Poderão acusar-me de desamor, De pouca fé ou paciência Insistência em demasia, Infinita autocrítica. Poderão dizer que sou romântica, Insipiente às vezes, Amante da teimosia. Poderão afirmar que sou frágil, Compacta fruta ou grão. Poderão criticar que sou prática, Inseparável da razão, Ao mesmo tempo sensível, Infinita contradição. Poderão dizer que sou infiel, Que não cumpro roteiros, Que desaponto os scripts, Que desafio juramentos. Poderão duvidar da minha sanidade E apontar caminhos Fazer diagnósticos fragmentados, Enquadrando meus instintos. Mas nunca poderão dizer Que amo pela metade Que renego a paixão que alimenta a vida, Que rejeito a profundidade... Poderão dizer que sou cruel, Mas nunca que não prezo a verdade, Nunca que prefiro o raso Jamais que justifico posturas, Utilizando a subjetividade. Poderão acusar-me de desistir, De destruir sonhos coloridos Mas nunca que não sou profunda, Que não busco dentro de mim O maior amor do mundo. Poderão reafirmar que sou cruel, Seguir dizendo que sou ingênua, Que me recuso a comemorar inverdades... Mas nunca que o que eu sinto não é água. Que não amo inteira, Que não alimento por mim o respeito, A condição fundamental à dignidade: A dignidade que fundamenta O direito inalienável de amar... Agosto 2013.
Posted on: Tue, 13 Aug 2013 04:14:42 +0000