A influência da música secular na vida do crente é tema de - TopicsExpress

A influência da música secular na vida do crente é tema de debates entre jovens. A música é um instrumento valioso e dom de Deus, mas também pode ser uma arma nas mãos do inimigo para desviar a mente do homem da Verdade. Tamirez, no frescor de seus 15 anos, chega da escola, almoça, e depois se espalha no sofá para curtir um som. Entre seus CDs (mais de 30), encontramos N’Sync, Titãs, Britney Spears, Kelly Key, trilha de novelas, Mariah Carey e outros nomes do pop nacional e internacional. O detalhe é que Tamirez é criada em lar evangélico, freqüenta a Escola Bíblica, além de estudar numa escola com princípios cristãos. Entre seus CDs, há poucos de música gospel. “O que tenho ganhei de aniversário, mas não gosto muito do estilo. Acho as músicas meio chatas, gosto de coisa pra cima e romântica”, revela. A adolescente, mesmo sem perceber, é influenciada pelo que ouve. Suas amigas na igreja notam isso e a recriminam. Tamirez nem liga. Suas roupas são padronizadas pelo que as artistas vestem, seu vocabulário também. Seu quarto e sua agenda é lotada de adesivos e fotos de artistas pop e sempre dá dor de cabeça aos pais por querer ir a um show secular. A mãe não sabe o que fazer. Jonathan tem 26 anos e é evangélico convertido há cinco anos. Após sua conversão, afirma que seu gosto musical mudou um pouco. “Antes eu gostava de rock pesado, comprava direto CDs de bandas famosas, ia a shows. Hoje ainda gosto, mas procuro não me influenciar com letras que vão contra os princípios de Deus. Ouvir música secular não influencia meu comportamento em nada”, fala. A influência da música secular na vida do servo de Deus, o fato de músicos cristãos gravarem letras que não falam do Evangelho, músicos crentes produzirem CDs seculares e outros temas, são polêmicos no meio cristão há tempos. Muitos artistas de fama mundial, como Whitney Houston, Lionel Richie, Diana Ross, iniciaram suas carreiras em igrejas protestantes, louvando ao Senhor. Mas nos EUA a música gospel durante muito tempo não foi caracterizada como no Brasil. Era visto como um estilo de influência negra que se expandiu com letras de princípios cristãos, esperança, conforto devido a realidade do negro na sociedade americana. No Brasil, contudo, esse “intercâmbio” raramente ocorre devido a questão cultural. A música evangélica nacional é caracterizada pela letra que retrata uma nova vida em Cristo. Quando o artista crente grava músicas com letras que não falam de Deus corre o risco de ser discriminado por muitos cristãos. Casos como o que ocorreu com a Banda Catedral chocaram o meio. A Banda foi classificada como a maior gospel do País. Depois de uma década de sucesso no meio evangélico, os integrantes foram à público declarar que não desejavam mais ser taxados como banda gospel, frustrando antigos admiradores. Caminho inverso fez Rodolfo, ex-Banda Raimundos. Após se converter, pela Igreja Sara Nossa Terra, surgiram divergências com os membros da banda, e Rodolfo deixou o grupo, alegando querer passar algo edificante em suas músicas. Se por um lado há os que declaram de que lado estão, há também os que tem receio de expor que admiram músicas seculares. Em recente passagem por Vitória, a cantora Pâmela afirmou ouvir e ter como influências não só a música cristã, mas também a secular, em especial a MPB. E disse ainda que evita entrar em pormenores nesse sentido por temer represálias do mundo cristão. Então fica a pergunta: Cristão não pode ouvir música “do mundo?” Como os jovens, bombardeados por rádios, anúncios de festas e MTV, podem se manter à parte? Até que ponto se envolver? Patrick Lima, músico e membro da Igreja Batista de Jardim Camburi, acha que é possível conviver com os dois mercados, desde que se tenha cautela com o que se ouve: “É impossível não ouvir música secular. Ela está em todos os lugares. João Alexandre, músico profissional com vasta experiência, não entende o motivo da polêmica em torno do fato de cristão ouvir/consumir música popular. “Música é uma arte que influencia e sofre influências, mas o crente deve buscar aquilo que é útil, aquilo em que há virtude, conforme a Palavra de Deus. Por exemplo, se num cesto com cinco maçãs há uma podre, é bobagem jogar as cinco fora”, falou. De acordo com o ministro de música Carlos Roberto Berto, que atua na Igreja Batista da Glória, o crente deve buscar músicas de qualidade para ouvir, seja ela instrumental ou não. “Buscar músicas de qualidade significa ouvir aquilo que te passe uma boa mensagem, os jovens crentes, principalmente, muito influenciados por modismos, devem tomar cuidado para não trazer o mundo para dentro da Igreja, mas sim que seja o contrário. Por isso acho determinante ao cristão evangélico estar em constante busca da maturidade espiritual para não se deixar influenciar por mensagens contrárias a Palavra de Deus”, falou o ministro, que também é regente do coral da Cesan. Carlinhos Félix, cantor e compositor cristão com 20 anos de carreira, compartilha da mesma opinião do ministro Berto. “A influência da música secular na pessoa depende muito do grau de sua fé, do seu coração, da sua firmeza e compromisso com Deus. É preciso haver equilíbrio, não escandalizar é o que a Bíblia orienta. Tem músicas que você ouve e te faz mal. São letras e ritmos que perturbam”, declarou. Reter o que é bom Em muitas músicas atualmente, se não fossem os temas voltados para a salvação da alma e a vida eterna, seria difícil diferenciar muitas bandas e cantores cristãos dos seculares: a produção é sofisticada, as vendas se equiparam e o som/ritmo que sai dos instrumentos é o mesmo. Paulo, falando em sua primeira carta aos Tessalonicenses, exortando quanto à santidade, ao amor fraternal e ao trabalho, nos pede para “examinar tudo, reter o que é bom” (5:21). Nos pede ainda para não suprimir o Espírito e desprezar as profecias. O Espírito Santo de Deus, que habita em nós desde que a Cristo recebemos, está disposto a nos dizer até onde ir quando o assunto é música. Confrontado com várias questões que colocam a fé dos filhos de Deus à prova, Paulo pede para não tomarmos a forma do mundo, pede que sejamos transformados pela renovação da nossa mente para assim experimentar qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Outra grande declaração deste apóstolo está em II Cor. 4:4, onde ele diz que “o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. A secularização na vida do cristão é um tema preocupante para muitos líderes evangélicos. A INFLUENCIA DA MÚSICA Introdução: O vocábulo latino musica vem do grego mousiké, “a arte das musas”. A música é uma ciência, haja vista obedecer a normas, regras; e é também uma arte, em razão de sua aplicação ser flexível e requerer preparo para sua execução. 1- A música afeta nossas emoções a) Elizeu estava irritado com Jorão 2Rs. 3.15- a música serviu para acalmar o profeta e liberar a palavra profética b) Saul 1Sm. 16.16,23- a música servia de paliativo para Saul. 2- A música influencia o povo de Deus a) O próprio Deus especificou qual o tipo de instrumento e a qualidade de som que deveria sair das trombetas Js. 6.5 b) O povo de Deus não deve ser influenciado por qualquer tipo de música c) Há, no Antigo Testamento, vários episódios : 1- Música de celebração Ex. 15.1,20,21 2- Música de Jubilo ao Senhor Nm. 21.17,18 3- Música de Adoração a Deus Is. 49.13 ; 35.1,2- Podemos perceber nesses três cânticos, o toque e a inspiração do Senhor . 3- A música deve ser cantada responsivamente Ne. 12.24 Conclusão: A música, em sua essência, teve origem no Criador e é executada diante dEle desde antes da criação (Jó 38.7; Ap 14.2,3; 15.3; 19.1-7). Os seres angelicais ocupam-se da adoração a Deus por meio da música (Lc 2.13,14; Ap 5.7-14; Ne 9.6; Sl 103.20; 148.2; Ap 7.11,12). De acordo com Salmos 19.1-3 e 150.6, toda a criação louva a Deus naturalmente. Devemos ter muito cuidado com as musicas que ouvimos que dizem ser de “louvor a Deus”, mas, são verdadeiras musicas profanas. A música que você aprecia, ouve ou faz é bonita, adequada e construtiva ou apenas toca fundo? Uma vez que a música exerce importante influência sobre a experiência cristã, é uma questão que merece ser considerada.