ALONGAMENTO PRÉ TREINO Alongamentos são os exercícios - TopicsExpress



          

ALONGAMENTO PRÉ TREINO Alongamentos são os exercícios físicos utilizados para aumentar o comprimento das estruturas constituídas de tecidos moles e, consequentemente aumentar a flexibilidade. O alongamento antes do treinamento físico é uma prática comum entre atletas e praticantes de atividades físicas. De fato, o que vemos na maioria das academias são alunos que antes dos treinamentos, realizam suas sessões de alongamentos no espaldar orientados ou não por seus treinadores. O American College of Sports Medicine (ACSM), tradicionalmente recomendava que as sessões de exercícios deveriam conter um período de aquecimento de cerca de 10 minutos de duração, durante os quais atividades leves deveriam preceder alongamentos estáticos dos grandes grupos musculares. No entanto, o ACSM reconhece agora que existe uma evidência crescente de que o alongamento é prejudicial para o desempenho. Na verdade, suas últimas diretrizes sugerem que o exercício de pré-aquecimento precisa consistir apenas de exercício cardiovasculares. Recentemente, os efeitos do alongamento muscular têm sido estudados de forma extensiva. Há cada vez mais evidências de que o alongamento prévio não melhora o desempenho ou reduz o risco de lesões durante os exercício. Há inúmeros estudos recentes, entre eles estudos bastante abrangentes sobre o assunto que concluem que o alongamento não tem benefícios agudos conhecidos para o desempenho, e o pior, muitos destes estudos afirmam que o alongamento é um desperdício de tempo e é prejudicial para o treinamento. Em diversos estudos analisados, grande parte enfatiza a influência dos diversos tipos de alongamentos sobre as medidas de força e desempenho através das análises da força máxima (1 RM usando pesos livres), altura de salto e tempo de corrida. A maioria destes estudos observou a influência do alongamento estático sobre o desempenho em exercícios que requer a aplicação de força utilizando diferentes protocolos. O alongamento estático envolve o alongamento passivo de um músculo ou de um grupo muscular e constitui a técnica de alongamento mais utilizada pelos atletas e por praticantes de atividades físicas nas academias. O membro é estendido de forma lenta e gradual e é mantido em posição estacionária em seu maior comprimento possível por um período de 15 a 60 segundos. Em 33 estudos que investigaram os efeitos agudos do alongamento estático sobre a força e a potência muscular, 15 não encontraram diferenças estatisticamente significativas no desempenho entre os grupos de alongamento e não alongamento, 17 estudos encontraram redução no desempenho entre os sujeitos que alongaram e apenas 1 estudo encontrou melhoria do desempenho. Entre os estudos que verificaram a redução no desempenho, alguns verificaram ainda que esta redução permaneceu por até 1 ou 2 horas após alongamento. Ainda há controvérsias em relação às causas que levariam a diminuição da força. Alguns autores relacionam a diminuição da força a fatores mecânicos como alterações nas propriedades viscoelásticas do músculo e músculotendinosa. Outros autores afirmam que a diminuição da força ocorre devido a alterações no comprimento e tensão da fibra muscular. Ainda há aqueles que defendem que a diminuição da força decorre de fatores neurológicos. Existem muitos mitos sobre os efeitos do alongamento antes dos exercícios. Porém como podemos ver, as evidências existentes sugerem que o treinamento da flexibilidade não tem benefícios conhecidos para o desempenho e podem influenciar negativamente na performance. Por ocasionar essa diminuição, sugere-se que os exercícios de alongamento estático sejam dispensados, quando posteriormente a atividade envolvida venha requerer a produção de força. Referências: Achour Jr. A. São Paulo: Ed. Manole, 2002. Alencar, T.A.M. et al. Rev Bras Med e Esporte, v. 16, n. 3, 2010. Almeida P.H.F., et al. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 22, n. 3, 2009. Arruda F.B., et al. Rev. Treinamento Desportivo;7: 1-5, 2006. Bacurau R.F., et al. J Strength Cond Res. 23(1):304-308, 2009. Barquilha, G.. Rev. Educ. Fís. 37-41, 2010. Beckett J.R., et al. Med Sci Sports Exerc. 41(2):444-450, 2009. Beedle B., et al. J Strength Cond Res. 22(6):1838-1843, 2008. Bradley P.S., et al. J Strength Cond Res. 21(1):223-226, 2007. Cardozo G., et al. Rev Trein Desportivo; 7: 73-6, 2006. Carvalho, J.; Borges, G.A.. Cader de Ed Física, Est Reflex, 2001. Chaouachi A., et al. J Strength Cond Res. 2009. Christensen B.K., et al. J Strength Cond Res. 22(6), 2008. Cronin J., et al. 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Posted on: Sun, 04 Aug 2013 13:38:09 +0000

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