A HISTÓRIA DO ENSINO DO ARREBATAMENTO PRÉ-TRIBULACIONAL DA - TopicsExpress



          

A HISTÓRIA DO ENSINO DO ARREBATAMENTO PRÉ-TRIBULACIONAL DA IGREJA Historicamente, o ensino bíblico-teológico acerca do Arrebatamento da Igreja antes da Tribulação tem sido respaldado por muitos expoentes. Porém, outros expoentes (como Brian Schwertley, Felipe Sabino etc.) dizem que o ensino em questão nunca foi ensinado nos primeiros dezoito séculos da História da Igreja, indicando que ele é um ensino recente (de 1830 em diante) e fruto de uma revelação oriunda de uma adolescente (Margaret Macdonald), estruturada e disseminada por John N. Darby e pela Bíblia de Estudo Scofield, e que por isso, não tem validade doutrinária para o cristão. Além disso, dizem que o termo “Arrebatamento” nunca foi usado antes de 1830. Tal idéia, de que para um ensino ser aceito como bíblico e normativo leva em conta, além da Bíblia, a História da Igreja como critério que autentica algum ensino antigo ou recente como sendo doutrinário ou não. Isso nada mais é do que dizer que a História tem a mesma autoridade da Bíblia, o que acaba ferindo o princípio do Sola Scripture. Por outro lado, tal exposição contrária ao ensino do Arrebatamento Pré-Tribulacional, ou mesmo do Arrebatamento da Igreja independente de quando o mesmo ocorrerá, caracteriza-se como sendo infiel à História Eclesiástica, pois a idéia de que a Igreja seria arrebatada, mesmo antes da Tribulação, foi exposta por muitos cristãos antes de John N. Darby. Para medidas de comprovação, vejamos alguns relatos históricos do referido ensino segundo os seus respectivos períodos: 1. PERÍODO PATRÍSTICO (100 D.C. – 590 D.C.) 1.1. Tim La Haye, no seu livro Sem medo da tempestade, p.171, cita St. Victorino (270 d.C.), Bispo de Petau, que escreveu um comentário do Apocalipse, onde ele diz o seguinte: “Vi outro grande e prodigioso sinal, sete anjos com os sete últimos flagelos; pois neles se completa a indignação de Deus. A ira de Deus sempre ataca os obstinados com nove pragas, ou seja, perfeitamente, como é dito em Levítico, e elas virão no fim dos tempos, quando a igreja tiver saído do meio”. Nota: O comentário em questão indica através das expressões “quando a Igreja tiver saído do meio” das “pragas”, de forma clara, a idéia de um arrebatamento da Igreja (“do meio”) e de uma situação calamitosa, ou seja, uma grande tribulação (“nove pragas”). 1.2. Thomas Ice e Timothy Demy apresentam no seu livro Profecias de A a Z, p.159-161 o seguinte comentário: “[...]. Como fonte histórica, Pseudo-Efraim é uma referência a um sermão apocalíptico que contém duas declarações sobre o “proto-arrebatamento”, datadas entre os séculos IV e VII d.C. Hoje em dia ela é conhecida como o “Sermão a respeito do fim do mundo”. [...]. Algumas das palavras mais significativas no sermão são: “Portanto, por que não rejeitam os cuidados com as coisas terrenas e se preparam para se encontrar com o Senhor Jesus Cristo, para que assim Ele possa nos tirar dessa confusão que toma conta do mundo?... Todos os santos e eleitos de Deus serão reunidos antes da Tribulação vindoura e serão levados à presença do Senhor, para que não vejam a confusão que se apossa do mundo proveniente dos pecados da humanidade”. Nota: Pseudo-Efraim acreditava que os cristãos estavam vivendo nos últimos dias e que em breve experimentariam um ajuntamento ou arrebatamento de crentes que antecederia o período de Tribulação de 42 meses, durante o qual o Anticristo reinaria. [...]. O sermão proclama a expectativa de remoção dos cristãos da terra antes de um período específico de tribulação – e fez isso há mais de 1.200 anos. 2. PERÍODO MEDIEVAL (590 D.C. – 1500 D.C.) 2.1. Tim La Haye e Thomas Ice, no livro Glorioso Retorno, p.50 dizem: “Embora a igreja dos primeiros três séculos não usasse a palavra arrebatamento para descrever essa ressurreição dos crentes que já haviam morrido e o translado dos cristãos vivos, ela esperava ansiosamente o evento. Mesmo durante a Idade das Trevas, quando a interpretação literal da Bíblia foi ofuscada, alguns ainda aguardavam o translado iminente da igreja. Mais tarde, os santos cristãos, tais como, Hugh Latimer (queimado na estaca, em 1555, por causa de sua fé) que expressou sua segurança no arrebatamento: “Talvez aconteça em meus dias, velho como estou, ou nos dias de meus filhos... os santos serão levados ao encontro com Cristo nos ares e depois voltarão com El novamente”. 2.2. Thomas Ice e James Stitzinger (Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, 2008, p.91-92) diz: “Um estudo recente do texto do século XIV, A História do Irmão Dolcino, composto em 1316 por uma fonte anônima, revela outra importante passagem tribulacional. Como líder dos Irmãos Apostólicos no norte da Itália, o Irmão Dolcino conduziu o seu povo através de tempos de tremenda perseguição papal. Uma pessoa deste grupo escreveu as seguintes palavras espantosas: O Anticristo estava entrando neste mundo dentro dos limites do dito período de três anos e meio; e depois de sua vinda, então ele [Dolcino] e seus seguidores seriam transferidos para o Paraíso, no qual estão Enoque e Elias. E desse modo seriam preservados ilesos da perseguição do Anticristo. [...] o escritor desta História acreditava que Dolcino e seus seguidores seriam transferidos para o paraíso, expressando esta crença com a palavra latina transferrentur, ou “transladação”, um sinônimo de arrebatamento. Dolcino e seus seguidores se retiraram para as montanhas do norte da Itália para aguardarem a sua remoção por ocasião do aparecimento do Anticristo”. 3. PERÍODO MODERNO (1500 D.C. – 2000...) 3.1. Thomas Ice e James Stitzinger (2008) apresentam como o termo e o ensino do Arrebatamento já eram usados antes de 1830 para indicar o arrebatamento da Igreja: “Increase Mather (1639-1723), presidente do Harvad College (1685), foi um importante puritano americano. No que diz respeito à futura vinda de Cristo, ele escreveu que os santos “seriam apanhados nos ares” com antecedência, desse modo escapando da batalha final. [...]. O reformador francês Peter Jurien [...] (1687), ensinou que Cristo viria nos ares para arrebatar os santos e voltaria para o céu antes da batalha do Armagedom. Ele falou de um arrebatamento secreto antes da sua vinda em glória e do juízo no Armagedom. Ambos os comentários de Philip Doddridge sobre o NT (1738) e de John Gill (1748) usaram o termo arrebatamento e falaram deste como iminente. [...]. James Macknight (1763) e Thomas Scott (1792) ensinaram que os justos serão transportados para o céu, onde estarão seguros até que o tempo do juízo termine. A mais clara referência [...] pré-Darby, de um arrebatamento pré-tribulacional vem de Morgan Edwards (1722-1795), que via um arrebatamento distinto ocorrer três anos e meio antes do início do Milênio. [...]. Edwards escreveu: “A distância entre a primeira e a segunda ressurreição será de pouco mais de mil anos [...] devido ao fato de que os santos mortos serão ressuscitados, e os vivos transformados na ‘manifestação’ ou ‘aparecimento’ de Cristo ‘nos ares’ (1 Ts 4.17)””. 3.2. Quanto ao período mais recente, que diz respeito principalmente a John N. Darby (1800-1882) e à Bíblia de Estudo Scofield, o ensino acerca do Arrebatamento Pré-Tribulacional foi intensamente estudado à luz de muitos estudiosos que criam e pregaram o ensino de um arrebatamento como doutrina bíblica e esperança de vida eterna. Lamentavelmente, os críticos dizem que este ensino é uma inverdade, pois é fruto de uma revelação exposta por uma adolescente (Margareth Macdonald). Tal conclusão é fruto de uma postura racional infiel à história do ensino e de não ser provida de análises atenciosas, pois quando se lê o relato da revelação da mística adolescente Margareth Macdonald, ver-se-á que tal revelação não ensina o arrebatamento pré-tribulacional da Igreja, e sim, outra forma de arrebatamento. Vejamos o que diz o Dr. Charles C. Ryrie (Vem Depressa, Senhor Jesus, 1997) a respeito: “A mística mencionada foi uma adolescente chamada Margaret Macdonald [...], e que, segundo se alega, influenciou tanto os seguidores de Irving como Darby, a respeito do Arrebatamento pré-tribulacionista. Esta acusação é feita por Dave MacPherson no livro The Incredible Cover-Up (O Incrível Disfarce). [...]. Permita citar alguns trechos do relato de MacPherson sobre os manuscritos de Margaret Macdonald a respeito da sua revelação pré-tribulacionista, recebida em 1830, para que possamos ver se ela de fato ensinou o Arrebatamento pré-tribulacionista: “...o templo espiritual deve ser e será reerguido, e a plenitude de Cristo derramada em Seu corpo, e então nós seremos tomados para encontrá-lO... A tribulação da Igreja vem do Anticristo. E será pela plenitude do Espírito que nós seremos guardados... Oh! Não é conhecido o sinal do Filho do homem... eu o vi, e era o próprio Senhor descendo do céu com grande vozeiro... Agora o iníquo será revelado, com todo poder e sinais e maravilhas mentirosas, de tal forma que, se fosse possível, os próprios eleitos seriam enganados – Esta é a dura tribulação que virá tentar a todos nós”. Três coisas me preocupam aqui. 1. Essa adolescente fez uma distinção entre crentes espirituais e outros crentes, e viu somente os espirituais participando do Arrebatamento. MacPherson conclui erradamente, a partir desse fato, que Macdonald quis ensinar a vinda secreta [de Cristo]. Na realidade, ela estava ensinando o ponto de vista do arrebatamento parcial. 2. Ela viu a Igreja (“nós”) sendo purificada pelo Anticristo. MacPherson entende isso como sendo que a Igreja será arrebatada antes que o Anticristo surja, ignorando o “nós”. Na verdade, Macdonald viu a Igreja suportando a perseguição do Anticristo durante os dias da Tribulação. 3. Macdonald identificou o sinal da vinda do Filho do Homem (Mt 24.30), o qual claramente aparece no fim da Tribulação, como que acontecendo ao mesmo tempo que o Arrebatamento. MacPherson diz que Macdonald cria ou em um período muito curto de Tribulação, ou, tal como ele, ela entendeu que o sinal seria visto somente pelos crentes cheios do Espírito antes que o iníquo fosse revelado. Na verdade, Macdonald se mostra totalmente confusa ao fazer tais afirmações. No máximo, sua visão equacionaria o sinal do fim da Tribulação com o Arrebatamento, o que dificilmente seria o ponto de vista pré-tribulacionista! Quanto a essa jovem [...], temos que classificá-la como “uma defensora confusa do Arrebatamento”. Ela defendeu elementos de Arrebatamento parcial, pós-, talvez midi-, mas nunca pré-tribulacionista.” O Arrebatamento Pré-Tribulacional da Igreja é terminantemente ensinado desde os tempos mais antigos da História da Igreja e desenvolvido com mais claridade e exatidão por outros expoentes ao longo de outros períodos históricos. Se assim não for, certamente há (será?), da parte dos críticos que não aceitam tal ensino, “provas” que venham descaracterizar e tornar indigna a fé histórica de muitos cristãos que esperavam na vinda de Jesus para arrebatar a Sua Igreja antes da Tribulação. Texto elaborado por Israel de Jesus Silva Maranata!!! Ora vem Senhor Jesus!!!
Posted on: Sat, 20 Jul 2013 02:34:01 +0000

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