“A pior forma de solidão é sair com alguém que vive conectado” (José Simão, jornalista humorístico brasileiro, nasceu em 1943). Estamos com o mundo nas mãos, mas isolados de quem está ao nosso lado. “Conectado” lembra alguém que estabeleceu uma conexão entre dois ou mais pontos. As conexões mais comuns estão no campo da comunicação. Conectar é ligar. Hoje as conexões dispensaram os fios e com isso rapidamente se popularizaram. Romperam os “currais” que mantinham as informações como fonte de poder nas mãos de alguns. Elas crescem em uma progressão geométrica. Como uma moeda ela tem dois lados. No primeiro ela traz consigo a ideia de liberdade, poder se conectar com o mundo, conhecer outras culturas, outras formas de pensar. Localizar alguém. Saber das novidades. Poder denunciar quando todas as portas se fecham. Reclamar de algo que incomoda. Consultar no caso de alguma dúvida. Ser porta voz de um clamor popular, enfim, é difícil mensurar, tudo o que é capaz de fazer. Por outro lado ela pode induzir ao erro. Nem tudo que é postado corresponde à verdade. Pode-se prejudicar alguém inocente só por brincadeira. Pessoas de má fé utilizam destas conexões como instrumento facilitador de seus crimes. Com o aparelho nas mãos, de dentro dos presídios comandam quem está de fora. Ameaçam, mentem, chantageiam etc. Outros mudam de identidade só para enganar e se divertirem com isso. As piores vítimas são os adolescentes e jovens que por inocência podem ser arrastados para várias práticas estranhas, na ilusão de que eles estão em evidência, imitando seus ídolos, o que mais tarde pode trazer-lhes o arrependimento ou a ruína. Nem sempre quem está quietinho com seu aparelho está apenas se divertindo. Virou um vício. As pessoas deixam de estarem presentes, pois, embora ali, estão distantes. J.I.Nenevê
Posted on: Fri, 20 Sep 2013 16:58:43 +0000
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