A ENTREVISTA QUE O CANDIDATO DA CDU, JOÃO PEDRO DELGADO, DEU AO - TopicsExpress



          

A ENTREVISTA QUE O CANDIDATO DA CDU, JOÃO PEDRO DELGADO, DEU AO JORNAL POVO DA BEIRA FOI PUBLICADA NO DIA 13 DE AGOSTO E PODE SER LIDA NESTA PÁGINA. NO ENTANTO, VERIFICOU-SE QUE ALGUMAS RESPOSTAS DO CANDIDATO FICARAM INCOMPLETAS NO JORNAL, CLARAMENTE POR FALTA DE ESPAÇO. NÓS CONSIDERAMOS IMPORTANTE DAR A CONHECER AS RESPOSTAS COMPLETAS E AS PARTES NÃO PUBLICADAS NO JORNAL ESTÃO ENTRE PARÊNTESES. Povo da Beira – A CDU escolheu o João Pedro Delgado para encabeçar a lista à Câmara Municipal de Castelo Branco. O que representa este convite para si e como reagiu? É um novo desafio? 1 - Senti-me muito honrado pelo facto de os meus camaradas e amigos da CDU terem confiado em mim para esta difícil missão. A CDU Castelo Branco tem um sem número de amigos, militantes e apoiantes de vasta experiência, qualidade e energia que poderiam assumir esta candidatura com enorme competência e intensidade. Este facto não me deixa menos confiante, mas sim muito mais seguro, já que sei que este colectivo estará ao meu lado, para me apoiar, me ajudar, com toda a sua experiência e alegria. De resto, na CDU, as candidaturas são colectivas, e todos têm tarefas relevantes. Desta vez, a minha é um pouco mais mediática, no sentido em que sou eu que assumo a imagem e a representação pública da mesma. Quanto a ser ou não um desafio, efectivamente é um desafio grande, já que assumirei um projecto eleitoral colectivo de grande responsabilidade. Povo da Beira - Quais são os verdadeiros objectivos desta caandidatura da CDU para as autárquicas de setembro? 2 - O verdadeiro objectivo é que a CDU saia reforçada em Castelo Branco, por forma a que a sua acção política em defesa dos interesses das populações possa ser mais efectiva e contundente. O nosso objectivo, essencialmente, passa por promover uma política autárquica que seja aberta às populações, democrática, inovadora, de crescimento e desenvolvimento, independentemente da posição a partir da qual realizamos esse trabalho: assembleia municipal, executivo ou oposição. Povo da Beira – Gostaria que me falasse um pouco do vosso projecto para Castelo Branco e dos pilares em que assenta a sua candidatura. 3 - A candidatura da CDU assenta em três pilares fundamentais: fomento e envolvimento directo em projectos de criação de emprego; mobilização directa dos recursos autárquicos para promoção do desenvolvimento; promoção de garantias para uma vida produtiva, digna, interligada e emancipadora para toda a população concelhia (cidade e freguesias). O projecto da CDU passa, acima de tudo, pela valorização dos recursos do concelho, sejam eles naturais, humanos, empresariais, industriais, culturais, de bem-estar, etc., numa política aberta às populações, constantemente discutida e ratificada pelas populações, de forma completamente democrática, através das diversas plataformas de participação política e associativa. As populações de Castelo Branco, com a CDU, irão assumir de novo a condução democrática dos seus destinos. Por outro lado, na vertente mais prática, os projectos da CDU passarão sempre por investimentos directos em obra e actividade produtiva, dirigida a pessoas, que envolva pessoas, que valorioze as suas qualificações, que criem emprego e tragam novas famílias para o concelho. Nada será feito de forma não planeada, com o betão de fachada como único objectivo. O investimento autárquico, com a CDU, passará a ser feito directamente em pessoas e actividades produtivas. Povo da Beira – No seu entender, quais são os principais problemas que se verificam no concelho e quais as soluções que a CDU tem para lhes fazer face? 4 - Os principais problemas do Concelho, no nosso entender, têm que ver com a estagnação económica em que entrou já há vários anos, sob o olhar passivo do executivo PS, com as consequências sociais e o alheamento participativo que tal estagnação provoca. O facto de o desemprego estar a bater recordes, sendo mesmo o maior a nível regional, o facto de as falências terem aumento cerca de 40% nos últimos 2 anos, mostram bem da forma como o desenvolvimento tem sido descurado pela Câmara PS, e como a linha política seguida pela mesma está, infelizmente, a trazer os resultados que a CDU tem vindo a denunciar e a prever ao longo dos últimos anos. Um outro problema basilar tem que ver com a falta de controle urbanístico da cidade. Em Castelo Branco, a política urbanística e a política de solos não estão ao serviço das populações. Temos dificuldade em perceber de que é que estão ao serviço, mas não é do bem-estar dos albicastrenses, e isso é bem visível quer na cidade quer no território rural do concelho. Neste sentido, aproveito para relembrar que algumas das propostas fundamentais da CDU neste domínio passam por coisas tão básicas como: aprovar um PDM urgentemente, instrumento fundamental da gestão urbanística e documento central definidor da política urbana nos países civilizados; aprovar um Plano Geral de Urbanização competente e efectivo, na mesma ordem de ideias; aprovar planos de pormenor para os bairros não consolidados, tantas e tantas vezes sem quaisquer condições de salubridade, numa demonstração clara de que, para a actual Câmara, há cidadãos de primeira e de segunda; mudança imediata do paradigma de discussão pública das obras e planos a concretizar - todos os projectos têm de ser alvos de uma discussão pública aberta, democrática, clara, intensa e diversificada. A planificação em cima do joelho e de costas voltadas para a população não terá lugar numa autarquia CDU - as populações serão chamadas a pronunciar-se sobre todos os projectos a desenvolver. Povo da Beira – Como candidato, como avalia a gestão autárquica do atual presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão? 5 - A gestão autárquica actual é, como disse - e bem - a gestão de Joaquim Morão, e não de um executivo aberto e diversificado. E este facto mostra, desde logo, um dos principais pontos negativos da mesma, no nosso entender: a total centralização de todos os assuntos concelhios numa só pessoa. Na CDU não acreditamos em pessoas providenciais. Todos os assuntos (mesmo todos, sejam de que dimensão forem), são actualmente decididos pelo Presidente, não tendo os vereadores actuais qualquer margem de decisão, política ou manobra. Na prática, o que existe actualmente é um Presidente todo poderoso, que conseguiu centralizar em si toda e qualquer decisão pelo facto de se ter rodeado de um grupo de vereadores políticamente fracos, grupo esse cuja capacidade de decisão e autonomia política tem sido essencialmente nula. É urgente alterar esta situação. O mesmo se passa, e de forma até mais grave e intensa, no que diz respeito aos responsáveis de departamento, divisão, enfim, aos técnicos e trabalhadores da Câmara, cuja capacidade de autonomia e decisão tem sido completamente anulada pela presidência. Com a CDU, os técnicos e trabalhadores da Câmara terão a sua autonomia técnica e a sua dignidade restauradas, até porque a sua importância para o trabalho autárquico é fundamental, na medida em que são estes que estão no terreno, dia-a-dia, a trabalhar próximo dos cidadãos. Numa autarquia CDU não haverá um presidente a passar constantemente por cima das decisões dos técnicos autárquicos. Um outro problema essencial tem sido a total falta de planeamento e estratégia, mesmo na área de que o actual executivo mais gosta de se orgulhar: a obra. O que mais se tem visto, ao longo dos anos, são obras mal planeadas, que não servem os interesses das populações, que, já depois de estarem feitas, têm que ser remendadas, revistas e refeitas, com os custos inerentes. A incompetência, neste domínio, traz custos a todos nós: de cada vez que a presidência PS avança para uma obra sem saber para que vai servir, sem planear, sem ouvir as populações, sem analisar todas as variáveis e pormenores, ficamos todos a perder - é que, no fim da obra estar feita, a Câmara é obrigada a ouvir o povo, e nessa altura é forçada a fazer remendos e a refazer muito do que já foi feito, com custos financeiros e urbanísticos graves para a cidade. Um dos melhores exemplos - entre tantos - deste facto está à vista de todos: a verdadeira odisseia em que se transformou a obra do Centro Cívico. O terceiro problema essencial - e talvez o mais importante - é a opção clara e unívoca do investimento no betão. Quando a Câmara decide investir em cultura, constrói. Quando decide investir em desporto, constrói. Quando decide investir em economia, constrói. Quando decide investir em transportes, constrói. Entretanto, fez-se muita construção, mas a cidade continuou sem cultura, sem desporto, sem economia e sem política de transportes! São milhões, gastos em obras de utilidade muito duvidosa. (Para ilustrar este ponto, um exemplo claro: Centro de Cultura Contemporânea. Trata-se de uma obra com um valor aproximado total de quase 9 milhões de euros, e ninguém na Câmara sabe bem para que vai servir, quem vai ser a equipa de direcção artística, qual o plano de actividades, qual o acervo residente, etc. Há bem pouco tempo, o sr. Presidente, respondendo à CDU na Assembleia Municipal, dizia que nem sabia bem para que é que o equipamento iria servir, mas que lhe chamou Centro de Cultura Contemporânea apenas para efeitos de candidatura a apoios europeus! Gastaram-se 9 milhões de euros, sem se saber bem para quê, supostamente em Cultura, e no entanto, a cidade continua sem criativos, os artistas continuam sem trabalho, os músicos e designers que se formam na ESART têm que sair do concelho, as práticas culturais populares continuam a ser esquecidas, as tradições rurais continuam a ser marginalizadas e as freguesias continuam a ser deixadas de lado na política cultural. Num caso destes, a CDU defende que é sempre melhor gastar 9 milhões em Cultura do que em betão. Na área cultural, por exemplo, 9 milhões de euros dariam para ter um grupo de teatro ou uma pequena orquestra profissional residente durante 25 anos - estaríamos a falar de cultura e formação para todos, na cidade e nas freguesias, estaríamos a falar de ter uma produção intelectual que representaria o concelho em festivais no país e estrangeiro, estaríamos a falar de criar uma saída profissional para os artistas formados na ESART, fixando-os no concelho, estaríamos a falar de trazer para a cidade diversos criativos e artistas altamente qualificados, com as suas famílias, durante 25 anos, consumindo localmente, colocando as suas crianças nas escolas, aumentando a população activa, criando economia e cultura. Ainda na Cultura, com uma pequeníssima parte desses 9 milhões de euros, poderia criar-se uma rede de ateliers de artes de acesso livre e gratuito na cidade e freguesias, aproveitando os inúmeros edifícios propriedade da Câmara já existentes, com infra-estruturas de artes plásticas, populares, salas de ensaio para jovens bandas e grupos, material de som, condições de trabalho artesanal, telas, tintas, rodas de oleiro, enfim, com todas as condições para que as populações desenvolvessem a sua criatividade natural em diversas áreas.) O que é que cria mais emprego, economia e bem-estar: gastar em betão como faz o PS, ou gastar em pessoas e produção como propõe a CDU? Em vez de gastar dinheiro em betão de forma não planeada, a CDU propõe a implementação de uma verdadeira política cultural, que integre e melhore a programação de espectáculos, mas que vá muito para além desta - valorização do património material e imaterial da região, fomento da criatividade própria das populações, apoio a projectos associativos de criação e valorização cultural, criação de programas de envolvência das populações na actividade cultural. (Este exemplo pode ser transportado para tantas outras áreas, tais como a ciência, a agricultura, a política industrial, o desporto, a educação, entre outras. Para todas estas áreas a CDU tem propostas semelhantes de criação de emprego e desenvolvimento produtivo, como os albicastrenses poderão confirmar em breve no nosso programa eleitoral.) Povo da Beira – Que papel deve ter uma Câmara Municipal para captar investimento para a região e apoiar o desenvolvimento do tecido empresarial? (6 - Creio já ter respondido a essa questão nas anteriores, mas aproveito para reafirmar: investimento directo em actividades produtivas, pessoas e recursos endógenos, não se limitando a "criar as condições" para o desenvolvimento e depois ficar à espera que ele chegue, como tem sido feito... É que isto de dar condições às empresas, de oferecer terrenos, de oferecer facilidades, de oferecer tudo e mais alguma coisa, na esperança que as empresas privadas tenham pena de nós e se fixem por cá criando emprego, é uma miragem! É o que tentam fazer todas as Câmaras do interior, e está provado que não resulta. Se, depois de todas as condições criadas, o sector empresarial privado não se instala cá, então tem que ser a Câmara a assumir uma dinâmica e criação de desenvolvimento e emprego!) Uma Câmara Municipal não pode deixar de tentar captar investimento para o concelho, no entanto, a CDU entende que é mais urgente e relevante que a autarquia assuma uma missão mobilizadora e dinâmica de criação de desenvolvimento e produção. Depois de lançada a bola de neve, o investimento exterior virá por inerência. Há exemplos bons por esse país fora, e será fácil dar alguns de Câmaras CDU, e mesmo de outras forças. Povo da Beira – Para a CDU quais são os sectores estratégicos em que Castelo Branco deve apostar? 7 - Os sectores estratégicos de Castelo Branco deverão ser: produção, recursos endógenos, recursos humanos, recursos intelectuais e criativos, valorização da riqueza rural e agrícola, promoção das sinergias entre as zonas urbanas e rurais, desporto, cultura, educação e bem-estar social. A CDU entende que, mesmo em sectores que habitualmente se ligam mais ao bem-estar e menos ao desenvolvimento económico, é possível criar projectos com uma capacidade de trazer protagonismo e emprego a Castelo Branco. Como é evidente, a produção agrícola e industrial, os serviços, o turismo e outras actividades económicas puras são sectores fundamentais para a criação de riqueza e de emprego, contudo, no nosso entender, o aproveitamento dos recursos naturais endógenos não poderá ficar apenas por aí: o desporto, por exemplo, é um sector fundamental, não só para a promoção do bem-estar das populações, mas também para a criação de emprego. (Tal como junto do Mondego e do Douro se criaram centros de alto rendimento de remo, aproveitando os recursos morfológicos, também nós, na nossa região, poderíamos aproveitar o facto de estarmos num dos maiores paraísos a nível europeu para a prática do ciclismo nas suas vertentes montanha e estrada, por exemplo, adicionado ao facto de estarmos próximos de Espanha, um dos principais motores do ciclismo profissional no mundo. A CDU propõe que a autarquia crie um Centro de Alto Rendimento de Ciclismo, que venha atrair para o nosso concelho técnicos desportivos de alto nível, estágios de selecções nacionais, estágios de grandes equipas internacionais, bem como escolas e clubes de formação nacionais e internacionais na modalidade. Esta iniciativa, iria criar a prazo uma rede de pessoal técnico permanente, fixando população na cidade, iria fomentar o desenvolvimento de diversos sectores económicos da cidade, quer na área do turismo, serviços, apoio técnico, iria criar emprego directo e indirecto, iria atrair o investimento privado nacional e internacional, iria criar um foco mediático relevante em Castelo Branco, iria promover integração das freguesias e zonas rurais no projecto, para além de criar uma infra-estrutura de grande valia para as populações da cidade, na perspectiva amadora e de bem-estar, etc. Este tipo de iniciativas pode ser transportado para outros sectores fundamentais, como são a produção agrícola, a criatividade industrial ou a cultura. É o tipo de políticas geradoras que a CDU pretende implementar, em alternativa à actual política estéril do betão.) Povo da Beira – O centro da cidade de Castelo Branco está praticamente vazio, com inúmeras lojas e pequenos comércios fechados. O que deve ser feito para revitalizar o pequeno comércio e o próprio centro da cidade? 8 - A CDU apoia a política do actual executivo nesse domínio, mas entende que é insuficiente. De facto, é positivo que a Câmara compre casas devolutas no centro histórico, as reabilite com condições, e as coloque no mercado de arrendamento a preços controlados, dirigidas a populações chave. Em simultâneo, têm sido realizadas algumas obras de melhoramento do espaço público no centro histórico, o que é positivo. No entanto, isso não chega. Pelo facto de haver mais algumas pessoas a viver na zona, a mesma não vai ganhar vida como que por magia. Para o Centro Histórico reviver, em toda a sua plenitude económica e social é essencial que sejam instalados serviços na zona. E se os privados não o fazem, deverá ser a própria Câmara a dar o sinal e tomar a vanguarda do movimento. A CDU defende que a Câmara desloque para o Centro Histórico um dos seus serviços, de preferência um serviço que envolva muitos trabalhadores - desta forma, as pessoas sentirão a necessidade de se deslocar ao Centro Histórico, haverá muito mais pessoas a trabalhar lá, o que automaticamente irá fazer com que abram pequenos negócios, tais como cafés, papelarias, lojas, pequenos serviços, para além de valorizar os já existentes. Nesse momento, sim, poderemos dizer que fizemos algo de importante pelo centro histórico e pela cidade. Povo da Beira – Qual é, para a CDU, o papel que está reservado às freguesias no concelho? 9 - Na óptica da CDU, não se deve "reservar" nenhum papel às freguesias diferente daquele que se "reserva" à cidade. (Com efeito, as freguesias devem ser tidas em conta num plano de desenvolvimento comum, abrangente e integrado com a cidade. As freguesias fazem parte do nosso concelho, da nossa economia, da nossa cidade.) Será importante ter alguns cuidados especiais, como é natural, tais como: investir fortemente na ligação de transportes públicos para as várias freguesias; criar programas de contacto cultural constante entre a cidade e as freguesias; promover a vinda regular das populações das freguesias à cidade de Castelo Branco para participação em eventos culturais, sociais e desportivos; (promover a ida de associações, pessoas e projectos da cidade a programas de integração das freguesias;) criar ligações económicas mais fortes, (por forma a que as pessoas se sintam parte da mesma unidade: no concelho, na cidade e nas freguesias;) criar redes de apoio social que tenham em conta a realidade das freguesias, nomeadamente a existência de populações envelhecidas, isoladas, com dificuldades de mobilidade, dificuldade de acesso a infra-estruturas de saúde e medicamentos; criar redes de apoio técnico a pequenos agricultores nas freguesias, (por forma a promover um melhor aproveitamento da pequena actividade agrícola, dinamizando-a;) criar políticas de proximidade que possam, dentro do possível, colmatar o abandono a que tantas pessoas foram condenadas pela extinção forçada de algumas freguesias do concelho; criar redes itinerantes de serviço de medicamentos, biblioteca, cuidados básicos de saúde e higiene; entre outras pequenas medidas que, não sendo onerosas para a autarquia, podem produzir uma coesão social e uma ligação mais forte com as nossas populações rurais. Contudo, não podemos esquecer o mais importante: aquilo que um concelho como Castelo Branco tem para oferecer de verdadeiramente diferente ao país é precisamente o facto de as zonas urbanas e as zonas rurais, a cidade e as freguesias, estarem unidas e integradas num unidade territorial contínua, de estarem unidas e muito próximas, do facto de a cidade e a sua economia terem sido criadas e serem ainda contruídas e vividas dia a dia pela ruralidade, pelas populações das freguesias. Esta tem que ser a preocupação fundamental: integração económica e social. Povo da Beira – Fala-se muitovna discriminação positiva para o interior. O que pensa a CDUe quais as soluções que entendem ser necessárias para haver de facto uma discriminação positiva? 10 - Antes de mais, é urgente que não haja uma discriminação negativa, como tem acontecido! Uma A23 com portagens, um linha férrea modernizada sem comboios que aproveitem as suas potencialidades, uma linha férrea nova fechada desde a sua inauguração, um hospital cada vez mais enfraquecido, centenas de escolas a fechar, centros de saúde com cada vez menor acesso, direcções gerais de agricultura e apoios técnicos enfraquecidos, são condenações à morte lenta da nossa região do interior. Não se pode fazer isto a populações inteiras! Antes mesmo de criar condições especiais, estamos em crer que se não houvesse este tratamento negativo apontado às populações do interior, as condições de vida já não seriam tão más. E depois, claro, é preciso ter em atenção que as nossas regiões foram esquecidas durante dezenas e dezenas de anos, que as populações do nosso interior foram deixadas para trás, abandonadas de forma repetida, pelo que é absolutamente necessário dotar as nossas enconomias de meios suplementares que nos permitam suprir o esquecimento a que foram votadas durante tanto tempo. A CDU, nesse domínio, tem feito diversas propostas a nível nacional por forma a discriminar positivamente as regiões do interior, tais como a ponderação do IVA por forma a não deixar os pequenos empresários numa posição tão desfavorável em relação dos empresários espanhóis, o controlo público nacional da energia, por forma a poder-se discriminar positivamente o interior nesse aspecto tão oneroso para empresas e populações, a revogação imediata das portagens na A23, a criação de uma rede ferroviária que responda aos interesses das regiões, entre tantas outras. Povo da Beira – Como é que as pessoas têm reagido à sua candidatura? 11 - Bem, segundo nos é dado a entender. Contudo, estamos ainda a iniciar a nossa campanha de contactos e propostas, pelo que estamos agora mesmo a tomar o pulso às propostas, a ouvir as propostas das pessoas, a organizar o trabalho, de forma a podermos ter uma campanha coerente e consistente. Vamos ver como reagirão as pessoas, se darão ou não o seu sinal de confiança nas nossas políticas, nomeadamente através da mobilização e do voto. As pessoas sabem que quem está na lista da CDU é quem esteve com elas na luta contra as portagens na A23, na luta contra o encerramento da maternidade, na luta contra a privatização dos infantários, na luta pela água pública. Sempre que houve essas lutas, fomos nós que lá estivemos, as nossas caras, os nossos nomes, as nossas convicções, ao lado das populações. Tudo faremos para que as pessoas nos reconheçam, e se reconheçam na nossa acção e nas nossas propostas. Povo da Beira – Quais as perspectivas da CDU para as autárquicas de setembro? O que seria um bom resultado para a coligação? 12 - Um bom resultado será a CDU ser capaz de fazer mudar a política de Castelo Branco para um rumo novo, um rumo diferente. Em termos eleitorais puros, um bom resultado será aumentar o número de votos e o número de mandatos no concelho.
Posted on: Thu, 15 Aug 2013 19:23:25 +0000

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