A INSENSATEZ E SEUS LIMITES Pois outro dia li em um jornal local - TopicsExpress



          

A INSENSATEZ E SEUS LIMITES Pois outro dia li em um jornal local a declaração de um destacado político catarinense, em que ele dizia que a criação de uma linha de trens entre o oeste e o litoral do estado não implicaria em prejuízos aos transportadores de carga (rodoviária/caminhões). Confesso que fiquei cismado com a preocupação manifestada pelo ilustre parlamentar. O que o levou a manifestar tal preocupação? Será cabível imaginar que uma ferrovia seria geradora de problemas mais do que de soluções? Parece plausível imaginar que o nobre representante do povo, ao falar o que falou, estava procurando não se indispor com o segmento profissional dos transportadores, não? Se assim o for, estamos nas mãos de quem tem dificuldade de diferenciar o interesse geral/público do interesse particular. Pensando no que agora se assiste no país, ou seja, as manifestações dos caminhoneiros com uma pauta onde observo questões que merecem a devida reflexão. Pois vejamos: (1) liberação do pagamento do pedágio, (2) barateamento do óleo diesel, (3) fim da obrigatoriedade de descanso após 4 horas de viagem.... Vou parar por aqui para me fixar nessa última questão. Só posso dizer que a categoria em questão está passando por um período de grande dificuldade mental -talvez devido ao excessivo stress causado por trabalhar em condições bastante adversas, como por ex., as péssimas condições de nossas estradas (esburacadas, com sinalização precária, etc.). Porém, nada justifica que defendam algo tão absurdo quanto a recusa de descanso após 4 horas dirigindo sobre rodovias tão impróprias quanto perigosas. A insensatez não pode dominar a decisão de uma pessoa e, muito menos de uma categoria profissional que tem em suas mãos uma arma capaz de ceifar não só a própria vida como também daqueles que se utilizam das estradas em seu dia a dia. As estradas não são propriedade de alguns, mas de todos nós. Vale lembrar que vida é nosso maior bem e compete a cada um preservá-la, sobretudo quando um setor da sociedade parece ter perdido a capacidade de avaliar.
Posted on: Tue, 02 Jul 2013 20:59:43 +0000

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