1ª Audiência Pública de Turismo entra para a história de - TopicsExpress



          

1ª Audiência Pública de Turismo entra para a história de Macaé Hoteleiros de Macaé sugerem a criação da secretaria exclusiva de Turismo A presença maciça das diversas esferas da sociedade macaense durante a 1ª Audiência Pública de Turismo de Macaé, ocorrida na noite desta quinta-feira (31), na Casa do Legislativo da cidade, demonstrou a vontade e a necessidade de mudança no setor. Nem a chuva impediu aqueles que acreditam no potencial turístico do município fossem e expressassem suas opiniões e experiências. O evento foi realizado a pedido do Macaé Convention Visitors Bureau (Macaé CVB) à Câmara Municipal, através da proposta apresentada em plenária pelo então vereador, Carlos Emir Júnior, que encerrou na data citada o mandato de primeiro suplente da Casa, no qual permaneceu por 170 dias. O presidente da Câmara, Dr. Eduardo Cardoso e o vereador titular, Igor Sardinha, que participaram ativamente do encontro, demonstraram o respeito pelo colega de cadeira e manifestaram a insatisfação sobre a ausência do representante público inerente a pasta de turismo. Em nota oficial, o presidente da Fundação de Esporte e Turismo, Luiz Renato Martins tentou justificar a ausência. “Em atenção ao convite recebido por esta ilustre instituição (Macaé CVB), informamos que não poderemos comparecer à citada audiência pública, em virtude de compromissos anteriormente agendados, bem como por não ter recebido o convite do Poder Legislativo Municipal para fins de planejamento da agenda. Ademais, consideramos importante a participação de demais órgãos e entidades do Poder Executivo Municipal, que igualmente não foram convidados, tais como a Fundação de Cultura, a Secretaria de Mobilidade Urbana, a Secretaria de Ambiente, a Secretaria de Trabalho e Renda, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, dentre outras, em razão da amplitude e abrangência do tema. Sem mais para o momento, colocamo-nos à disposição, inclusive para recebê-los nesta Fundação sempre que necessário para tratar de assuntos turísticos do nosso município”, informou via email, lido na íntegra durante o evento. Percebendo que o turismo deve caminhar junto com a cultura, a representante da Fundação Macaé de Cultura, Beth Souto Maior, esteve presente após ter recebido o mesmo convite enviado aos demais órgãos públicos. Na ocasião, respondeu a diversas perguntas de alguns participantes sobre a atuação da Fundação Macaé de Cultura e externou a satisfação de poder corroborar que cultura e turismo são complementares. O objetivo da Audiência Pública foi traçar um raio X do setor turístico da cidade, orientar e sugerir soluções para fomentar a área. Na oportunidade, levantaram a importância do turismo para o município e provocaram uma inquietude a respeito do potencial turístico existente e das ações que hoje são e deverão ser feitas no setor. O presidente, Dr. Eduardo Cardoso parabenizou Carlos Emir pela iniciativa de defender o setor turístico. “A cidade cresceu em qualidade de vida, mas, Macaé realmente precisa avançar em outros setores, diversificar a economia. Assusta-me hoje a criminalidade que certamente dificulta o desenvolvimento do setor. Temos que chamar a responsabilidade para nós mesmo. Juntos podemos mudar essa história”, pronunciou. O Vereador, Igor Sardinha se comprometeu em ser o representante do setor turístico do município. “Parabenizo a proposta de audiência pública e também o comprometimento do vereador, Carlos Emir durante o período na Casa. Nunca houve uma política pública eficaz de turismo no município. Eventos isolados não se sustentam. Temos ingredientes de maneira atraente, como ilhas, serra, entre outros, nunca explorados. Mas, a vocação do petróleo faz com que os olhos só fiquem voltados para a área offshore. Lamento pelo representante da pasta municipal não se fazer presente quando temos aqui representantes do Governo do Estado e variados representantes do turismo estadual, regional e local”, proferiu Igor Sardinha informando que após a discussão a ata será encaminhada ao Governo Municipal para possíveis providencias. O presidente da Federação de Convention Visitors Bureaux do Estado do Rio de Janeiro (FC&VB-RJ), Marco Navega falou sobre a construção de novos empreendimentos e sobre a demanda de hospedagem no município. “Macaé possui hoje 4.300 meios de hospedagens. Somos a segunda maior hotelaria do Estado do Rio de Janeiro. A expectativa é que em 2016, esse número passe para 9600 UHS. Não existe lugar algum que tenha aumentado essa capacidade em menos de quatro anos”, pontuou acrescentando que a rede gastronômica consequentemente aumenta. O encontro contou também com fortes emoções. Na oportunidade, Marco Navega entregou nas mãos de Carlos Emir Junior um Guia de Turismo feito pelo pai do vereador, Carlos Emir Mussi, enquanto prefeito da cidade, em 1981. “Se falarmos um pouco de história veremos que o turismo deixou de ser representado pelo governo público. Em 96, o Conselho Municipal de Turismo foi criado pelo então prefeito visionário e o Fundo Municipal de Turismo. Na sequencia, o prefeito, Silvio Lopes faz algumas adaptações. Mas, depois, isso se perdeu. Precisamos reinventar o Conselho, que trata de um órgão que orienta e norteia as ações referentes ao setor. Pedimos aos vereadores titulares que estão aqui presentes para reescrevermos juntos a nova lei do Conselho Municipal de Turismo, adequando as mais modernas ferramentas de gestão de turismo”, sugeriu. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Luiz Henrique Fragoso deixou a instituição à disposição para contribuir com o turismo. “Não só a rede hoteleira e a gastronomia, mas, o comércio também lucra com o setor turístico. Temos um comércio forte e capaz de suportar a futura demanda turística que pleiteamos aqui”, salientou. Durante uma apresentação formidável, o presidente do Conselho Comunitário de Segurança, Marco Maia, e empresário no ramo de hotelaria, pontuou as demandas de turismo para o município. Centro de Convenções – Eventos & Exposições; Infraestrutura Aeroportuária e Viária; Novos entrantes; Atrativos Turísticos; Criação da Secretaria de Turismo; Mobilidade Urbana; Segurança Pública; foram os tópicos abordados por Marco Maia, que fez a reunião transcorrer de forma mais dinâmica apresentando slides contendo gráficos, índices e imagens que mostram o quanto Macaé tem a oferecer no setor. Dentre as sugestões de pontos turísticos, Maia ressaltou a importância das Ilhas de Santana e do Francês. “Podemos desenvolver projeto de “pontoons” nas Ilhas (após as devidas liberações), para visitação em regime de “day use”. Explorar a visitação ordenada e sustentável de navios transatlânticos, criando assim um destino náutico oceânico (referência: CNC – Ctur)”, sugeriu. Sobre a mobilidade urbana, Maia também fez suas colocações. “Temos a necessidade URGENTÍSSIMA de implantação de uma rede de semáforos inteligentes, sincronizados pela densidade rodoviária / câmeras videográficas; Capacitação do Agente de Trânsito, a fim de torná-lo mais ágil frente aos seus pares e necessidades públicas de ir e vir; URGENTÍSSIMO: ordenamento de trânsito da Praia dos Cavaleiros, sob pena de estagnação do mesmo no próximo verão, criando reversões e semáforos, bem como rotatórias para fuga entre a Rua Bariloche e Valparaíso; Autuação responsiva aos infratores de trânsito; Efetuar campanha municipal, com regras de trânsito”, pontuou. A representante da Rede Hoteleira, Isabel Tannus se disse indignada com a junção das secretarias Esporte X Turismo. “Não consigo entender porque Macaé não se deslancha no turismo. Nos momentos de lazer é que as pessoas tem oportunidade de conhecer a rede gastronômica, pontos turísticos, etc. Se não tem turismo, conforme o próprio prefeito mencionou durante uma reunião com a rede hoteleira no início do ano, então, que se retire a palavra “Turismo” da Fundação de Esporte e Turismo - FESPORTUR. Quanto tempo mais será preciso para continuarmos o que foi pensado em 81 (conforme dito anteriormente)”, argumentou. Aproveitando o pronunciamento de Isabel, de família espanhola, Carlos Emir elogiou o empenho e a determinação de se investir na cidade. “Fico admirado quando vejo alguém como Isabel, que não é de Macaé, investe fortemente (dona de três grandes empreendimentos). O poder público tem que ouvir o clamor desses empreendedores que geram renda, oferecendo emprego, pagando impostos e movimentando a cadeia produtiva da cidade através dos hóspedes que gastam na cidade. O empresário no ramo de turismo, dono de duas agencias de viagens, Ronaldo Moraes está há 25 anos no mercado turístico de Macaé. “No ano de 94, quando o Conselho foi criado eu estava presente. Mas, não há interesse político, pois o royalties vem muito fácil. Se em 94, tivéssemos implantada a semente hoje Macaé seria exemplo no setor. O turismo só passa dar lucro a longo prazo. Vejo a necessidade e estou à disposição para criar um turismo receptivo na cidade. Precisamos de guias de turismo e roteiros integrados que promovam a cidade e o interior do município. A população também tem que estar engajada, caso contrário, o turismo não vai pra frente”, frisou. O operador de turismo de aventura e natureza (rafting), localizado na Estrada Serramar, um dos mais importantes polos de canoagem do Estado do Rio de Janeiro, Gerson Nunes, comentou que Macaé já sediou eventos nacionais de canoagem e que infelizmente por um desacordo entre governo local e as entidades estaduais e nacionais responsáveis pelo esporte, Macaé deixou de receber integrantes da canoagem mundial nos jogos olímpicos que irão acontecer em 2016 na cidade do Rio de Janeiro, a cidade escolhida será Foz do Iguaçu. “A região Serrana é um atrativo e poderia estar atrelada ao turismo de Macaé. Estou representando os imortais das corredeiras. Trazemos as antigas ideias para um novo cenário, Macaé pronta como turismo de negócio e de olho no turismo de lazer. Nós queremos saneamento do rio São Pedro urgente, enquanto é possível e investimentos na qualificação da escola olímpica de Glicério para 2016.”, exteriorizou. “Há tempos vivemos no faz de conta. A sociedade privada e civil tem que dar os braços e não esperar muito poder público. A Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) está de braços abertos para contribuir. Sugerimos que o Macaé CVB monte um ponto turístico no nosso espaço”, disse, Leobino Ribeiro, presidente do clube. O presidente do Macaé CVB, Leonardo Anderson disse que a audiência superou as expectativas. “A região de Macaé já atingiu níveis de qualidade e excelência no setor do Petróleo e Gás, com reconhecimento nacional e internacional, mas, é necessário abrir novas perspectivas para o desenvolvimento do município, para que ele não fique dependente desse setor indefinidamente. Desse modo, o turismo apresenta-se como uma excelente oportunidade”, falou informando que a proposta é contribuir com o governo em ideias e sugestões. O vice-presidente da Empresa Pública de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, TURISRIO, Nauro Grehs, prestigiou o evento representando o secretário de estado de turismo, Ronald Ázaro. “Trago o abraço do secretário, Ronald Azaro, coloco a disposição da cidade de Macaé toda a estrutura de estado para tornar todo o potencial desta cidade em negócios que promovam os empreendedores do setor, a comunidade local, e os turistas. O secretário estadual sempre considerou a cidade de Macaé como uma cidade indutora do turismo do estado. Nosso trabalho é interagir com todos os municípios turísticos do interior em conjunto com a capital. O que acontece nesta cidade é fundamental para alavancar a atividade turística, bem como colocar a cidade e região no mercado nacional e internacional que movimentam economias surpreendentes. Como uma cidade que detém a segunda posição na hotelaria estadual, o único Centro de Convenções do interior, praias, rios e uma serra estonteante não é considerada turística? Com toda certeza, temos que concordar que é preciso que esta audiência produza os efeitos e ações necessárias para concretizar toda a oferta existente e criarmos as demandas desejadas”, concluiu.
Posted on: Fri, 01 Nov 2013 21:00:26 +0000

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