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08 - Deus criou o homem à Sua semelhança cezarazevedo.br E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. (Gn 2.7) Nós temos uma visão idílica e bucólica da criação do homem. Queremos entender que tudo estava perfeitamente ajustado e que havia paz no seu entorno, nenhum ambiente de guerra, seja de que natureza for. Por outro lado abrimos o capítulo três de Gênesis e nos deparamos com uma astuta serpente seduzindo a mulher. Isso é um contraste difícil de explicar, afinal se o ambiente era perfeito, como poderia haver a sombra do mal? Temos demonstrado que, ao Deus criar o homem à Sua imagem e semelhança, já se havia passado 15 bilhões de anos desde o instante zero. Já se passara 7 bilhões de anos desde a criação dos anjos. Lúcifer recebera a incumbência de ser o guardião do planeta terra (Ez 28.14), contudo se deixara levar por seu orgulho (Ez 28.17), cobiçando não somente ascender aos céus, como também depor o próprio Deus de Seu trono (Is 14.13,14). Há uma passagem no capítulo inicial que tem passado despercebido, contudo mostra o alcance desta rebelião. É perceptível no hebraico, na língua portuguesa se consegue entender o que se passou pela tradução revista e atualizada de João Ferreira de Almeida. Como temos colocado, os anjos foram criados entre o segundo e o terceiro dia (Ne 9.6), isto é, entre a criação dos céus (Gn 1.8) e da terra (Gn 1.10), pois o texto de Neemias faz menção do exército do Senhor intercalado entre os céus e a terra. Vimos que o exército do Senhor são constituídos por anjos conforme relato de Jacó (Gn 32.1,2). Depois de Deus ter criado a terra, Ele dá uma ordem expressa aos vegetais. Leiamos a ordem: “E disse: Produza a terra relva, ervas que dêem semente e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim se fez.” (Gn 1.11). No verso seguinte vemos o cumprimento desta ordem, antes, observe que na ordem do texto citado as ervas precisam dar sementes e as árvores frutíferas devem frutificar. No cumprimento temos o seguinte: “A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom”. Aparentemente temos um cumprimento exato da ordem, contudo a erva atendeu a ordem na íntegra, não a árvore. A intenção original era que as árvores dessem fruto, como de fato acontece, todavia ela própria, em si mesmo, deveria ser frutífera, isto é, ser comestível, como acontece com a canela. De algum modo ela recusou-se a entregar o solicitado. É como se a árvore dissesse: coma do que eu dou, não a mim mesmo, em oposição a palavra do Senhor: “Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á” (Mt 10.39). Teria Lúcifer se interposto na criação do reino vegetal, indispondo-o contra o Senhor? Não seria esta a explicação do mar revolto intentar afundar o barco no qual o Senhor dormia? (Mc 4.37,38) Não seria também a explicação porque o Senhor Jesus amaldiçoou a figueira por não ter fruto, mesmo não sendo ainda tempo de figos (Mc 11.13), porque ela em si mesma devia ser comestível? Nós sabemos que as coisas não iam bem naquele longínquo tempo, pois tivemos a extinção de incontável número de espécies, como é o caso dos dinossauros e todos seus contemporâneos. O fato é que a luz vermelha já havia sido acesa no jardim do Éden, porquanto Deus instruíra expressamente a Adão que este deveria “guardar” o jardim (Gn 2.15). De algum modo Adão fora informado que devia vigiar porquanto Lúcifer poderia intentar alguma coisa contra ele e sua descendência. Analisemos a situação que antecedeu a criação do homem segundo a imagem e semelhança de Deus. Sabemos que Lúcifer e seus rebelados eram anjos, portanto seres espirituais. Os seres espirituais são completamente distintos da matéria criada e não tem nenhum contato com ela. Deus não usou a matéria primaveral para criar os anjos, seria como se duas realidades completamente distintas e separadas tivessem sido constituídas. É certo que os seres espirituais, em algumas condições especialíssimas tem como interagir com o mundo material. Eles podem, por exemplo, assumir formas humanas (Hb 13.2), induzir a mente (I Rs 22.22) e muitas outras coisas, todavia continuam sendo duas naturezas completamente distintas – matéria e espírito. Quando Lúcifer se rebelou, ele recebeu da parte de Deus a sua sentença de ser condenado ao mais profundo abismo (Is 14.15), aliás, o próprio fogo eterno foi preparado exclusivamente para ele e seus anjos rebelados (Mt 25.41). Depois do milênio Lúcifer será lançado no lago de fogo e enxofre, atormentado por todo o sempre, lugar de onde não mais sairá (Ap 20.10). Onde está o problema então? Lúcifer, de algum modo, conseguiu se relacionar plenamente com a criação que lhe era contemporânea. Ele era capaz de gerar comércio (Ez 28.16) e produzir santuários para atos religiosos (Ez 28.18) e ele não fez isso envolvendo somente os anjos rebelados. Acerca de sua condenação final será dito: “Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão e dirão: É este o varão que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?” (Is 14.16). Por todas estas evidências podemos entender que Lúcifer conseguiu se relacionar com o mundo físico e tirar dele proveito. Agora, como Deus poderia fazer plena justiça se eram duas naturezas completamente distintas? Matéria e espírito? O que Lúcifer não tinha como saber é que o plano de Deus para Sua criação não findara no segundo, nem no terceiro dia. Mesmo rebelado, Satanás teve de ver o processo de criação prosseguindo. Agora, o mais impressionante de tudo, o que jamais tinha sido visto até então, a mais extraordinária obra divina estava por vir no último dia da criação. Deus iria fazer um ser à Sua imagem e semelhança. Vamos ler o relato: E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. (Gn 2.7) Observe atentamente o que está acontecendo. O homem foi formado do pó da terra, portanto temos uma matéria ganhando vida. Nada diferente do que já acontecera com as aves, os peixes e os animais. Todavia um componente completamente novo foi adicionado: Deus unira ao corpo formado do barro o espírito e fez mais ainda, trouxe a luz um terceiro componente, a alma humana. Deus fizera no homem a junção da matéria e do espirito e, ao fazer isto, criara uma conexão entre os dois mundos que, até então, eram irreconciliáveis. O mais surpreendente de tudo e que, absolutamente Lúcifer não sabia, era que o próprio Deus haveria de assumir a forma que Ele mesmo criou, se tornando homem, se fazendo carne, como lemos: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (Jo 1.14) Jesus Cristo, o Filho de Deus, se fez homem, portanto Adão era uma figura do que havia de vir. Desde então Deus teria dois caminhos para lidar com a questão. Se Adão jamais tivesse caído, ainda assim Seu Filho poderia assumir a forma humana, fazendo a junção da matéria e do espírito, cumprindo o eterno propósito de Deus, que é o de “tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Ef 1.10). Se a opção de Adão fosse pela permanência em sua perfeição, então em Jesus Cristo assumindo sua posição de verdadeiro Deus e verdadeiro homem, haveria de achar como lidar a rebelião da natureza física que acompanhara o desatino da natureza espiritual. Como o homem também caiu, isso não impediu de Deus prosseguir com Seu eterno propósito, só que, em tendo acontecido a queda, providenciado um meio pelo qual o próprio homem caído poderia ser restaurado ao relacionamento com Deus. O fato é que Deus criara Adão como um ser formado por espírito, alma e corpo. O fizera perfeito, completamente distinto de tudo quanto havia sido criado antes. Não há conexão nenhuma entre o homem criado por Deus à Sua imagem e semelhança com tudo o que fora criado antes, a não ser que Deus usara dos mesmos elementos – do pó da terra. O fato do homem ter sido criado em ambiente hostil, em virtude da rebelião de Lúcifer e seus anjos não o impedia de alcançar o propósito para o qual fora criado. Devemos nos lembrar que, por um lado Deus não poderia criar ser algum com o atributo da impecabilidade, como não criou o reino mineral, vegetal e animal com o atributo da inerrância. Por outro lado Deus possibilitou a todas as Suas criaturas, inclusive os anjos, os homens e tudo o mais com a capacidade de crescer, desenvolver e amadurecer e isso por toda a eternidade, visto que este é o conceito de vida eterna, como está escrito: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3). A instrução inicial dada por Deus a Adão como se lê: “E tomou o SENHOR Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15) deveria ser suficiente para este buscar instrução de como poderia preservar o jardim do Éden de qualquer ataque dos anjos rebelados. O ambiente era de guerra todavia Adão estava sob a proteção do Criador, do Deus Altíssimo, do Rei dos reis, do Senhor dos Senhores, do Alfa e do Omega, do Princípio e do Fim. Era só dar prosseguimento ao seu aprendizado diante de Deus.
Posted on: Fri, 07 Jun 2013 16:03:26 +0000

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