A SUSPEITA: Fiquei pensando no porquê de tanta rejeição das - TopicsExpress



          

A SUSPEITA: Fiquei pensando no porquê de tanta rejeição das associações médicas brasileiras aos colegas cubanos. Não se vê tanta ojeriza quando se fala que o Brasil também importará médicos de Portugal e Espanha. Por que, afinal, os médicos de Cuba são tão criticados? Existirá alguma razão além do corporativismo para o rechaço? Ora, a medicina cubana é reconhecida mundialmente por ser preventiva. Ou seja, por fazer o possível para impedir que a pessoa adoeça. O que isto significa? Que em Cuba, ao contrário do Brasil, se usam menos remédios. Isso tem se mostrado positivo. Hoje a ilha consegue superar até mesmo os Estados Unidos (ohhh!) na taxa de mortalidade infantil: enquanto na terra de Obama morrem 5,9 crianças a cada mil nascidos vivos, na terra de Fidel e Raul o número é de 4,7 por mil –no Brasil a taxa é quase quatro vezes maior, 16,7 por mil, embora tenha caído muito nos últimos anos. Será que, na verdade, o que as associações médicas brasileiras temem é que chegue ao Brasil, com os cubanos, uma nova forma de praticar medicina que não a exercitada por eles aqui, uma parceria –praticamente um conluio– com os grandes laboratórios farmacêuticos? Três anos atrás, o CFM (Conselho Federal de Medicina), que agora grita contra os cubanos, desistiu de proibir as escandalosas viagens de médicos brasileiros (leia aqui) financiadas pelos laboratórios multinacionais produtores dos remédios que eles receitam a rodo para a população. Você sabia disso? Será que o medo real do CFM não é que os cubanos tragam, essa sim, revolução? Uma revolução contra o excesso de medicamentos que o Brasil consome, por culpa não dos médicos cubanos, mas dos mesmos profissionais brasileiros que se recusam a atender a população do interior? Fica a pergunta. Cynara Menezes
Posted on: Sat, 24 Aug 2013 17:58:07 +0000

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