensa qualquer tipo de or-ganização criada com o fim de dar vez e voz ao povo, porque o seu poder é capaz de superar o instinto de auto-preservação do homem, compelindo cada um deles a indivi-dualmente agir em prol do bem co-mum. Ou seja, a capacidade que cada ser humano tem de se auto-preservar, inclusive frete a outros seres humanos, seria captada pelo ser supremo e canalizada, proces-sada, analisada, rotulada, carimbada e selecionada, enfim... Sequer precisaríamos de polícia, pois cada ser se encarregaria de se policiar e de policiar o ser ao seu lado, feito ZUMBI. Obviamente que não podemos ser ingênuos de pensar que os par-tidos que fazem oposição hoje no Brasil prefiram a ditadura militar, mas a ameaça faz parte do jogo político que eles gostam de jogar. O que é um grande erro, pois a realidade brasileira não pode ser re-duzida a um torneio de discursos maniqueístas, atribuindo ao interlo-cutor a representação do mal. Se não bastasse, quando faltam argumentos, sobram mesquinharias, factóides e ataques pessoais contra quem acredita e defende uma pro-posta de modelo diferente da pro-posta do capitalismo. Mas mesmo com posições polí-ticas distintas, estamos todos mes-mo barco chamado Brasil e não é desqualificando, chacoteando, humi-lhando ou ignorando aqueles que pensam diferente que transforma-remos o Brasil num lugar bom para se viver, ao contrário, faremos do Brasil um campo de batalha marcado pelo preconceito e pela intolerância. Especialmente porque é notório que uns poucos não suportam a i-déia de conviver com o diferente, não suportam a idéia de reconhecer os méritos de quem não teve a feli-cidade de nascer em berço de ouro. É notório, também que o principal desejo da multidão na rua em junho foi o de poder falar e mostrar seus descontentamentos, mas prin-cipalmente o descontentamento com o rumo que a classe política está dando ao país. Muito embora as idéias ainda não estejam todas claras na cabeça de muitos, a maioria consegue ins-tintualmente se posicionar no meio desta celeuma toda. Mas ainda assim, há quem tente se utilizar da indignação deste povo em proveito de suas opções. Afinal são pessoas que se acor-daram agora depois de nunca sequer terem sonhado em reivindicar, já que, bem ou mal, estão tendo um mínimo de acesso aos serviços pú-blicos, ainda que insuficientes e de má qualidade, o que por si só legiti-maria a indignação. Por isso que o PIG tentou insti-gar as pessoas a repudiarem os par-tidos com o fim óbvio de dar a im-pressão de que o Brasil estava pas-sando por uma crise institucional sem precedentes. O perigo é que ações deste tipo podem também instigar o leviatâ. Mas o problema de fundo não é só educação, saúde, transporte, as-sistência social, mas principalmente legitimidade do sistema de repre-sentação política. O PIG sempre conta com o seu poder de formar opinião e a convic-ção das pessoas, e isso ele conse-gue fazer muito bem com os ingê-nuos e com os idiotas. Porém, a convicção do ingênuo se relativiza quando deixa de ser in-gênuo, e isto acontece na medida em que vai tomando consciência dos fatos como os fatos realmente são. Por isso não é conveniente para o PIG que se criem espaços de dis-cussões, pois tais espaços propiciam o contraditório, e o contraditório geralmente desmascara as opiniões apresentadas como se fossem fatos, e mostra que as opiniões sobre os fatos sempre são dadas em favor da conveniência de quem opina, de modo que para o PIG as pessoas não têm direito de opinar, mas a o-brigação de reproduzir a opinião como se fatos fosses, porque se as pessoas opinarem sobre os fatos o farão em favor de seus interesses e não em favor dos interesses de quem pretende que tudo fique como está. Mauro André Krupp Advogado Membro da RENAP A DEMOCRACIA SE CONS-TROE COM A INCLUSÃO E NÃO COM A EXCLUSÃO
Posted on: Wed, 13 Nov 2013 15:24:07 +0000

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