A casa das formigas - Parte 1 Publicado por Wison Mozzer Martins em 21 novembro 2013 s Quando olhei para a caixa de vidro que abrigava aquelas formigas, achei interessante o movimentar destes maravilhosos insetos. É engraçado perceber que todas estão unidas em prol de um objetivo em comum, portanto não há brigas, discórdias ou mal entendidos. Parece que o entendimento acerca de todos os procedimentos a serem tomados já está implícito em cada uma delas, em suas energias. É como se houvesse uma força superior na qual todas estivessem ligadas e sintonizadas. Olhando por este prisma, eu imaginei, vendo-as na minha frente, qual seria a possibilidade de uma querer fazer mal a outra, de querer prejudica-la. Já imaginou, se no meio de toda aquela ação sincronizada, uma delas se revoltasse e decidisse machucar uma de suas próximas? Imagine comigo: Durante os trabalhos de toda a colônia, uma formiga desolada olha ao seu redor e não encontra mais sentido em toda aquela movimentação. Ela não vê mais sentido em sua vida. Então se revolta com tudo e com todos e parte para a violência. E observando o acontecimento, veríamos uma formiga mais agitada, fora do equilíbrio habitual das outras, que atenta contra as suas irmãs. Ela tem a intenção de prejudicar e machuca as suas companheiras. Deste modo, compromete todo o trabalho, compromete toda a sinfonia que dirigia a sua comunidade. Ela crava os seus ferrões - que antes protegiam a colônia - na sua irmã mais próxima, naquela que é de seu próprio sangue. Parece loucura, não? Uma formiga querendo machucar as suas irmãs, querendo atentar contra aquelas que passam pelos mesmos caminhos que ela passa, contra aquelas que compartilham da mesma jornada. Aqui de cima, poderíamos classificar aquela atitude como mórbida e doentia. Ora, por que ela está fazendo isso? Por que não percebe que não há nexo machucar aquelas que estão ao seu lado todos os dias ? Faça chuva ou faça Sol, todas compartilham das mesmas situações! Por que ela faz isso ?! Seria estranho esta percepção. Vendo toda a confusão ocorrendo na casa das formigas, talvez alguns de nós perceberiam que tudo isso é uma ilusão. Talvez, se pudéssemos nos comunicar com a formiga errante, se pudéssemos passar uma mensagem que abrisse os seus olhos, ela poderia ser assim: - Ei, preste atenção! Não seja tola, olhe para o que está fazendo! Você está agindo contra si mesma, será que não percebe? Por que machuca as suas irmãs? Se estivesse agindo contra insetos de uma outra espécie, seria compreensível, mas contra as tuas companheiras?! Olhe o que tem causado, isso é bobagem! Pensar que você é maior que qualquer uma delas é tolice e pensar que é menor é ilusão. Então compreenda que estão todas no mesmo barco, compreenda que a evolução de sua comunidade também é papel seu. Ajude-as a progredir, junte-se novamente à sinfonia de amor e construa com as tuas irmãs. À isso damos o nome de humildade e inteligência. Pode ser que ela escute, ou talvez não. O mais engraçado - e não menos espantoso - é imaginar a casa dos humanos. Sim, provavelmente esteja pensando que estou te levando pelos caminhos da analogia. E não estará errado, mas gostaria que está mensagem fosse ainda mais direta. Você consegue perceber o quanto nós - em sua grande maioria - estamos andando pelos caminhos da formiga errante? O interessante, porém, é notar que até mesmo um pensamento é uma forma de violência, uma forma de se machucar nosso próximo. O que diremos, deste modo, de uma atitude real de maldade. Querer prejudicar nossos irmãos, machucar aqueles que compartilham da mesma jornada - no que toca o coletivo - que as nossas, é morbidez. É uma disfunção, um nó. E em último caso, uma tremenda ilusão. Vendo por este prisma, o despertar da consciência é como aprender a pensar: não é nenhum diferencial, mas o básico que devemos ter em nossas jornadas. E quando falo de despertar, não estou falando de iluminação, falo apenas de clareza. Clareza para que possamos ver o que é e o que não é. Clareza para que possamos entender que grandeza e pequenez é ilusão. Clareza para que compreendamos que a comparação é uma neurose. Clareza para que enxerguemos o TODO. Clareza para que possamos olhar para o irmão que está ao nosso lado e enxergar nele alguém que está nesta caminhada conosco. Poder entender que muitos sofrem como nós sofremos, que muitos se perdem como nós nos perdemos, que muitos querem se encontrar. Veja que maravilhoso: Nós estamos na mesma jornada. E se nós, agora com está compreensão, pudéssemos encontrar - e isso é bem simples - alguém que age como aquela formiga, que está presa na ilusão de sua própria mente, talvez também nos compadeceríamos de sua situação e diríamos isso: ¨Quando me perguntarem de ti, eu não mais falarei nada. Não falarei de suas feridas, não falarei do seu sofrimento. Talvez deste modo se preserve um pouco da sua história; talvez deste modo você ainda consiga se manter neste espaço de descrição que lhe protege - e que também lhe aprisiona a alma. Às vezes eu me pergunto quanto tempo você ainda levará para perceber o que te rodeia. Gostaria de abrir os seus olhos, e o faria, se soubesse que desta forma também abriria o seu coração. -- Eu quero cantar as estrelas que rompem o início desta manhã. Segure a minha mão, meu irmão, vamos celebrar juntos o nascimento de um novo dia, venha. Abra os seus braços e apenas se deixe levar por este momento. No teu peito, o ar fresco e puro da natureza ainda injeta vida. Então por que duvida de mim, por que não me segue nesta jornada? Existem tantos caminhos que poderíamos tomar nesta vida, tantas experiências, tantas decisões - certas ou erradas - que poderíamos fazer; não importa, o que importa é que estejamos juntos. Precipite o seu olhar para além das barreiras do seu próprio ser e veja: quanta fraternidade existe entre nós, quão grande e belo é o amor que nos une, meu irmão. Será que você não consegue sentir este fluído que abraça nossos espíritos, que aquece nossas almas? Sinta a conexão do que está em mim e do que está em você. Veja, é a mesma coisa, é o mesmo gosto, o mesmo cheiro, o mesmo sabor. A Fonte da Vida lança seus raios de luz sobre o cacto geométrico do cristal - a ilusão. E talvez o reflexo que toca os meus olhos não seja o mesmo que você pode enxergar, mas não se engane, a Luz é a mesma, a Presença é mesma. Nos alimentamos da mesma Energia Divina todos os dias, suplicamos à mesma Energia Divina todos os dias. Por que então você não me segue? Por que não abre os olhos e percebe que somente o amor é que é real, que o resto é apenas ilusão? Sinta o flamejar da sua alma, que há tanto tempo suplica uma decisão. Sinta a necessidade de mudança, sinta. E mude, meu irmão, mude! Compreenda que está vida não voltará, que as oportunidades que ela traz consigo são para o agora. Não queira chegar no fim desta caminhada e se arrepender dos sorrisos que não deu, dos poemas que não escreveu, das músicas que não dançou e dos amores que desperdiçou. Dentro de ti, existem talentos que podem fazer a diferença neste mundo, sabia? Existem pessoas que estão esperando a sua decisão, existem energias que serão mudadas com a tua compreensão. Então sinta e aja! Escolha o teu caminho agora, não deixe para o amanhã! Desperte a energia - os talentos - adormecida em você e a use para ajudar o mundo, para ajudar o planeta. Muitos aguardam a sua decisão, pois a evolução da humanidade também é o seu papel!¨ Falando isso, pode ser que ele escute, ou talvez não. O importante é que a sua consciência sabe, o importante é que ela já se ascendeu para esta clareza. Portanto, apenas lance estás pétalas de sua lótus ao vento e aguarde que os corações abertos apanhem-nas! OBS: Multidões tem se formado em vários locais do planeta para meditar e ouvir os ensinamentos de gurus e mestres espirituais. Que coisa fantástica! Parecia tão distante este momento, tão improvável. Estamos realmente passando por uma transformação. As consciências estão se abrindo em nosso planeta. As pessoas não se satisfazem mais com os sistemas preestabelecidos, querem algo mais profundo. A jornada verdadeira já começou.
Posted on: Fri, 22 Nov 2013 01:56:04 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015