A orla marítima do município de Mucuri não foi à mesma desde - TopicsExpress



          

A orla marítima do município de Mucuri não foi à mesma desde que as águas do mar avançaram a costa, atingindo a principais ruas de acesso a praia. Com os transtornos, mais de 27 estabelecimentos comerciais foram prejudicados. Atualmente, Mucuri é o último município no ranking do turismo na região do extremo sul. Prejuízo que atingiu a população, comerciantes de bares, restaurantes, barraqueiros e pousadas. Segundo dados não foram espigões, mas sim um mutuamento de pedras colocado na orla O prefeito de Mucuri à época iniciou uma batalha para solucionar o problema da orla, inclusive apelou ao governo do estado, federal e a até mesmo a Suzano Papel e Celulose para intervirem, ajudando assim a solucionar o problema. Existia um boato de que os recursos haviam chegado ao município, mas o prefeito não tinha executado a obra com suas peculiaridades. O PORTALN3 decidiu investigar as informações vindas dos munícipes e encontrou a resposta que tanto afligia a população. O dinheiro veio, foram inclusive suficientes para solucionarem o problema, contudo a orla continua do mesmo jeito. O prefeito Paulinho de Tixa recebeu em 2010 uma verba do Ministério da Integração Nacional no valor de R$ 3 milhões. O ministro à época Geddel Vieira Lima veio a Mucuri anunciar que os outros R$ 3 milhões para conclusão das obras já tinham sido liberados, deixando caracterizado que seria um total de R$ 6 milhões desse dinheiro. Na época Paulinho discursava com o Ministro e demais lideranças O prefeito na ocasião foi até enfático ao dizer pessoalmente ao ex-ministro Geddel em um palaque político. “Estamos muito felizes com a realização desse grande sonho da população de Mucuri. Somos agradecidos ao Ministro por ter vindo aqui em outra ocasião, no qual nos pediu a documentação necessária para a liberação do recurso, que de forma muito rápida foi providenciada. Sou muito grato por isso”, destacou à época o prefeito. A verdade que Paulinho afirmou em palanque que a verba tinha sido providenciada de forma rápida. Geddel que por sua vez estava ajudando o município de Mucuri, destacou sua preocupação com o povo. “Quando cheguei aqui vi rua destruída, barracas sendo levadas pela maré. A partir disso, fiz o compromisso de liberar os recursos e por minha felicidade e de todos vocês, já vemos parte da praia recuperada. Já liberei o restante do recurso para a conclusão das obras, e que essa obra sirva de exemplo, de que, quando o homem público quer, faz acontecer”, discursava o ex- Ministro. Pelo visto a intenção do ex-ministro à época foi a melhor possível, porém concisa foi a parte de seu discurso que menciona: “o homem público quando quer, faz acontecer”. Pelo visto Paulinho de Tixa não quis servi de exemplo nem para os políticos, nem para o povo. O PORTALN3 teve acesso exclusivo às licitações das obras da orla de Mucuri e mostra em primeira mão como o dinheiro público foi usado. A prefeitura realizou um contrato com a Grado Engenharia LTDA pelo valor global de R$ 6 milhões. O objeto do contrato foi à recuperação da área da praia destruída pela erosão marítima em Mucuri. Observem que esse valor é o mesmo citado pelo Ministro à época de que estaria entregando duas parcelas de R$ 3 milhões. A certeza de que Paulinho resolveria o problema da orla Marítima era tão certa que o mesmo contratou um engenheiro e geólogo. O contrato foi efeituado no nome de Charles Romazamu Murta pelo valor global de R$ 109 mil e a contratação da engenharia no valor R$ 36 mil atribuída a Carlos José Fadigas de Souza. O PORTALN3 foi ao local e fez um levantamento e constatou que não foi investido R$ 1 milhão na obra dos espigões, ou quebra-mar. Existe uma diferença fundamental entre quebra-mar e espigão marítimo. Um quebra-mar possui as duas extremidades dentro d’água, enquanto que um dique possui sempre as duas pontas na terra. Apesar desta clara distinção, é inevitável dizer que não foi investido R$ 1 milhão naquilo que lá está. A quem diga que foi colocado apenas um amontoamento de pedras. O mar arrastou algumas barracas A construção dos espigões traria em anexo 27 galpões provisórios na orla marítima para atendimento ao turista. Em tese a obra seria um verdadeiro sucesso. A empresa contratada foi a Loock Center no valor de R$ 97 mil. Além desses valores licitados, devemos informar que o município de Mucuri é o que mais recolhe imposto, devido a Fábrica de Celulose instalada no município. O problema da orla não foi resolvido, continua trazendo transtornos a população, a praia de Mucuri é atualmente a menos procurada da região e o município começa a sentir esse impacto com o abandono. Pousada foi destruída A confirmação de que a verba foi usada traz algumas indagações que permanecerão nos pensamentos dos munícipes, prefeito, vereadores e poder judiciário. Se não existe caráter de que foram investidos R$ 6 milhões nas obras da orla; onde está o restante da verba? Por que a câmara de vereadores não abriu uma sindicância, ou C.P.I para investigar as obras? Onde reside o geólogo e o engenheiro que realizam o projeto para as obras da orla? Vale ressaltar que não muito distante, a câmara de vereadores, mesmo que da gestão passada, foi acusada de formação de quadrilha em um processo de loteamentos no município. O respaldo de uma câmara coloca em risco a dignidade de um gestor, ao prefeito Paulinho de Tixa deixamos uma indagação, para um direito constitucional de resposta.
Posted on: Tue, 13 Aug 2013 01:57:50 +0000

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