A Volta O relógio pulsa na parede branca insólita Suas voltas, o passar do tempo avisa Que as quimeras estão a desfalecer Suas lagrimas, não demonstram inconformidade Regam o solo árido, onde surgiram flores dissonantes Procuram dizer adeus a todo tempo, para eternamente imergir em utopias A tranquilidade, no tic tac suave, aveludado disfarça as inquietudes O controle do tempo, o assoviar do vento não lhe trazem sorrisos Perdera a alegria, em busca de felicidade Criva as profundezas de sua própria verve Conhecer-te é tarefa árdua, queres saber sobre o impossível Necessitas reconhecer as relevâncias contidas na imensidão do casebre Aonde aprisiona-se infinito, em único sentido caminhas adiante Regressar é tão proibido quanto inexistente, segues perdido A procura de preencher o vazio que o consome, afogar-se-á No mar das ilusões, poderia ser outro, dar vida a qualquer Contudo eis o destino irrefutável, tarde é para demover Os ponteiros que insistem em sua oxidação, dar voltas sem razão Chegará o dia então que as engrenagens irão cessar o seu movimento vão E sucumbir irá enfim diante dos devaneios, escutando ao longe liberdade Dizer palavras desconhecidas, soltas, incompreendidas A espera da solidão se dissipar, passarinho será Quando dono for de tua própria vontade Desprendendo-se da parede frívola, e na práxis vivenciar sonhos
Posted on: Wed, 02 Oct 2013 03:43:45 +0000