A arte quer fundar-se no mundo, quer que todas as coisas habitem - TopicsExpress



          

A arte quer fundar-se no mundo, quer que todas as coisas habitem nelas e se tornem singulares: pessoas, cores, sons, objetos, palavras, versos, frases. O mundo que conhecemos, O Ocidente, é uma invenção da arte, cada coisa que vemos no mundo é um nome, este nome tem uma Estória, as coisas há muito tempo deixaram de ser o mundo natural sem palavras, mar por exemplo é nostálgico, digo mar e penso em aventura, risco, perigo, lugares desconhecidos, isso desde Homero, mas o mar não tem emoções e sentimentos, contudo o vejo assim. Cachorro se tornou amigo do homem, gato se tornou astuto, as palavras mudam as coisas, olhamos para o mundo e não vemos mais as coisas, vemos ouvindo as palavras nomeando as coisas em nós, basta imaginar para evocar a palavra, a palavra se torna imagem e sonho em nós. Pélago é mar, mas sentimos com se não fosse, só é possível sentir mar na palavra mar, pélago é outra emoção, outra ideia, embora sinônima de mar, a estória das palavra é construída, amor tem muito mais amor do que num extrangeirismo, num sinônimo, não somos capazes de sentir o amor quando ouvimos o seu equivalente em japonês, porque o termo em japonês é estranho à nossa História, precisamos traduzi-lo, transfigurá-lo na imaginação como quem funda sua cultura na outra. Como as palavras as orações e poemas são emoções e ideias singualares, a mesma emoção quando digo Amor pode haver nas cores, no som, há equivalência criadas na História da Arte, que é a história Humanidade, uma invenção da linguagem desde os gregos, desde Homero.
Posted on: Mon, 21 Oct 2013 01:07:19 +0000

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