ADMINISTRANDO O CONFLITO Antes de tudo, devemos perguntar: Vale a - TopicsExpress



          

ADMINISTRANDO O CONFLITO Antes de tudo, devemos perguntar: Vale a pena começar a questão? Cada um deve fazer a si mesmo esta pergunta antes de levantar uma polêmica. Analise a causa do conflito antes de começá-lo. Será que vale a pena criar um problema no ônibus por causa de 1 centavo de troco? Quanto vale a nossa paz e a tranqüilidade da nossa consciência? Algumas pessoas acham que sempre devem brigar por seu direito. O apóstolo Paulo nos orienta que, algumas vezes, em determinados casos, é melhor o cristão sofrer algum dano do que criar uma disputa (I Cor.6.7). Afinal, não foi isso que Cristo ensinou, quando falou em “dar a outra face”, “entregar a capa” e “caminhar a segunda milha”? Dê a Deus a oportunidade de resolver o problema. Ore ao Senhor antes de agir ou falar. Outro ponto a ser observado: Se você começar a questão, terá condições de levar até às últimas conseqüências, ou sairá envergonhado no meio da briga? (Lc.14.28). Portanto, muitas vezes, o melhor é não iniciar o conflito. Muitos problemas seriam evitados se parássemos para refletir antes de começar. No meio do caminho: Como conduzir o conflito? Como dissemos, o conflito pode ser necessário. Nesse caso, precisamos saber administrá-lo, dirigindo bem nosso barco por entre as ondas, sem deixá-lo virar. Existe uma tênue linha que separa uma discussão sadia de uma contenda. Precisamos então ter em mente alguns limites que não ultrapassaremos. Nossas discussões deverão ser pautadas pelo respeito. Não devemos usar palavras torpes ou agressivas, pois estas têm o poder de suscitar a ira (Pv.15.1). Palavras mansas e sadias podem desarmar o ânimo agressivo da outra parte (Tito 2.8). Um conflito mal conduzido resultará em ofensas e deixará marcas. Podemos expor nossas opiniões, por mais divergentes que sejam, sem usar de agressividade. Se vamos discutir sobre alguma coisa, precisamos deixar o orgulho de fora da conversa. Em algum momento, poderá ser necessário admitir que o outro está certo. E, se não estiver, talvez possamos desistir do conflito a favor da outra parte. Logicamente, não devemos aceitar o pecado nem o erro, mas muitas vezes não é isso que está em jogo, e podemos muito bem abrir mão da nossa proposta em benefício do nosso próximo. Isso pode ser um sinal de maturidade. Veja o exemplo de Abraão que, podendo escolher a terra diante de si, deixou que Ló escolhesse primeiro. Será que as minhas idéias devem prevalecer sempre? A opinião dos outros está sempre errada? Quem pensa ou age desse modo está carente de humildade e tem a grande habilidade de criar confusões por onde anda. Se a discussão parece não produzir acordo, então é bom que a mesma seja interrompida. Se uma das partes é autoridade sobre a outra, então caberá a essa pessoa decidir sobre o assunto, ou voltar à questão em outra ocasião. Depois da tempestade: O que fazer? Se a contenda aconteceu, será necessário um conserto. É natural que muitos ímpios sejam irreconciliáveis, incapazes de perdoar. Porém, não faz sentido um cristão guardar mágoa contra ninguém e, principalmente, contra outro iríão em Cristo. Não é um procedimento cristão um irmão ficar com raiva do outro, deixar de conversar, ficar “de mal”. O Senhor nos mandou amar os nossos inimigos. Se não começarmos amando os nossos irmãos, como seremos capazes de amar os inimigos? Se você foi ofendido, perdoe. Não espere que o agressor venha pedir perdão. Perdoe. Seja qual for a ofensa. Perdoe. Mais do que isso Jesus sofreu, e mesmo assim perdoou. Se você ofendeu, peça perdão. O perdão é o remédio divino para os conflitos mal conduzidos e mal resolvidos. A falta do perdão torna-se uma chaga na alma. A mágoa guardada causa maior mal a quem a guardou. Se não perdoarmos aos nossos ofensores, também Deus não nos perdoará (Mt.18.35 Mt.6.12-15). Isso é muito sério. Se não perdoarmos aos nossos irmãos em Cristo, estaremos interrompendo o fluir da bênção de Deus através do Corpo de Cristo. Esse tipo de problema causa frieza espiritual. Cada membro depende do outro para receber a corrente sangüínea, assim como os galhos da videira dependem uns dos outros para receber a seiva. Se existirem bloqueios entre nós, a produção do fruto do Espírito ficará comprometida. A Bíblia nos ensina a amar, suportar e sujeitar uns aos outros (Ef.4.1-6). O apostolo Paulo usou a palavra “suportar” porque já sabia que o relacionamento entre os irmãos teria muitas dificuldades. Contudo, não deixaremos de ser irmãos. PRINCÍPIOS PREVENTIVOS No início desse artigo, comparamos os conflitos interpessoais com o atrito entre as peças de um motor em funcionamento. O que podemos fazer para reduzir esse atrito e minimizar seus efeitos negativos? Lubrificar o motor. O óleo é um símbolo bíblico do Espírito Santo. Precisamos dessa unção em nossas vidas. Assim, quando formos atacados por alguém, teremos uma palavra mansa para aplacar-lhe o furor. Teremos o amor do Senhor em nossos corações, o qual produzirá sempre uma pré-disposição de aceitar os irmãos. Essa pré-disposição não permitirá o preconceito. Então, não haverá entre nós barreiras, muitas das quais se formam sem a menor razão. A operação do Espírito Santo será o antídoto contra as antipatias gratuitas e desmotivadas, e também o remédio para as mágoas e as inimizades. Esta unção nos torna capazes de renunciar, de negar a nós mesmos, considerando que o nosso irmão é superior (Fp.2.3), é digno de todo o nosso respeito e de todo o nosso apreço. Parece até que estamos falando de uma utopia. Contudo, esse estilo de vida é a proposta de Deus para nós, afim de que não sejamos um reino dividido, mas um corpo que, unido por juntas e medulas possa crescer na presença do Senhor (Ef.4.16).
Posted on: Sun, 04 Aug 2013 04:55:22 +0000

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