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--------------------------------TEOLOGIA HORIZONTAL (o céu e o inferno na visão teológica da santeria) Teologicamente a santeria não professa uma visão escatológica conceptualmente «vertical», mas sim se professa uma visão escatológica conceptualmente «horizontal», ou seja: O cristianismo católico apostólico romano mais ortodoxo tende a ver aquilo que sucede após o fim do mundo – após o fim da vida neste mundo – enquanto uma realidade ascendente ou descendente, ou seja: a alma humana ou sobe a um céu ou desce a um inferno. Pois a isso chamamos o princípio de verticalidade escatológica, ou seja: isso sucede quando o mundo do espírito é encarado enquanto uma realidade que está acima e abaixo do homem, e para a qual o homem sobe ou desce para ser recompensado ou punido. Já na santeria esse conceito de inferno enquanto local de expiação e castigo de pecados não existe, nem se professa a noção vertical na qual almas sobem ou descem algures, mas antes professa-se uma noção horizontal da espiritualidade, ou seja: é professado que não existe um céu por cima do homem, nem que existe um inferno por baixo do homem, mas antes se professa que existe um mundo «aqui» – o mundo físico e da carne – e um mundo «alem» – o mundo espiritual e dos espíritos – ou seja: é professado que as almas não sobem nem descem para lado algum, mas antes que as almas seguem em frente e atravessem para um plano espiritual, para o «outro lado» desta realidade, e que é o mundo do espírito. Mundo físico e mundo espiritual não existem um por cima ou por baixo do outro, mas antes coabitam lado a lado. Quando o corpo morre então a alma não sobe bem desce para lado algum, mas sim a alma sobrevive e transita para o outro mundo ou seja: a alma viaja e faz a passagem para o mundo espiritual. Exemplo disso podemos encontrar nas escrituras, onde assim está escrito: "Abraão expirou e morreu (…) e foi reunir-se aos seus parentes" (Génesis 25,7) "Isaac (…) morreu e reuniu-se aos seus parentes" (Génesis 35,28) Não é dito que nem Abraão nem Isaac subiram nem desceram para lado algum, mas sim é dito que Abraão e Isaac partiram e se foram juntar com os seus antepassados. Não é jamais falado em subir para céu algum nem descer para inferno algum, mas sim é dito que o espírito de Abraão foi reunir-se aos seus parentes» já falecidos. "Eu sou o Deus dos teus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacob" (Êxodo 3,6) Deus é chamado «Deus» dos «antepassados», pois que Deus é anunciado como o «Deus» do «mundo dos espíritos», mundo esse para onde os espíritos já desencarnados vão e habitam para toda a eternidade. O mundo do espírito não é nem um mundo superior de recompensas nem um mundo inferior de punições, mas sim o mundo do espírito é o mundo onde os espíritos habitam, e esse mundo não é um mundo nem de castigos nem de benefícios, mas sim é um mundo de perpetuação eterna da vida do espírito, onde ali as almas continuarão eternamente existindo, havendo mesmo a possibilidade dessas alma contatarem e interagirem com este mundo. É por isso professado que tudo aquilo a que chamamos de anjos, de demónios, de santos, de aparições, tudo isso são espíritos, e tudo isso são na verdade espíritos – uns mais ancestrais, outros mais recentes, uns criados no momento da própria criação e outros espíritos antepassados de pessoas que já desencarnaram – tudo isso são espíritos que habitam no «outro lado», ou seja, no mundo espiritual que existe lado a lado com o nosso mundo, sendo que ambos os mundos – seja o físico e o espiritual – foram criados por Deus. "Diante do bem esta o mal, diante da morte esta a vida (…)Considera portanto todas as obras do Altíssimo que, duas a duas, estão em frente uma da outra". (Eclesiásticos 33,14) Deus é O Criador de todas as coisas, e por isso Ele é o criador da luz e das trevas, do sol e da lua, do frio e do calor, do positivo e do negativo, do bem e do mal, do corpo e do espírito, de anjos e de demónios, de bênçãos e de maldições, e tudo na obra de Deus foi assim disposto «uma coisa em frente a outra», pois que não há nada que não tenha sido por Deus criado. E quando assim se diz, então muitos logo se apressam dizendo: «MAS AFINAL DEUS É MAU? AFINAL DEUS PRATICA MALDADE, OU MANDA PRATICAR O MAL?» COM CERTEZA QUE NÃO! JAMAIS!» É a forma como o homem decide usar da Criação de Deus, que determina a ocorrência do bem ou o mal neste mundo. A obra de Deus é complexa, e na Criação de Deus existem todos os tipos coisas, sendo que cabe ao homem ir pegar nas coisas boas para fazer o bem, e não ir pegar nas coisas más para fazer o mal. E olhai que a complexidade da Criação de Deus é tão imensamente tremenda, que ate mesmo é possível pegar em coisas de luz e boas para ir causar destruição, pois que os anjos de Deus serviram para destruir e devastar cidades reduzindo-as a cinzas, e ate mesmo dizimaram exércitos inteiros, e fizeram perecer de uma vez todos os primogénitos do Egipto; Da mesma forma que é possível pegar em coisas supostamente más para ir fazer o bem, pois que o demónio que afastou os 7 noivos de Sara assim o fez para que ela – apesar da insistência de seu pai - se mantivesse pura e esperasse até que se unisse a Tobias, que era o amado que lhe havia sido por Deus destinado; o demónio actuou junto do rei Saul para desnorteá-lo e abrir caminho a que David - o ungido - ocupasse o trono de Israel; o demónio laçou confusão e temores entre senhores inimigos de Israel, assim preservando a nação que Deus escolheu; o demónio tentou JÓ, assim fazendo-o prevalecer na fé e mais aproximar-se de Deus; Quanto ao ser humano «em si», eis que assim se sabe que o centro da questão nesse assunto – o bem e o mal - não reside nem no Criador, nem na Obra do Criador, mas sim no uso que o ser humano dá a essa obra que o Criador lhe concedeu, pois que é a partir daí - e apenas daí – que floresce o bem ou o mal deste mundo. Deus criou o mal para servir como ferramenta de evolução do homem para o caminho, prática e reconhecimento do bem. "É o que sai da boca da pessoa que a torna impura, pois que é de dentro do coração da pessoa que saem as más intenções". (Marcos 7,20-21) O mal do mundo provem das más intenções dos corações maldosos que se dedicam a ir laborar no mal, ao invés de trilharem no bem. Já coisa inteiramente diferente disso, é que Deus tenha dado ao homem a capacidade de – justamente – diante dos seus tormentos então ir e invocar sejam as bênçãos ou as maldições de Deus, pois que - isso assim - foi autorizado na Palavra de Deus a todo o seu sacerdote - Números 5,23;29-30
Posted on: Wed, 10 Jul 2013 13:13:14 +0000

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