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AMIGOS LIBERAIS E SOCIALISTAS, LEITORES E AMANTES DESTA PÁGINA – SÉRIE MINHAS REFLEXÕES ADEMÁRIO ALVES POR ADEMÁRIO ALVES AS DIFERENTES POSIÇÕES POLITICAS NAS MANIFESTAÇÕES DE RUA NO BRASIL: O BRASIL VERSUS O BRASIL I PARTE É amigos socialistas e liberais! Poucas sociedades são tão complexas para interpretá-las como a sociedade brasileira. Note-se ainda que apesar de alguns pensares já se tenham diluídos ao longo da história, por tentarem entender a pátria brasilis, o fato é que: é bastante perceptível e existência de uma lacuna política no vazio das reinvindicações populares. É como se o Brasil tivesse dificuldades de enxergar o próprio Brasil. Registra-se um lado obscuro da sociedade brasileira, pouquíssimo conhecido por exatamente ser e estar disperso nos bastidores, nas negociatas, na corrupção. É deste Brasil que as pessoas querem saber mais, às vezes, até de forma ingênua. Trocando os papeis e chamando de heróis, possíveis capitães do mato. Eu diria que esta lacuna é exatamente o período compreendido depois das eleições, que fizeram ascender ao poder Fernando Collor de Melo. Sua retirada, a ascensão de Itamar Franco, o período de Fernando Henrique Cardoso e a lapidação do patrimônio público. O período Luís Inácio Lula da Silva, que poderia ser caracterizado com a retomada do Brasil. Poderia expressar também como a tentativa de devolver o Brasil aos brasileiros. O ódio de uma direita, ainda com resquícios escravocratas, reside exatamente nas sombras destas lacunas. O Período Lula/Dilma marcaria ainda a expansão social e a abertura aos mais pobres de um Brasil que era apenas para os ricos. É este Brasil, agora saciado, que se move sorrateiro, perigoso porque são os fascistas que gritam mais alto. É esse Brasil que quer acertar as contas, não com Dilma, mas consigo próprio. Agora, a presidente Dilma tem de aprender a ser uma espécie de Estadista que se constrói nos momentos de crise. Se tiver dificuldade, olha ali para a Argentina e vir o papel de Perón. Saber contornar e controlar este monstro, que assombra as ruas, é tarefa primordial, mas ela não fará isto de forma separada da sociedade e distante das instancias democráticas. As manifestações justíssimas trazem um Brasil que perdeu a paciência de si e fazem acordar também um Brasil que ninguém mais o quer ver mover-se ou se despertar das cinzas sarcásticas do mal. É o Brasil policia violenta, da direita racista, dos pensares mais traiçoeiros dos colonos e de todos aqueles que se unem aos traidores para fazerem frente às vozes do mal. É por isto que digo que os fascistas podem estar nas ruas e podem vencer sim estas muralhas. Continuo. Caros amigos! Se quisesse recuar, buscaria as negociações, os trâmites burocráticos para a votação da Constituição e as forças antagônicas que erigiriam naqueles quadros. O Brasil nunca teria sido o mesmo. Porém para compreendê-lo, é preciso recuar e entender o papel da elite pensante do país. É necessário não se esquecer dos quadros que se renovam com a chegada de uma turma que, a partir do presidente Luís Inácio Lula da Silva, irrompe os quadros dramáticos de um país que sobreviveria com uma elite politica arcaica, corrupta e ineficiente. De uma elite que se valia de tudo para manter-se hegemônica. É preciso relatar que, quanto à corrupção, em especial no período Lula/Dilma, não se pode esquecer-se também de que uma república construída aos moldes da república federativa do Brasil, com estados apenas existentes no papel e, na prática, verdadeiras agremiações fazendárias, ou legítimas representações do capital agroindustrial, não é fácil conduzi-los. O Brasil é uma babilônia que vem se arrastando em busca de uma identidade politica e regional. É um país que se enxerga regionalmente. É um pais de características regionais marcantes. Os partidos são regionais, as ideias são regionais, o pensamento econômico é regional, a vida é regional. Nacional mesmo é somente o Brasil. É muita contradição, mais assim que precisa ser visto. E somente agora, com a expansão dos direitos, é que o Brasil se encaminha para uma integração em que a própria ideia de nação venha a florescer com as intenções daqueles que reclamam nas ruas. O que une o Brasil não é a alegria, ao contrario, é a dor através das lágrimas daquelas que deram a vida por esta terra. Por isto dizer que o Brasil se acordou agora é uma forma vil e uma blasfêmia nunca vista antes na história deste país. É um país complexo também por estas questões. O Brasil é repleto de gente que se odeia. Gente que não suporta vê-lo dar certo. São estes que o país precisa enfrentá-los com coragem. Com unidades federativas entregues ás oligarquias nacionais, que se expressam com poderes regionais, o Brasil vai sobrevivendo com poderes quase divinos desta classe que ainda não enfrentou pra valer a avalancha de mudanças radicais. Reforma politica, agrária e melhoria na qualidade da educação são alguns temas que se subscrevem nesta ordem. As oligarquias se movem para barrar o projeto de mudanças. As unidades federativas também não são fáceis de serem administradas porque, nelas, existem as corporações ou mesmos as descentralizações dos poderes microrregionais. Como os partidos regionais viram facções, que atuam em todo o território nacional, as unidades federativas também são complexas administrá-las nestas sequências e cúmulo destas circunstâncias teóricas. Então, o que acaba sendo nacional não advém de uma formação institucional pautada na legitimidade político-partidária. Não é o consenso que prevalece, mas os interesses que as facções elegem como coerentes para aquele contexto porque todos de alguma forma lucram com o descaso e o caos. O nacional atua em rede, adornada pelas facções partidárias que se vinculam aos interesses capitalistas proclamados por uma burguesia violenta. No plano ideológico, vestem-se com os uniformes de uma direita falida, tribal e violentamente racista. Assim se reduz á ideia de nacional as simbologias e as representações que não representam, a fundo, as massas, mas se apenas utilizam dos discursos quando querem imprimir alguma falsa ideia de democratização da palavra. É nacional então a Igreja, o pensamento cristão, a rede globo e toda a rede de corrupção que se infiltra no aparato do Estado para saquear os cofres públicos. No caso da rede Globo, a presença é simbólica, pois ela representa, no fundo, o corporativismo das elites que se assumem excludentes. A violência também é midiática. Representante de uma parcela, que lucra muito com o caos, estes setores da mídia se utilizam de todos os recursos possíveis para terem seus interesses na agenda política atendidos. A república federativa brasilis não se consegue administrá-la sem as alianças, os acordos regionais. A força do poder regional no Brasil é forte, justamente porque as instituições, durante décadas, serviram aos conluios mais tacanhos que se possam imaginar. Daí vem também a falência dos partidos, das estruturas corruptas que sustentam seus oligarcas. Independe se é Dilma ou Lula que estejam à frente do poder, o Brasil precisa romper com isto. Custe que custar. As sucessivas disputas regionais, microrregionais, as repartições dos poderes via uma interpretação metropolitana da politica e dos partidos constroem uma realidade a qual se alicerçam sobre os males mais comuns. O clientelismo o fisiologismo e a demagogia tradicional dos nossos políticos antirrepublicanos. Os medos históricos advêm da extrema violência, a que fomos submetidos e submergidos no passado e no presente é a certeza de que esta tradição não desaparece de um instante ao outro. É disto que os fascistas se nutrem. As incertezas possíveis, ainda encontradas no quadro institucional, diluem as esperanças. Uma crise institucional sorrateia que aos poucos mina a credibilidade de partidos e de toda a classe politica. Um poder politico corrupto e uma espécie de ódio preso ao espirito das manifestações acabam fazendo das manifestações um desaguar de diversidades lutas que não produzem focos. Entendo que elas são radicalmente justas. ADEMÁRIO ALVES
Posted on: Tue, 25 Jun 2013 00:24:36 +0000

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