A FARSA DAS UPPS: CONTINUAÇÃO... Major teria desviado recursos - TopicsExpress



          

A FARSA DAS UPPS: CONTINUAÇÃO... Major teria desviado recursos de UPP para subornar testemunhas PM estaria pagando mesada de R$ 2 mil para acusarem tráfico no caso Amarildo 1/10/13 - 5h00 O major da Polícia Militar Edson Santos, ex-comandante da UPP da Rocinha, é suspeito de ter desviado recursos destinados à padronização do serviço de mototáxi na comunidade para subornar testemunhas, que, em troca de uma mesada de até R$ 2 mil, deveriam atribuir ao tráfico o sumiço do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. A informação foi levantada em meio às investigações da Divisão de Homicídios (DH). O dinheiro é proveniente de uma empresa que patrocina benfeitorias na localidade. Parte da verba de patrocínio, de cerca de R$ 30 mil mensais, teria sido empregada para corromper dois ex-moradores da Rocinha, para os quais o major teria alugado um apartamento fora da favela. Mãe e filho, que chegaram a prestar depoimento na DH acusando remanescentes do tráfico pelo desaparecimento de Amarildo, voltaram atrás e foram incluídos no Programa de Proteção à Testemunha. Em novos depoimentos, eles disseram ter recebido R$ 2 mil do oficial da PM, que, por sua vez, nega essa versão. Apartamento fora da favela A quantia, segundo as testemunhas, seria paga pelo major mensalmente para custear o aluguel e as despesas de mãe e filho. Para sustentar o esquema, o oficial teria deixado de repassar o valor do patrocínio aos mototaxistas. Esses recursos deveriam ser aplicados na padronização dos pontos, compra de uniformes e manutenção do serviço, que é o principal meio de transporte na comunidade. A suspeita de que o major vinha desviando os recursos foi reforçada a partir do monitoramento da movimentação financeira do PM, que não tem rendimento compatível para arcar com o pagamento dessas mesadas. Mãe e filho não foram os únicos corrompidos pelo esquema montado pelo major Edson Santos, que deverá ser indiciado também por corrupção ativa, improbidade, falsificação de provas e coação de testemunhas no curso da investigação. Após as testemunhas terem mudado seus depoimentos na DH, o oficial teria passado a ameaçá-las de morte. Diante das ameaças, confirmadas nos depoimentos, a DH e o Ministério Público estão inclinados a pedir a prisão preventiva do major e dos soldados Douglas Roberto Vital Machado, conhecido como Cara de Macaco, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Marlon Campos Reis e Victor Vinícius Pereira da Silva. Foram eles que levaram Amarildo, na noite de 14 de julho, à sede da UPP. Desde então, o pedreiro não foi mais visto. Conforme antecipado pelo GLOBO no último sábado, pelo menos os cinco PMs serão indiciados por sequestro seguido de morte, prática de tortura e ocultação de cadáver. Para promotores que acompanham a investigação, a liberdade dos PMs pode gerar insegurança nas testemunhas durante o andamento do processo na Justiça. Embora pelo menos três pessoas já estejam sob proteção do governo federal, elas serão obrigadas a prestar novos esclarecimentos no decorrer da ação. Nesse cenário, o temor de represálias pode provocar mudança nas declarações das testemunhas.
Posted on: Tue, 01 Oct 2013 09:57:39 +0000

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