A Medalha de São Bento e seu significado Origem Conta-se que - TopicsExpress



          

A Medalha de São Bento e seu significado Origem Conta-se que feiticeiras da Baviera, acusadas de suas maldades conta o povo daquela região, confessaram ver seus feitiços inteiramente anulados pelo poder da cruz; e que em todos os lugares onde estivesse a cruz, seus malefícios nunca logravam efeito. E contaram que, especialmente no mosteiro de Metten, nunca conseguiram êxitos em suas maldades e concluíram que isso se devia ao fato da existência de alguma cruz naquele lugar. Por causa disso, as autoridades locais foram consultar os monges da abadia de Metten sobre o assunto. Depois de muito procurar, constataram de fato que o mosteiro era repleto de cruzes gravadas nas paredes e com uma inscrição acima delas. Era preciso descobrir o porquê disso e por quem as cruzes foram gravadas. Suas investigações os levaram à biblioteca, a um antigo livro escrito por ordem do abade Pedro, no ano de 1415. O livro transcrevia escritos antiquíssimos, entre eles vários sobre a cruz, com inúmeros desenhos a bico de pena, realizados por um monge anônimo. Significado A medalha de São Bento, difundida no mundo inteiro desde o século XVIII, foi aprovada pelo papa Bento XIV em 1742. Até hoje a medalha que usamos traz numa face, a figura de São Bento, tendo em mãos a Regra que escreveu e a cruz, com a qual operou tantos milagres. Numa face está escrito: CRUX SANCTI PATRIS BENEDICTI Cruz do Santo pai Bento. Na outra face há uma cruz. No traço vertical as letras C.S.S.M.L. e no horizontal as letras N.D.S.M.D., que significam, respectivamente: CRUX SACRA SIT MIHI LUX A cruz sagrada seja minha luz E NON DRACO SIT MIHI DUX Não seja o dragão meu guia. Em torno da cruz, em toda a volta da medalha, estão as letras V.R.S.N.S.M.V.S.M.Q.L.I.V.B., iniciais da oração: VADE RETRO SANTANA, NUNQUAM SUADE MIHI, VANA, SUNT MALA QUAE, LIBAS, IPSE VENENA BIBAS. Retira-te, Satanás, Nunca me aconselhes coisas vãs, É mau o que tu ofereces, Bebe tu mesmo o teu veneno. São Bento e a Regra São Bento, essa figura tão admirada em nossos tempos, o qual celebramos sua vida no dia de hoje, tem uma história de vida interessante. Passou um tempo vivendo sozinho em uma caverna; morou em um convento, no qual foi tido como muito severo pelos monges que lá viviam; se retirou do local, e foi viver isolado; fundou doze pequenos mosteiros; mudou-se de cidade, e lá abriu uma nova escola, chamada de “escola do Senhor” por ele, após o fechamento da escola pagã de filosofia. Nessa cidade, chamada Monte Cassino, “Bento construiu uma nova comunidade de monges e escreveu um Regra para ela. Essa Regra é a coisa mais preciosa que Bento nos deixou. Nela está escrito quem ele foi, em profundidade, e como viveu.” (GRÜN, p.13) Essa Regra, escrita por São Bento está dividida em 73 capítulos somados a seu prólogo, nos quais ele explica claramente como deveria ser a vida monástica daqueles que se dispunham a viver na comunidade fundada por ele. Ele aborda assuntos como a obediência; a humildade; o silêncio; a alimentação; fala sobre o modo de fazer as orações; como deveria ser o tratamento dos monges para com enfermos, velhos e crianças; dentre diversas regras organizacionais e vivenciais. Não entraremos em muitos detalhes sobre todos os capítulos da Regula Benedicti, mas é importante que ao menos o prólogo seja anexado a esse texto, para que dessa forma, entendamos um pouco das intenções de São Bento ao redigi-la e também para uma melhor compreensão da vida monástica que vivem os monges beneditinos. “Escuta, filho, os preceitos do Mestre, e inclina o ouvido do teu coração; recebe de boa vontade e executa eficazmente o conselho de um bom pai, para que voltes, pelo labor da obediência, àquele de quem te afastaste pela desídia da desobediência. A ti, pois, se dirige agora a minha palavra, quem quer que sejas que, renunciando às próprias vontades, empunhas as gloriosas e poderosíssimas armas da obediência para militar sob o Cristo Senhor, verdadeiro Rei. Antes de tudo, quando encetares algo de bom, pede-lhe com oração muito insistente que seja por ele plenamente realizado, a fim de que nunca venha a entristecer-se, por causa das nossas más ações, aquele que já se dignou contar-nos no número de seus filhos; assim, pois, devemos obedecer-lhe em todo tempo, usando de seus dons a nós concedidos para que não só não venha jamais, como pai irado, a deserdar seus filhos, nem tenha também, qual Senhor temível, irritado com nossas más ações, de entregar-nos à pena eterna como péssimos servos que o não quiseram seguir para a glória. Levantemo-nos então finalmente, pois a Escritura nos desperta dizendo: "Já é hora de nos levantarmos do sono". E, com os olhos abertos para a luz deífica, ouçamos, ouvidos atentos, o que nos adverte a voz divina que clama todos os dias: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não permitais que se endureçam vossos corações", e de novo: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz às igrejas". E que diz? – "Vinde, meus filhos, ouvi-me, eu vos ensinarei o temor do Senhor. Correi enquanto tiverdes a luz da vida, para que as trevas da morte não vos envolvam". E procurando o Senhor o seu operário na multidão do povo, ao qual clama estas coisas, diz ainda: "Qual é o homem que quer a vida e deseja ver dias felizes?" Se, ouvindo, responderes: "Eu", dir-te-á Deus: "Se queres possuir a verdadeira e perpétua vida, guarda a tua língua de dizer o mal e que teus lábios não profiram a falsidade, afasta-te do mal e faze o bem, procura a paz e segue-a". E quando tiveres feito isso, estarão meus olhos sobre ti e meus ouvidos junto às tuas preces, e antes que me invoques dir-te-ei: "Eis-me aqui". Que há de mais doce para nós, caríssimos irmãos, do que esta voz do Senhor a convidar-nos? Eis que pela sua piedade nos mostra o Senhor o caminho da vida. Cingidos, pois, os rins com a fé e a observância das boas ações, guiados pelo Evangelho, trilhemos os seus caminhos para que mereçamos ver aquele que nos chamou para o seu reino. Se queremos habitar na tenda real do acampamento desse reino, é preciso correr pelo caminho das boas obras, de outra forma nunca se há de chegar lá. Mas, com o profeta, interroguemos o Senhor, dizendo-lhe: "Senhor, quem habitará na vossa tenda e descansará na vossa montanha santa?". Depois dessa pergunta, irmãos, ouçamos o Senhor que responde e nos mostra o caminho dessa mesma tenda, dizendo: "É aquele que caminha sem mancha e realiza a justiça; aquele que fala a verdade no seu coração, que não traz o dolo em sua língua, que não faz o mal ao próximo e não dá acolhida à injúria contra o seu próximo". É aquele que quando o maligno diabo tenta persuadi-lo de alguma coisa, repelindo-o das vistas do seu coração, a ele e suas sugestões, redu-lo a nada, agarra os seus pensamentos ainda ao nascer e quebra-os de encontro ao Cristo. São aqueles que, temendo o Senhor, não se tornam orgulhosos por causa de sua boa observância, mas, julgando que mesmo as coisas boas que têm em si não as puderam por si, mas foram feitas pelo Senhor, glorificam Aquele que neles opera, dizendo com o profeta: "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai Glória". Como, aliás, o Apóstolo Paulo não atribuía a si próprio coisa alguma de sua pregação, quando dizia: "Pela graça de Deus sou o que sou" e ainda: "Quem se glorifica, que se glorifique no Senhor". Eis porque no Evangelho diz o Senhor: "Àquele que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, compará-lo-ei ao homem sábio que edificou sua casa sobre a pedra, cresceram os rios, sopraram os ventos e investiram contra a casa; e ela não ruiu porque estava fundada sobre pedra". Em conclusão espera o Senhor todos os dias que nos empenhemos em responder com atos às suas santas exortações. Por essa razão, os dias desta vida nos são prolongados como tréguas para a emenda dos nossos vícios, conforme diz o Apóstolo: "Então ignoras que a paciência de Deus te conduz à penitência?". Pois diz o bom Senhor: "Não quero a morte do pecador, mas sim que se converta e viva". Como, pois, irmãos, interrogássemos o Senhor a respeito de quem mora em sua tenda, ouvimos em resposta, qual a condição para lá habitar: a nós compete cumprir com a obrigação do morador! Portanto, é preciso preparar nossos corações e nossos corpos para militar na santa obediência dos preceitos; e em tudo aquilo que nossa natureza tiver menores possibilidades, roguemos ao Senhor que ordene a sua graça que nos preste auxílio. E, se, fugindo das penas do inferno, queremos chegar à vida eterna, enquanto é tempo, e ainda estamos neste corpo e é possível realizar todas essas coisas no decorrer desta vida de luz, cumpre correr e agir, agora, de forma que nos aproveite para sempre. Devemos, pois, constituir uma escola de serviço do Senhor. Nesta instituição esperamos nada estabelecer de áspero ou de pesado. Mas se aparecer alguma coisa um pouco mais rigorosa, ditada por motivo de eqüidade, para emenda dos vícios ou conservação da caridade [48] não fujas logo, tomado de pavor, do caminho da salvação, que nunca se abre senão por estreito início. Mas, com o progresso da vida monástica e da fé, dilata-se o coração e com inenarrável doçura de amor é percorrido o caminho dos mandamentos de Deus. De modo que não nos separando jamais do seu magistério e perseverando no mosteiro, sob a sua doutrina, até a morte, participemos, pela paciência, dos sofrimentos do Cristo a fim de também merecermos ser co-herdeiros de seu reino. Amém.” Nossa intenção com esse texto é apresentar um pouco do escrito de São Bento, para que dessa forma, pudéssemos mostrar a organização da vida monástica. A quem interessar, a Regra de São Bento está disponível online no site: osb.org.br/regra.html São Bento de Núrsia, rogai por nós!
Posted on: Sat, 27 Jul 2013 17:51:50 +0000

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