3.1- Estação Ferroviária de Belo Horizonte A linha do - TopicsExpress



          

3.1- Estação Ferroviária de Belo Horizonte A linha do Paraopeba, assim chamada porque durante boa parte de sua extensão acompanha o rio do mesmo nome, foi construída em bitola larga, provavelmente para aliviar o tráfego de trens entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte que até sua abertura tinha de passar pela zona de mineração da Linha do Centro, até General Carneiro, onde saía a linha para a capital mineira. Além disso, até então havia baldeação para bitola métrica em Burnier, o que dificultava as operações principalmente dos trens de passageiros entre as duas capitais. A linha do Paraopeba, saindo da estação de Joaquim Murtinho, foi aberta até a estação de João Ribeiro em 1914 e até Belo Horizonte em 1917. Dali a General Carneiro foi mantida a bitola de métrica no trecho já existente. Com isso se estabelecia a ligação direta sem baldeações entre o Rio e Belo Horizonte. O trem de passageiros trafegou por ali até 1979, quando, depois de uma ou duas tentativas rápidas de reativação, foi extinto. O movimento de cargueiros continua intenso até hoje, com a concessionária MRS, até a estação do Barreiro, próxima a BH, e depois com a FCA até General Carneiro, agora sim com bitola mista, métrica e larga. A estação de Minas foi inaugurada em 1895, antes mesmo da inauguração da cidade de Belo Horizonte, sucessora da velha Curral Del Rey. Na época, a cidade ainda em construção se chamava Cidade de Minas, depois de se chamar desde 1890 Belo Horizonte e na sua inauguração em 1897 voltar a esse nome. A estação era atingida por um ramal que saía da estação de General Carneiro, na Linha do Centro da Central. O nome Minas, para a estação, acabou permanecendo mesmo após a inauguração da cidade, em 1897, como aparece nos antigos guias. De General Carneiro à Estação Minas, os trens eram operados pelo chamado Ramal Férreo da Capital do Estado de Minas Gerais, vendido à União no final de 1899 e incorporado à Central do Brasil em 1/1/1900. A eletricidade chegou à estação em 1900 (Memória Histórica da EFCB, 1908, p. 489-490 e 499). A própria estação, na sua inauguração, era um prédio provisório (ver desenho abaixo), que, na época da inauguração da cidade já era o prédio novo, que ficou até sua demolição precoce pouco mais de 20 anos mais tarde. Aparentemente, apenas a partir da construção desse novo prédio, em 1922, é que a estação passou a se chamar Belo Horizonte. A partir de 1917, quando a linha do Paraopeba chegou a Belo Horizonte pelo outro lado, a cidade ficou ligada à Linha do Centro por dois lados, sendo que o trem principal, que vinha do Rio, vinha pela Linha do Paraopeba, atingindo Belo Horizonte direto e sem baldeações vindas pela nova linha. Em 1922, foi inaugurado um novo prédio que substituiu o original. A estação fica em frente da estação da E. F. Oeste de Minas, depois da Rede Mineira, esta construída em 1920. Com a desativação dos trens de passageiros da Central, a estação foi tendo progressivamente outros usos até ser completamente desativada como estação. Hoje abriga um museu. Entre a estação e a da antiga RMV fica a estação do metrô de Belo Horizonte, uma plataforma que para ser atingida o tem de ser por passagens subterrâneas. Por sua vez, o trem Belo Horizonte-Vitória, da Vale do Rio Doce, um dos únicos trens de passageiros regulares ainda em atividade no Brasil, também não sai mais dali, mas sim do antigo armazém, ao lado da estação. No dia 15 de dezembro de 2005 foi inaugurado o Museu de Artes e Ofícios, que ocupa ambas as estações (Central e RMV). E AS ENTREVISTAS DE BH Gabriela Mendonça
Posted on: Tue, 12 Nov 2013 22:01:54 +0000

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