12 Há uma quadra da casa de Sean, Roxy caminhava apressada, - TopicsExpress



          

12 Há uma quadra da casa de Sean, Roxy caminhava apressada, atravessando a rua sem olhar para os lados. Ela carregava um ipod numa das mãos. Roxy parecia feliz. Rindo a toa e andando saltitante pela calçada. Derick, que passeava por perto, estranhou ao vê-la daquele modo; sorridente e cantante. Eram raros momentos como aquele. - Roxy! – Derick berrou atravessando a rua. Ela olhou na direção que ecoava a voz, virando o rosto para trás e deixando os cabelos aos ventos. Fascinante. E os olhos azuis dela brilhavam mais naquela tarde, hipnotizando qualquer um. Principalmente Derick, que estava bobo só por encontrar com a amiga. Roxy abriu um sorriso involuntário ao vê-lo: - Derick! Derick parou de andar permanecendo no meio da rua. Impressionado com a graça da garota, ele a olhava boquiaberto. - Oi... - a voz do garoto falhou. Parecia que suas cordas vocais haviam sumido e tudo o que ele conseguia fazer era olhá-la. - Derick! – Roxy gritou ao avistar um carro vindo na direção do amigo. Um carro que vinha em alta velocidade, buzinava para Derick sair da frente, só que, desligado do mundo, o garoto não podia ouvir. Roxy, abruptamente correu até ele, o puxando agressivamente pela camisa e o rebocando para a calçada. No entanto, o carro estava perto demais e Roxy ao olhar pro lado, paralisou. Ela não conseguia mexer as pernas e sentiu um calafrio subir desde a sua espinha a nuca. Ela suspirou amedrontada, fechando e pressionando os olhos, tentando pensar em alguma coisa boa, mas tudo que passava por sua cabeça era o carro. Ela conseguia apenas mexer as mãos e quando o automóvel parecia perto demais, ela ergueu os braços os levando até o ouvido. Não queria ouvir a batida sobre seu corpo. Não queria temer a morte. E antes que ela pudesse tapar os ouvidos alguém a puxou pelo braço, tão rápido que não deu tempo dela abrir os olhos para ver quem era. Apenas deixou que a puxassem e sentiu um vento forte por trás. Era o carro que acabava de passar em alta velocidade, cobrindo o casal com um vento forte. Fora Derick que a puxou para a calçada, envolvendo-a em seus braços. Roxy continuava de olhos fechados, enquanto sentia o calor do corpo do amigo. Ela apoiou-se no peitoral do garoto, levando as mãos ao rosto. O choro veio, instantaneamente. E sua maquiagem se desfez com as lágrimas que corriam pelo seu rosto. - Calma! Já passou – Derick disse, numa tentativa frustrante de confortá-la. Ele a abraçava fortemente, a apertando contra seu corpo. Roxy respirava ofegante e seu próprio choro a sufocava. Ela não queria que Derick a visse naquele estado, mas parecia inevitável constando o que acabara de acontecer. Estava mais tranqüila e o abraço de Derick a fazia se sentir protegida. No entanto, fora por culpa dele que ela havia passado por esse transtorno. Roxy tentou afastar-se, mas Derick a segurou, não deixando ela sair de perto dele. - Calma, Roxy – dizia ele passando a mão carinhosamente pelos os cabelos dela, tentando acalmá-la. - Calma nada. Sai, Derick! – Roxy espalmou ambas as mãos na camiseta do garoto e o empurrou tão forte que o fez cair de bunda ao chão. Derick não falou nada. Ele apoiou as mãos no chão antes que fosse derrotado pelo embalo do tombo, e a olhou indignado, franzindo a testa e contorcendo a boca. Aquele empurrão, certamente, havia o machucado. Afinal, a calçada não era macia. Era aspéra. Roxy se sentiu horrível ao ver o amigo caído a olha-lá como se ela fosse uma estranha. Só que, tudo que ela conseguia fazer era ser grossa e prepotente. Roxy nunca soube lidar com os sentimentos e não seria, justamente ali, que aprenderia. - Isso tudo foi culpa sua, Derick! – berrava nervosa, com os olhos cheios de lágrimas. Sua voz estava fosca por causa do choro. E sua maquiagem totalmente borrada pelas lágrimas. Roxy tremia de raiva, e por sua vez, Derick riu ao ver toda aquela cena. Para ele era mais do que ridículo tudo o que ela estava dizendo. Pois, pela primeira vez, ele havia sido um herói e salvado a vida daquela menina ingrata. - Tá, não vou discutir – ele ria enquanto a respondia com calma. - Por que tá rindo? Qual a graça? – retrucou em um tom esnobe. - Por que eu tô rindo? Fala sério! Olha toda essa cena que você ta fazendo, e ainda por causa de nada, né? E você com essa maquiagem borrada ta parecendo uma bruxa – Derick gargalhou após erguendo o corpo com a ajuda das mãos. Roxy se aproximou e o empurrou, novamente fazendo-o cair no chão. - Que droga, Roxy! O que você tem, mew? – perguntou Derick completamente caido no chão. Ele passou, rispido, as mãos no rosto. Parecia nervoso. Roxy não disse nada. Ela curvou o corpo na direção do dele, e inclinando seu rosto ela sorriu e mostrou-lhe o dedo do meio. Ele a olhou entediado e, quando Roxy deu a entender que levantaria, Derick a segurou pelo braço e levantou o corpo, levando a outra mão até a nuca dela, puxando o rosto da garota sentido o seu. Ele repentinamente a beijou. Precionando sua boca contra a dela, Derick praticamente a obrigou a corresponder o beijo. Roxy, imediatamente, jogou os joelhos ao chão. Ela sustentou com os joelhos dobrados o peso do corpo. Provavelmente para não cair em cima do garoto. Ela soltou seu braço das mãos de Derick, levando ambas as mãos até os ombros dele, empurrando-o inutilmente para trás. De fato ela não o empurrava com a mesma força de antes. Simplesmente porque não queria que ele se afastasse dela. Roxy não o largava, mas também não se rendia ao beijo roubado. Ela permanecia com a boca fechada, e tudo o que Derick podia sentir eram os lábios dela negando os deles. O desprezo da parte dela fazia Derick pressionar ainda mais sua boca, tentando de qualquer jeito conseguir algo a mais. Ele voou um mão para a cintura da garota, levantando levemente a blusa dela. – Hmmm... – Murmurou Roxy ao sentir o toque frio das mãos dele por debaixo de sua blusa. Derick apertou três vezes a cintura dela. Na parte superior ao quadril e abaixo dos seios. Ela, então, contorceu o quadril ao sentir uma leve dorzinha, que podia ser confundida com cócegas. Derick sabia que aquele era o ponto fraco da amiga e, certamente, com aquele ato ela cederia. Roxy sempre se arrepiava quando alguém a tocava naquele local, entre a cintura e os seios, fazendo-a cócegas. Era seu ponto fraco, a deixava vulnerável. E, involuntariamente, Roxy arrepiou-se e sorriu. Ela ainda contorcia a barriga pro lado oposto da mão dele. - Ai... – Sussurrou entre o sorriso. Roxy imediatamente desocupou uma das mãos, a tirando do ombro de Derick e a voando em direção a barriga, onde abaixou sua blusa e arrancou a mão dele de lá. Derick sorriu malicioso. Ele aproveitou-se da distração da amiga. Em seguida, Roxy sentiu a língua quente de Derick acariciar a sua, forçando-a se movimentar juntamente a dele. Roxy tentou empurrá-lo, mas era um pouco tarde demais e ela já não se encontrava consciente o bastante para evitar aquele beijo. Seu coração batia acelerado e ela podia sentir o sangue ferver, aquecendo seu corpo - algo dentro dela que não a permitia se livrar daquelas sensações e largar Derick. Roxane fechou os olhos, rendendo-se ao beijo. Sentia os joelhos doloridos, certamente, por causa do tempo que os deixou apoiados no chão, suportando seu peso. Ela, de repente, foi com o corpo lentamente para trás. Roxy segurou na camisa de Derick, o puxando junto a si conforme se inclinava. Ela queria se sentar e deixar os joelhos livres e Derick, sem hesitar, tirou a mão da nuca da garota e a apoiou sobre chão, levantando o corpo conforme era puxado. Os dois não pararam de se beijar nem por um segundo. Havia uma química forte entre eles. Era como se sempre tivessem feito aquilo, sabiam exatamente o que o outro gostava. Os movimentos com a língua, as carícias, o toque dos lábios - tudo se encaixava perfeitamente. Embora Roxy não fosse tão santinha quanto Derick imaginava, para ela, parecia ser a primeira vez que estava beijando, mas beijando de verdade. A garota já havia ficado com outros garotos nessas viagens que fazia com a família de Melissa, mas não era nada de importante, apenas algumas ficadas, que para ela, eram inúteis. Por outro lado, para Derick, parecia um beijo comum, porém, com mais afeto, sendo que também sentia algo dentro dele pegando fogo e, algumas pontadas no coração o incomodarem quando via Roxy com outro garoto. Principalmente com Sean. Ele já havia ficado com tantas garotas que sabia, exatamente, vários truques de beijos e amassos para conseguir levar a menina até onde queira. Só que, ele não conseguia fazer isso com Roxy. Era diferente com ela. Era mais do que uma ficada, eles eram amigos e mesmo que ele não a amasse, ou simplesmente, achasse que não a amava, um sentimento forte o impedia de se aproveitar da situação. Quando Roxy se ajeitou no chão e esticou as pernas para frente, Derick passou uma perna sobre as dela, dobrando e apoiando os joelhos sobre a outra parte da calçada. Frente a frente, eles continuavam a se beijar com Derick por cima da garota. Ela o beijava com mais vontade e, seus movimentos com a língua pareciam um pouco mais agressivos. Embora Derick gostasse daquilo e tivesse começado toda aquela situação, ele não sabia o que fazer. Ele sabia exatamente o que fazer, mas não queria se aproveitar. Derick, então, apenas carregou as mãos para o rosto de Roxy,afastando o cabelo dela caido sobre as bochechas. Os dois se beijavam com desejo. No entanto, Roxy estava sem fôlego - abrindo uma rápida pausa entre os dois. Ela soltou a camisa do garoto, respirou fundo e abriu os olhos. Eles afastaram-se e Derick a olhou com um sorriso bobo. Roxy, por sua vez, não sorriu. Ela o encarou de forma estranha, enquanto sentia as mãos dele acariciar o maxilar dela. Derick deduziu que, pela expressão de Roxy, ela iria empurrá-lo e fugir, como sempre fazia em ocasioes do tipo. Sem demora, ele aproximou sua boca da dela, não deixando aquela pausa durar mais que alguns segundos. Os lábios se tocaram carinhosamente, enquanto Derick tentava, novamente, colocar a língua dentro da boca da garota. Roxy recuava. Tímida e acanhada. Ela não o deixava fazer o que queria e respondia estalando selinhos nos lábios do garoto - um seguido do outro, prolongando o tempo de pausa. Derick era paciente e continuaria até que Roxy cedesse, voltando a beijá-lo como antes. E não demorou muito a isso acontecer. Ela fechou os olhos e a seguir sentiu alguém passar ao seu lado em passos apressados, fazendo uma pequena corrente de ar sobre o casal. - Uau. – Disse a pessoa exprimindo achar graça no que via. Roxy abriu os olhos, imediatamente empurrando Derick para o canto, forçando-o a tirar as mãos de seu rosto. - O que foi? – Perguntou ele, sem entender absolutamente nada. Ela olhou pra trás, mas tudo que conseguiu ver foi um tênis. Um tênis preto com detalhes vermelhos na lateral. A pessoa havia dobrado a esquina na mesma direção que ela ia antes de tudo acontecer. Derick apoiou a cabeça no ombro e olhou também, mas não viu nada. Logo, ele direcionou o olhar para Roxy, que ainda estava virada para trás, olhando para o nada. Ele, suavemente, colocou as mãos no rosto dela, o direcionando para perto do dele, intencionado em beijá-la. - Pára, Derick! – pediu, arrogantemente arrancando aquelas mãos frias de seu rosto. – Chega! Alguém nos viu, satisfeito? – fora indelicada, apoiando as mãos no peitoral dele, o empurrando para que saísse de cima dela. - Cara, você me deixa doido, Roxy! – Derick reclamou passando a mão no rosto, exatamente como havia feito da primeira vez. Derick nem se mexia com os empurrões “fraquinhos” que recebia da garota. Ele apenas contornava com a mão o rosto coberto de raiva, tentando se acalmar. - Sai de cima de mim, Derick! – Dizia ela, fazendo força sobre os braços dele, tentando levantá-lo. - Então me fala o que aconteceu! – Sugeriu, paciente. - Sai, Derick! – Disse, em tom sério. – Sai, agora! – Esbravejou. - Calma! Vamos conversar, então. – Disse, apoiando uma mão sobre a perna da garota. - Acho que já fizemos muito mais do que conversar. – respondeu, com um sorriso irônico, enquanto tirava a mão dele de de seu corpo. - Eu só queria falar com você, pode ser? – Perguntou, desaforado. – Porque, ultimamente, você anda sumida, Roxy! Nem nos falamos mais. Ela rolou os olhos bufando enraivecida: - Droga, Derick! É que eu ando ocupada e, agora, eu tenho que ir pro ensaio da banda! Você já atrapalhou muito, então, pode se levantar e me deixar ir? – Pediu, educadamente. - É na casa do Sean o ensaio? – Perguntou, levantando uma sobrancelha. - Derick, dá licença? Depois a gente conversa, que saco! – reclamou com a voz alterada, o empurrando de novo. A expressão do rosto dele mudou, em questão de segundos Derick franziu totalmente o cenho. O olhar frio em seus olhos azuis assustou Roxane. - Então, tá. Vai lá, Roxy! – Disse com um falso ar de desinteresse. Derick segurou as mãos dela e as lançou pro lado, era tamanha a agressividade do garoto que Roxane acabou batendo a cabeça no poste ao lado deles. - Ai! – Exclamou, levando a mão até o lugar batido. Derick se levantou e saiu andando. Ele colocou as mãos no bolso da calça e baixou a cabeça, encarando o chão. Nem se despediu de Roxy, apenas atravessou a rua e seguiu para a casa, subindo uma avenida bastante movimentada. Roxane arrastou um pouco o corpo, apoiando as costas no poste. Ela permaneceu sentada, por alguns minutos, tempo suficiente para poder ver Derick caminhar e sumir entre as curvas da avenida. Ela sorriu, como se estivesse feliz, embora sentisse uma leve dor na cabeça, causada pelo empurrão dado pelo garoto. Após um tempo, levantou-se e seguiu para casa de Sean, virando a esquina apressada. A roqueira já estava mais do que atrasada. Olhando em sua volta, Derick via os carros, as pessoas, as propagandas nas vitrines das lojas e, até algumas garotas que passavam por ele, sorridentes e amigáveis. Ele não as conhecia, mas sabia muito bem o que elas queriam. Pela primeira vez, Derick não deu bola para nenhuma delas. Eles virou o rosto, ignorando o gesto oferecido de ambas. Aquelas garotas pareciam tão vazias, nem fazia sentido cumprimenta-las, não teria graça alguma e o dia não estava bom para ele ser gentil com as pessoas. Ao virar o rosto, ele viu um comercial passando em uma televisão antiga. O aparelho era marrom e seus botões pareciam não funcionar. Mais do que antiga – pensou, enquanto a observava. Derick parou em frente aquela loja e ficou a assistir o comercial, que se tratava de um chiclete para crianças bagunceiras, já que o comercial mostrava vários pestinhas jogando chicletes e fazendo bolinhas de ar com a goma de mascar. Também jogavam no cabelo das meninas, entre outras coisas péssimas. Agora, parecia infantil e idiota, mas há uns quatro anos atrás, Derick era um paga-pau desses chicletes. Fazia igual aos meninos da propaganda ou ainda pior. Então, ele sorriu ao se recordar de quando jogou um chiclete no cabelo de Melissa, que, na época, era a aluna nova da turma. O estrago foi tanto que a pequena teve de cortar o cabelo curtinho, ficando estranha durante muito tempo. E Roxane, que na época achava que tudo se resolvia na pancada, bateu em Derick, defendendo, fielmente Melissa. O comercial já estava acabando e Derick continuava parado, a olhar para a TV. Uma velhinha, aparentemente bem vestida e bem humorada, encostou ao seu lado. Não tinha porque Derick a tratar mal, embora ele odiasse que desconhecidos chegassem muito próximo de si. - Oh, meu netinho amava esse chicletinho! – Disse, apontando para o comercial que acabou no mesmo instante. – Oh, se não fosse por esse comercial nunca teria achado essa televisão magnífica! – Ela sorriu, docemente erguendo a cabeça e olhando para o garoto alto e moreno ao seu lado. Derick riu, divertido. Aquela televisão mais parecia um lixo do que algo magnífico. - Meu jovem, tudo que acontece em nossas vidas tem um porque, acredite nisso! – Ela sorriu e entrou na loja, em passos lentos e pequeninos. Provavelmente por causa de algum problema que devia ter nas pernas, pois andava a custa de bengalas. Derick a olhou e, embora não tivesse prestado atenção em nada, três palavrinhas o fizeram refletir: “acontece, vidas, porque”. Ele, então, voltou-se para o passado, navegando nas lembranças mais antigas. Derick, num momento filosofo, deduziu que talvez aquela velhinha tivesse razão. Ele se lembrava bem da quinta série, quando conheceu Missy e, não foi por acaso que ela e Roxy haviam virado amigas - se ele não tivesse jogado aquele chiclete, Roxy não teria a defendido e ambas nem teriam se conhecido. Roxy não era da sala deles, ela estudava na quinta B e só mudou para quinta A, por causa da nova amiga. Por causa de Missy. Algumas coisas aconteciam com um por que e outras não?, contestava Derick, para ele não fazia o menor sentido ter beijado sua melhor amiga sendo que a considerava como uma irmã. Derick no fundo se sentia mal e queria forçar a culpa a cair toda sobre ele, crendo que era errado beijar alguém que supostamente não amava, principalmente Roxy, que era sua conhecida (praticamente) desde que nasceram. - Ele voltou a caminhar lentamente, até alcançar o portão de sua casa, do qual abriu se, pressa. Entrou, passando pelo quintal e chegando à porta, a abrindo e logo a trancando, colocando a chave em uma mesinha que havia próxima da porta, lotada de porta-retratos. Derick foi até a cozinha e pegou um copo de água, bebeu-o rapidamente, seguindo direto para a sala, onde jogou-se no sofá e fechou os olhos. Tudo que imaginava era ele, Missy e Roxy. Passavam flash’s de todos os momentos marcantes da amizade dos três, como festas, aniversários, brigas, passeios, viagens... Era complicado pensar tanto em um só instante, o deixava mal consigo mesmo. Faltava algo dentro de Derick. Incompleto ao sofá, o silêncio que invadiu a sala o deixava mais depressivo. - Droga, porque eu fui beijar a Roxy?! – culpou-se várias vezes, batendo a mão em sua testa, recriminando-se ao que tinha feito. O que Derick não sabia era que o fato dele ter beijado Roxy não mudava em nada no que sentia. Aquele sentimento ruim não era culpa ou ressentimento. Era solidão. Pura solidão. Pois sem perceber, Derick estava mais solitário do que nunca. O jovem nunca ficava sem ter o que fazer numa tarde ensolarada e sempre teve a companhia de Roxane e Melissa a sua disposição. Não havia tempo nem para pensar e poder sentir saudades das garotas. No entanto, agora, ele parecia ter tempo de sobra para fazer de tudo. Não tinha mais suas amigas somente para si e aquela solidão o forçava a refletir, descobrindo seus erros e defeitos, encarando a dura realidade.
Posted on: Tue, 27 Aug 2013 03:54:19 +0000

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