A cannabis é uma espécie nativa da Ásia Central e Meridional. - TopicsExpress



          

A cannabis é uma espécie nativa da Ásia Central e Meridional. Evidências da inalação de fumaça de cannabis são encontradas desde o terceiro milênio a.C., como indicado por sementes carbonizadas de maconha encontradas em um braseiro usado em rituais em um antigo cemitério na atual Romênia. Em 2003, uma cesta de couro cheia de fragmentos de folhas e sementes de cannabis foi encontrada ao lado do corpo mumificado de um xamã de 2500-2800 anos de idade em Xinjiang, no noroeste da China. A planta também é conhecida por ter sido usada pelos antigos hindus da Índia e do Nepal há milhares de anos. A erva era chamada ganjika em sânscrito (गांजा, ganja nas modernas línguas indo-arianas). A antiga droga conhecida como soma e mencionada nos Vedas, foi por vezes associada a cannabis. A maconha também era conhecida pelos antigos assírios, que descobriram as suas propriedades psicoativas através dos povos arianos. Ao usá-la em algumas cerimônias religiosas, eles a chamavam de qunubu (que significa "caminho para a produção de fumo"), provável origem da palavra moderna "cannabis". A planta também foi introduzida pelos arianos aos povos citas, trácios e dácios, cujos xamãs (que eram conhecidos como kapnobatai — "aqueles que andam no fumo/nuvens") queimavam flores de cannabis para alcançar um estado de transe. Cannabis sativa por Dioscórides, edição de Vienna, 512 a.C. A cannabis tem uma antiga história de uso ritual e é encontrada em cultos farmacológicos em todo o planeta. Sementes de cânhamo descobertas por arqueólogos em Pazyryk (um conjunto de tumbas encontradas nas Montanhas Altai, na Sibéria) sugerem que práticas cerimoniais antigas, como comer sementes, foram usadas pelos citas e ocorreram durante os séculos quinto e segundo a.C., confirmando relatos históricos anteriores feitos por Heródoto. Um escritor afirmou que a maconha era usada como um sacramento religioso por judeus antigos e pelos primeiros cristãos,devido à semelhança entre a palavra hebraica "qannabbos" ("cannabis") e a frase hebraica "qené bosem" ("cana aromática"). A erva também foi usada por muçulmanos de várias ordens sufistas no período mameluco, como, por exemplo, os qalandars. Um estudo publicado no jornal sul-africano Journal of Science, indicou que "cachimbos desenterrados do jardim da casa de Shakespeare, em Stratford-upon-Avon, contém vestígios de cannabis".A análise química foi realizada depois que os pesquisadores cogitaram a hipótese de que a "notável erva", mencionada no Soneto, e a "viagem na minha cabeça", do Soneto , poderiam ser referências à maconha e ao seu uso. Exemplos de literatura clássica que caracterizam a cannabis incluem Les paradis artificiels, de Charles Baudelaire, e O Comedor de Haxixe, de Fitz Hugh Ludlow. Fluido de extrato de cannabis indica (Sindicato dos Droguistas Americanos, pré-1937). John Gregory Bourke, um capitão do Exército dos Estados Unidos, descreveu o uso de "mariguan", que ele identifica como cannabis indica ou cânhamo indiano, por residentes mexicanos da região do Rio Grande, no Texas, em 1894. Ele descreveu o uso da planta para o tratamento de asma, para afastar bruxas e como um filtro amoroso. Ele também escreveu que muitos mexicanos acrescentavam a erva em seus cigarritos ou mescal, muitas vezes comendo um pouco de açúcar depois, para intensificar o efeito. Bourke escreveu isso porque muitas vezes a maconha era utilizada em uma mistura com toloachi (que ele erroneamente descreve como Datura stramonium). Bourke compara a mariguan ao haxixe, que ele chamava de "uma das maiores maldições do Oriente", citando relatos de usuários que "se tornam maníacos e estavam aptos a cometer todos os tipos de atos de violência e assassinato", causando a degeneração do corpo e uma aparência idiótica, além de ter mencionado leis contra a venda de haxixe "na maioria dos países do Oriente".
Posted on: Sat, 17 Aug 2013 04:45:49 +0000

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