32. SERVIDORES SOLÍCITOS DA RAINHA DO CÉU E DA TERRA A - TopicsExpress



          

32. SERVIDORES SOLÍCITOS DA RAINHA DO CÉU E DA TERRA A expressão “Rainha do Céu e da Terra” é do Papa Bento XIV, retomada e confirmada por Pio XII na encíclica Ad Coeli Reginam. A soberania universal de Maria é testemunhada na Sagrada Escritura pelo Anjo Gabriel, o qual, na Anunciação, apresenta a Virgem de Nazaré, como a Mãe Daquele que “reinará para sempre” (Lc 1, 33), do Rei dos reis, e, por isso mesmo, Rainha. Igualmente a saúda Isabel, chamando-a “Mãe do Senhor” (ib., 43), isto é, do meu Rei, e, portanto, Rainha. No Antigo Testamento, segundo a Tradição da Igreja, Maria é já identificada como rainha por Betsabéia, mãe do rei Salomão (cf. 1 Rs 15ss) e por Ester (Est 2, 1ss), a esposa do Rei Assuero; ela é também cantada profeticamente pelo salmista como aquela que está à direita daquele Rei, cujo reinado durará para sempre (cf. Sl 44). No título solene de “Rainha do Céu e da Terra”, atribuído à Mãe de Deus, já está implícita a função dos Anjos com relação à ela; do solícito serviço prestado pelos Anjos à Virgem Imaculada, falam abertamente os Santos. Santo Agostinho, citado por Montfort, escreve: “O próprio Miguel, embora príncipe de toda a Corte Celeste, é o mais solícito em prestar-lhe homenagem, fazendo com que os outros também lha prestem, sempre espera ter a honra de apressar-se a um seu pedido, para socorrer algum de seus servos”. Também a experiência dos místicos e dos devotos de Maria oferece disso um explícito testemunho. Vejam-se as Revelações de Santa Gertrudes, a famosa freira de Helfta, reconhecida como a maior mística do Séc. XIII. Conta ela que um dia, enquanto no coro cantava-se o Ofício da Natividade de Maria Santíssima, exatamente durante a antífona, Ave decus, pareceu-lhe “que o céu se abrisse e um magnífico trono baixasse, pelas mãos dos Anjos e fosse colocado no meio do coro. Nesse trono estava sentada com honra e glória, a altíssima Rainha do Céu; ela mostrava, com a doçura e amabilidade da sua atitude, estar disposta a receber com bondade, naquela festa, os votos de todas as religiosas. Os Santos Anjos rodeavam o trono sustentando-o com respeito, prestando com alegria essa solene homenagem à Digníssima Mãe do seu Senhor. Toda a Falange dos Espíritos bem-aventurados unia-se aos dois coros, que cantavam e juntamente com eles louvavam, em uníssono, a Rainha da Glória. Um anjo estava, em frente a cada religiosa, segurando na mão um pequeno ramo verde com flores e frutas diferentes, conforme as disposições de cada uma. Estas flores e frutas eram mais ou menos bonitas e perfumadas conforme o maior ou menor esforço feito pela alma, e eram também mais ou menos doces segundo a maior ou menor pureza de intenção. No fim da antífona os Anjos, com muita alegria, levaram seus ramos à Virgem Mãe, colocando-os, diligentemente, em volta do trono, a fim de torná-lo mais belo e glorioso. A Beata Maria Madalena Martinengo, capuchinha, bem sabia aproveitar-se desse ministério angélico, junto à Virgem, para conseguir que as suas súplicas fossem seguramente atendidas. “Havia composto uma devotíssima oração, na qual convidava os coros Angélicos a venerarem Maria Santíssima e a alegrarem-se com ela por ter sido eleita Mãe de Deus, dizendo: Ó Anjos, convido-vos a venerardes, comigo, a Maria Santíssima e a felicitá-la por ter sido eleita Mãe de Deus”, e continuava convidando os Arcanjos, os Tronos, todos os coros Angélicos... os seus Santos Protetores... recitando, a cada convite, uma Ave Maria e prostrando-se com o rosto no chão”. Às vezes, a Virgem parece servir-se dos Anjos como mensageiros. Na vida de São Martinho Porres, membro mulato da Ordem de São Domingos (bem conhecido pelas suas relações com os Espíritos celestes), lê-se que, uma noite, a Santíssima Virgem o instruiu sobre as coisas espirituais; depois disso, “a fim de que Martinho, na pressa de correr ao coro para as Matinas não tropeçasse na escuridão, e, a fim de que todos vissem quão satisfeita estava com o seu aluno, enviou dois Anjos em cândidos trajes para escoltá-lo até aí com tochas acesas”. Um análogo serviço angélico se encontra nas aparições da Virgem a Santa Catarina Labouré, apóstola da devoção à “medalha milagrosa”: “Ela é acordada à noite pela voz de um menino, resplandecente, em trajes brancos, que a exorta a vestir-se rapidamente, e a correr para a capela, onde, a Virgem a espera. O menino permanece em pé. A freira se ajoelha. Um leve ruído. É a Virgem que se senta numa poltrona perto do altar. Terminada a visita, a Virgem vai embora. Irmã Catarina é acompanhada pelo menino resplandecente até o seu leito no dormitório”. Santos Anjos, servidores solícitos da Rainha do Céu e da Terra, colocai nos nossos corações a verdadeira devoção para com Ela, a vossa e a nossa Rainha, e fazei com que escutemos as suas maternas e insistentes admoestações para a conversão, à oração e à penitência. ( do Livro “Em comunhão com os Anjos nossos irmãos e amigos” – Mosteiro Carmelo de São José – Locarno )
Posted on: Fri, 05 Jul 2013 19:27:07 +0000

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