A complexidade dos sentimentos humanos (enquanto consciência íntima) jamais me permitirá compreender e apreender as intenções que inundam os indivíduos e afogam meus semelhantes (no sentido mais [ou menos] amplo do termo). Essa "faculdade de compreender" que o dicionário entende como definição de "sentimento" não me parece nada facultativa, muito pelo contrário. Parece-me, na verdade, que a liberdade excessiva de nosso tempo tende a desvalorizar o sentimento, tornando-o cada vez mais volátil, mais frívolo. E é isso que me ocupa a mente em sucessivas reflexões não planejadas (e muitas vezes não desejadas também): aonde isso vai parar? Até quando conseguiremos levar as coisas como estão? Essa cultura, barata e desacreditada, esteriliza diariamente as mentes criadoras e as poda de maneira tão predatória que encurrala a minoria, elimina a crítica e premeia a ignorância. Não há mesmo para onde correr: Que Deus se apiede de nós (para fazer uso do misticismo reconfortante próprio da religião - que parece ser o que nos resta)!
Posted on: Wed, 11 Sep 2013 01:00:19 +0000
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